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Marcia Maria Rosa VieiraAngela Maria Resende VorcaroFabian Abraham NaparstekMarconi Martins da Costa Guedes2019-08-11T02:14:19Z2019-08-11T02:14:19Z2014-11-19http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9TZJ5TEste trabalho tem como objeto de pesquisa a psicose ordinária e suas formas de manifestações na clínica psicanalítica atual. Abordaremos detidamente a noção de psicose ordinária e seus desdobramentos teórico-clínicos, interrogando, sobretudo, quais são os seus índices e fundamentos conceituais, buscando realizar sua leitura a partir das formulações da clínica borromeana de Jacques Lacan. A clínica atual tem revelado um número cada vez maior de sujeitos psicóticos que não se apresentam na forma usual da psicose desencadeada, não manifestando os fenômenos elementares esperados, tais como o automatismo mental, as alucinações, os delírios, os distúrbios de linguagem, as certezas absolutas, mas sim uma nova ordem de fenômenos. As elaborações de Jacques-Alain Miller em torno das chamadas psicoses ordinárias têm nos possibilitado realizar uma leitura dessas psicoses e seus modos de apresentação, cujos quadros são marcados por manifestações de certo desligamento social, corporal e subjetivo, evidenciando a presença do que Miller caracterizou como neodesencadeamentos, neoconversões e neotransferências na clínica contemporânea. Considerando a perspectiva aberta pela clínica borromeana, a noção de psicose ordinária, embora não seja uma nova estrutura clínica e tampouco uma categoria de Lacan, pode ser tomada como uma construção amparada em seu último ensino. Dentro desses pressupostos, uma psicose pode não necessariamente ter um desencadeamento tão evidente, abrindo-se a perspectiva clínica, o que obriga a um rigor maior no momento de se fazer o diagnóstico diferencial, sobretudo, frente às sutilezas dos seus índices e modos de apresentação. Nesse contexto, a psicose ordinária requer um diagnóstico bífido para ser identificada: trata-se, por um lado, de delimitar signos do desfalecimento do nó borromeano da estrutura e, por outro lado, de discernir por que meio este defeito tem sido compensado pelo sujeito. Nesse sentido, nossa hipótese é que na psicose ordinária cada um deve inventar sua própria solução sinthomática para compensar sua falta estrutural, contando assim com um aparelho suplementar que deve ser construído como um modo de fazer sustentar juntos os registros Real, Simbólico e Imaginário.This thesis has as a research subject the ordinary psychosis and its types of manifestations in the current psychoanalytic clinic. We carefully discuss the notion of ordinary psychosis and their theoretical and clinical unfolding, questioning above all what are its leads and conceptual foundations, seeking to perform its reading in Jacques Lacan´s formulations of the Borromean clinic. The current clinic has revealed a growing number of psychotic patients who do not show up in the usual form of triggered psychosis, since they do not manifest the expected elementary phenomena, such as the mental automatism, hallucinations, delusions, language disorders and the absolute certainties, but a new order of phenomenon. The elaborations of Jacques-Alain Miller about the ordinary psychoses have enabled us to perform a reading of these psychoses and its modes of presentation, whose clinical presentations are marked by manifestations of certain social disconnection, body and subjective, showing the presence of what Miller characterized as a neotriggerings, neoconvertions and neotransfers in contemporary clinical. Considering the perspective opened by the Borromean clinic, the notion of ordinary psychosis, although not a new clinical structure nor a category of Lacan, can be taken as a construction supported by his last teaching. Within these assumptions, a psychosis may not necessarily have such a clear triggering, this fact expands the clinical perspective and asks for more rigor when doing a differential diagnosis, especially in face of the subtleties of its leads and ways of presentation. In this context, the ordinary psychosis requires a bifid diagnosis to be identified: in one hand it is necessary to define the signs of the failing of the borromean node and in the other hand, it is also necessary to distinguish by wich means this defect that has been compensated by the subject. In this sense, our hypothesis is that in ordinary psychosis each subject must invent its own sinthomatic solution to compensate its structural lack, thus relying on an additional device that must be built as a way to together sustain the registers of the Real, the Symbolic and the Imaginary.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPsicosesPsicanálisePsicologiaSimbólicoDiagnóstico diferencialRealPsicose ordináriaImaginárioClínica borromeanaÍndicesSinthomaA psicose ordinária e seus índices: uma investigação à luz da clínica borromeanainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o.pdfapplication/pdf1966481https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9TZJ5T/1/disserta__o.pdf6e69b922900eed8d438abae5bb56b49cMD51TEXTdisserta__o.pdf.txtdisserta__o.pdf.txtExtracted texttext/plain263278https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9TZJ5T/2/disserta__o.pdf.txtef40d2239335494347eeaf9a47c49f33MD521843/BUOS-9TZJ5T2019-11-14 04:59:15.991oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9TZJ5TRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:59:15Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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