Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Oswaldo França NetoOswaldo França NetoAndrea Maris Campos GuerraMarcia Maria Rosa Vieira LuchinaCarlos Roberto DrawinBruno Almeida Guimarãeshttp://lattes.cnpq.br/7078731129867747Fábio Santos Bispo2022-11-20T12:00:17Z2022-11-20T12:00:17Z2015-02-24http://hdl.handle.net/1843/47332Esta tese buscou compreender como a morte violenta se apresenta na relação do sujeito com o laço social, considerando-se as dimensões imaginária, simbólica e real por meio das quais Lacan aborda a experiência freudiana. A partir de questões sobre a morte violenta de jovens envolvidos com a criminalidade, propusemos uma investigação teórica acerca das contribuições da psicanálise para esse problema. Apresentamos a tese de que a morte violenta tem sempre um duplo aspecto: comporta efeitos destrutivos, mas também constitutivos para a cultura e para a subjetividade. Ao mesmo tempo em que a civilização interdita a morte violenta, Freud assevera que essa proibição se fundamenta em um desejo de morte recalcado. Além disso, ele utiliza a noção de pulsão de morte para situar a impossibilidade de se eliminar os impulsos destrutivos das relações entre os homens. Se a princípio, Lacan propõe uma lógica na qual o Simbólico funciona como a instância reguladora, que limita a agressividade presente na relação intersubjetiva, posteriormente, com o nó borromeano, será possível reorganizar as relações entre os registros. Dessa forma, utilizamos a topologia borromeana para circunscrever três diferentes modos de apresentação da morte violenta no laço social: a) um modo imaginário, que foca aspectos intersubjetivos, como a rivalidade e o reconhecimento; b) um modo simbólico, que contempla as determinações discursivas, como a interdição e a própria violência da lei; e c) um modo real, que foca aquilo que escapa às significações imaginárias e ao ordenamento propiciado pela linguagem. Concluímos que a morte violenta, tomada em cada uma das consistências do RSI, coloca em relação elementos paradoxais – o direito e o avesso das respostas subjetivas e sociais –, como a agressividade e o reconhecimento, a pulsão de vida e a pulsão de morte, a pacificação e a violência, a catástrofe máxima de uma destruição absoluta e uma abertura criadora entrevista por uma diferença mínima. Para além da dimensão clínica, a elucidação pela psicanálise dos diferentes modos de apresentação da morte violenta possibilita uma subversão do discurso social sobre a criminalidade e sobre o criminoso. Ao apontarmos a violência sistêmica que ex-siste à violência visível no cotidiano dos jovens envolvidos com o tráfico, temos uma chance de fazer vacilar a lógica que penaliza e mata os jovens da periferia, perpetuando o ciclo da violência.This thesis aimed to comprehend how the violent death presents itself in the relation between the subject and the social bond, considering the imaginary, symbolic and real dimensions from which Lacan approaches the freudian experience. Considering issues about the violent death of youth involved with criminality, it was proposed a theoretical investigation of the psychoanalytic contributions to the matter. It is presented the thesis that the violent death always carries two aspects: it holds destructive effects, but also constitutive ones for the culture and for the subjectivity. At the same time that the civilization interdicts the violent death, Freud asserts that this prohibition has its grounds in a repressed death desire. Furthermore, he uses the notion of death drive to situate the impossibility of eliminating the destructive impulses that run through the relationships between human beings. If, in a first moment, Lacan proposes a logic in which the Symbolic works as the regulatory instance, that limits the existent aggressiveness in the intersubjective relations, afterwards, with the borromean knot, it becomes possible to reorganize the relations between the registers. Thereby, it is used in this thesis the borromean topology to circumscribe three different forms of presenting the violent death in the social bond: a) an imaginarian modality, which focuses the intersubjective aspects, such as rivalry and recognition; b) an symbolic modality, which envisages the discursive determinations, such as the interdiction and the violence inside the law itself; and c) a real modality, which focuses what scapes from the imaginary significations and from the ordering propitiated by language. It is concluded that the violent death, taking in each one of the RSI consistencies, put in relation paradoxical elements – the right and the reverse side of the subjective and social responses –, such as aggressiveness and recognition, death drive and life drive, pacification and violence, the maximum catastrophe of an absolute destruction and a creative opening glimpsed by a minimal difference. Beyond the clinical dimension, the psychoanalytic elucidation of the different forms of violent death presentation enables a social discourse subversion of both criminality and the criminal person. When we point the systemic violence that exists above the visible violence in the quotidian of the youngsters who are involved in the drug trade, there is a chance of making vacillate the logic that penalizes and murder the outskirts juveniles, perpetuating the violence cycle.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrIntPsicologia - TesesMorte - TesesCriminalidade - TesesViolência - TesesMorte violentaCriminalidadeLeiViolênciaLaço socialA morte violenta : uma abordagem psicanalítica sobre seus diferentes modos de apresentação no laço socialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese de doutorado - Fábio Santos Bispo.pdfTese de doutorado - Fábio Santos Bispo.pdfapplication/pdf3168668https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47332/1/Tese%20de%20doutorado%20-%20F%c3%a1bio%20Santos%20Bispo.pdf1c908492ce4e06047c3d2d0501208415MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47332/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/473322022-11-20 09:00:19.048oai:repositorio.ufmg.br:1843/47332TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-11-20T12:00:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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