O conceito freudiano de melancolia e sua articulação clínica com o sentimento de culpa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tatiana Matias Lopes
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9MWK7X
Resumo: O sentimento de culpa, conceito que Freud articulou em maior ou menor grau com todas as neuroses, apresenta-se na melancolia como uma característica marcante. A partir de um caso clínico atendido no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da UFMG com hipótese diagnóstica de melancolia, decidimos averiguar a suposição de que o sentimento de culpa desempenha papel de destaque também na clínica da melancolia. A fim de empreender tal investigação, recorremos a alguns conceitos da metapsicologia freudiana para, então, traçar a articulação clínica entre culpa e melancolia. Percorremos, primeiramente, as teorizações freudianas sobre a melancolia lançando mão dos conceitos de narcisismo e identificação para nos auxiliar na compreensão do tema. Em seguida, ocupamo-nos da noção de culpa para Freud. Para tanto, passamos pela formulação da noção de pulsão de morte e pela elaboração da nova estrutura do aparelho mental, o que implicou na introdução do conceito de superego. Tal percurso ofereceu a Freud elementos para que postulasse, em 1924, que a melancolia, enquanto uma neurose narcísica, caracteriza-se como um conflito entre o ego e o superego. A partir dessa última conceituação freudiana sobre a melancolia, apontamos algumas especificidades da técnica analítica nessa afecção narcísica, procurando destacar o papel do sentimento de culpa no contexto do trabalho clínico.
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