Prevalência, padrões e fatores associados à contracepção no Brasil e meta-análise da descontinuidade contraceptiva no cenário mundial.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Gontijo Araújo
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/61351
Resumo: Introdução: O Brasil tem uma elevada prevalência de uso de contraceptivos entre mulheres em idade reprodutiva. No entanto, observa-se que persistem desigualdades, tanto no acesso quanto em relação ao tipo de método usado, o que pode contribuir para as altas taxas de gestações não planejadas e abortos induzidos no país. Outro fator que contribui para esses desfechos é a descontinuidade contraceptiva, porém este indicador não é monitorado no país desde 1996, dificultando dimensionar a magnitude do problema. Objetivos: Estimar fatores individuais e contextuais associados ao uso de contraceptivos de acordo com a paridade das mulheres brasileiras em idade reprodutiva; estimar os fatores associados ao tipo de método contraceptivo usado pelas brasileiras; e estimar a magnitude da descontinuidade contraceptiva na literatura mundial a partir de uma meta-análise. Métodos: Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019 para responder aos dois primeiros objetivos da tese. Os desfechos principais foram o uso de métodos contraceptivos (MC) e o tipo de método classificado quanto ao tempo de ação: contraceptivos reversíveis de curta duração (SARCs) e contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs), e MC permanentes. Os fatores individuais foram características da história reprodutiva, do acesso aos serviços de saúde e sociodemográficas; e os contextuais: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice Sociodemográfico (SDI), Rendimento Mensal Médio e Cobertura da Atenção Primária (APS). Primeiramente, utilizou-se modelos de regressão logística multinível para estimar os fatores individuais e contextuais associados ao uso de MC, estratificados por paridade. Em seguida, para estimar os fatores associados ao tipo de MC usado pelas mulheres foram utilizados modelos de regressão logística multinomial, cuja categoria de referência foram as usuárias de SARC. Por último, foi conduzida uma revisão sistemática com meta-análise para estimar a magnitude da descontinuidade contraceptiva (abandono e troca) na literatura mundial, que também considerou a classificação dos métodos em SARCs e LARCs. Resultados: A prevalência do uso de MC foi superior a 80% em 2013 e 2019, e menor entre nulíparas. Entre 2013 e 2019, observou-se uma redução da variabilidade da chance de usar MC entre as Unidades Federativas (UFs) para nulíparas. Mesmo assim, nulíparas que residiam em UFs com melhores indicadores socioeconômicos, tais como maior IDH e SDI, tinham mais chance de uso de MC. Por outro lado, a cobertura da APS foi a única variável que permaneceu associada a maior probabilidade de uso de MC em 2019 entre primíparas/multíparas. Quanto ao tipo de MC, mais de 70% das mulheres usavam SARCs. Mulheres com melhores condições socioeconômicas tinham mais chance de usar LARCs e menos chance de usar métodos permanentes quando comparados aos SARCs. Por outro lado, mulheres com maior idade, paridade e que viviam com companheiro tinham maior chance de usar métodos permanentes em relação aos SARCs. Ao realizar a meta-análise dos dados identificou-se que a taxa de descontinuidade de SARCs foi de 56,8%, enquanto para LARCs foi de 17,8%. Para as usuárias de SARCs, a chance de abandono foi quase 7 vezes maior que a de troca. Das mulheres que descontinuaram, a maioria abandonou o uso de MC devido a efeitos colaterais. Conclusão: Existem desigualdades individuais e contextuais em relação ao acesso à contracepção no país, segundo a paridade das mulheres. Além disso, mulheres com melhores condições socioeconômicas têm mais acesso aos MC mais eficazes, como os LARCs. Destaca-se ainda as elevadas taxas de descontinuidade encontradas na meta-análise, principalmente para os SARCs, MC mais usados pelas brasileiras. Nossos achados indicam a necessidade de retomar a discussão da contracepção no país com políticas e programas voltados ao enfrentamento das iniquidades, à qualificação do acesso, à promoção da equidade, tendo em vista grupos mais alijados, bem como retomar o monitoramento da descontinuidade contraceptiva em âmbito nacional, além de incluir aspectos assistenciais que deem conta de manejar melhor esse fenômeno.
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Objetivos: Estimar fatores individuais e contextuais associados ao uso de contraceptivos de acordo com a paridade das mulheres brasileiras em idade reprodutiva; estimar os fatores associados ao tipo de método contraceptivo usado pelas brasileiras; e estimar a magnitude da descontinuidade contraceptiva na literatura mundial a partir de uma meta-análise. Métodos: Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019 para responder aos dois primeiros objetivos da tese. Os desfechos principais foram o uso de métodos contraceptivos (MC) e o tipo de método classificado quanto ao tempo de ação: contraceptivos reversíveis de curta duração (SARCs) e contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs), e MC permanentes. 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Para as usuárias de SARCs, a chance de abandono foi quase 7 vezes maior que a de troca. Das mulheres que descontinuaram, a maioria abandonou o uso de MC devido a efeitos colaterais. Conclusão: Existem desigualdades individuais e contextuais em relação ao acesso à contracepção no país, segundo a paridade das mulheres. Além disso, mulheres com melhores condições socioeconômicas têm mais acesso aos MC mais eficazes, como os LARCs. Destaca-se ainda as elevadas taxas de descontinuidade encontradas na meta-análise, principalmente para os SARCs, MC mais usados pelas brasileiras. Nossos achados indicam a necessidade de retomar a discussão da contracepção no país com políticas e programas voltados ao enfrentamento das iniquidades, à qualificação do acesso, à promoção da equidade, tendo em vista grupos mais alijados, bem como retomar o monitoramento da descontinuidade contraceptiva em âmbito nacional, além de incluir aspectos assistenciais que deem conta de manejar melhor esse fenômeno.Introduction: Brazil has a high prevalence of contraceptive use among women of reproductive age. However, it is observed that inequalities persist, both in access and in relation to the type of method used, which may contribute to the high rates of unplanned pregnancies and induced abortions in the country. Another factor that contributes to these outcomes is contraceptive discontinuity, but this indicator has not been monitored in the country since 1996, making it difficult to measure the magnitude of the problem. Objectives: To estimate individual and contextual factors associated with the use of contraceptives according to the parity of Brazilian women of reproductive age; to estimate the factors associated with the type of contraceptive method used by Brazilian women; and to estimate the magnitude of contraceptive discontinuity in the world literature based on a meta-analysis. Methods: Data from the National Health Survey of 2013 and 2019 were used to answer the first two objectives of the thesis. The main outcomes were the use of contraceptive methods (CM) and the type of method classified according to the time of action: short-acting reversible contraceptives (SARCs) and long-acting reversible contraceptives (LARCs), and permanent CM. Individual factors were reproductive history, access to health services and sociodemographic characteristics; and the contextual ones: Human Development Index (HDI), Sociodemographic Index (SDI), Average Monthly Income and Primary Care Coverage (PHC). First, multilevel logistic regression models were used to estimate the individual and contextual factors associated with CM use, stratified by parity. Then, to estimate the factors associated with the type of CM used by women, multinomial logistic regression models were used, whose reference category was users of SARCs. Finally, a systematic review was conducted with meta-analysis to estimate the magnitude of contraceptive discontinuity (abandonment and switch) in the world literature, which also considered the classification of methods in SARCs and LARCs. Results: The prevalence of MC use was greater than 80% in 2013 and 2019, being lower among nulliparous women. Between 2013 and 2019, there was a reduction in the variability of the chance of using CM between the Federative Units (FUs) for nulliparous women. Even so, nulliparous women residing in FUs with better socioeconomic indicators, such as higher HDI and SDI, were more likely to use MC. On the other hand, PHC coverage was the only variable that remained associated with a greater chance of CM use in 2019 among primiparous/multiparous women. As for the type of CM, more than 70% of the women used SARCs. Women with better socioeconomic conditions were more likely to use LARCs and less likely to use permanent methods when compared to SARCs. On the other hand, women of greater age, parity and who lived with a partner were more likely to use permanent methods in relation to SARCs. When performing a meta-analysis of the data, it was identified that the discontinuity rate for SARCs was 56.8%, while for LARCs it was 17.8%. For users of SARCs, the chance of dropping out was almost 7 times greater than switching. Of the women who discontinued, most discontinued MC use due to side effects. Conclusion: There are individual and contextual inequalities regarding access to contraception in the country, according to women's parity. In addition, women with better socioeconomic conditions have more access to the most effective CM, such as LARCs. Also noteworthy are the high rates of discontinuity found in the meta-analysis, especially for SARCs, the MC most used by Brazilian women. Our findings indicate the need to resume the discussion of contraception in the country with policies and programs aimed at confronting inequities, qualifying access, promoting equity, with a view to more marginalized groups, as well as resuming the monitoring of contraceptive discontinuity in nationwide, in addition to including assistance aspects that manage this phenomenon better.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGBrasilENF - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO INFANTIL E SAÚDE PÚBLICAContracepção HormonalPlanejamento familiarParidadeIniquidades em SaúdeAcesso aos Serviços de SaúdeFatores SociodemográficosDissertação AcadêmicaContracepçãoPlanejamento familiarParidadeIniquidades em SaúdeDescontinuidade contraceptivaEstudos epidemiológicosPrevalência, padrões e fatores associados à contracepção no Brasil e meta-análise da descontinuidade contraceptiva no cenário mundial.Prevalence, patterns and factors associated with contraception in Brazil and meta-analysis of contraceptive discontinuation on the global stage.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALREVISÃO TESE 04-11-23.pdfREVISÃO TESE 04-11-23.pdfapplication/pdf2735379https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61351/1/REVIS%c3%83O%20TESE%2004-11-23.pdfa83f798cb6ff8551ffbccfd188e673d2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61351/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/613512023-11-24 12:25:02.942oai:repositorio.ufmg.br:1843/61351TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-11-24T15:25:02Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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