Avaliação do acesso supratentorial infraoccipital no tratamento das lesões do espaço incisural posterior: estudo anatômico e clínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelo Magaldi Ribeiro de Oliveira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9CAGUD
Resumo: Realizou-se estudo anatômico e clínico para avaliação da eficácia da operabilidade e ressecabilidade das lesões do espaço incisural posterior (EIP) através do acesso supratentorial infraoccipital (ASI). Este espaço se situa pósterolateralmente ao teto do mesencéfalo e abaixo do esplênio do corpo caloso, englobando o pulvinar do tálamo, a porção póstero-medial do giro parahipocampal e o istmo do giro do cíngulo. O estudo anatômico foi feito em cinco segmentos cefálicos, perfazendo dez acessos, de peças anatômicas preparadas e dissecadas no laboratório de neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou-se análise morfométrica com medição da distância média da tórcula à diferentes estruturas do espaço incisural posterior: esplênio do corpo caloso, glândula pineal, origem da artéria calcarina, istmo do giro do cíngulo, pulvinar do tálamo, lâmina do teto do mesencéfalo e junção falcotentorial. Mediu-se também a distância entre a tórcula e pólo occipital que corresponde ao afastamento do lobo occipital da foice do cérebro. Calculou-se o ângulo de exposição do EIP por meio do ASI usando-se a função tangente, baseado no cálculo de triângulo retângulo criado com a retração do lobo occipital . A análise retrospectiva de vinte e dois pacientes com tumor ou malformação artério-venosa localizado no EIP e tratado pelo ASI foi realizada. Quinze pacientes apresentavam lesão tumoral (astrocitoma, oligodendroglioma, meninigioma e metástase de adenocarcionoma pulmonar), obtendo-se ressecção completa do tumor em seis pacientes, e parcial em nove. Sete pacientes apresentavam lesões vasculares (malformação artério-venosa e aneurisma), que foram tratados de maneira eficaz pelo ASI. Os resultados do estudo anatômico mostraram satisfatória operabilidade do ASI, com ângulo de exposição do EIP de 37,3 graus, e profundidade do campo cirúrgico de aproximadamente 50 mm. O estudo clínico evidenciou que o ASI permite boa ressecabilidade das lesões, com prejuízo funcional mínimo ou nulo
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Realizou-se análise morfométrica com medição da distância média da tórcula à diferentes estruturas do espaço incisural posterior: esplênio do corpo caloso, glândula pineal, origem da artéria calcarina, istmo do giro do cíngulo, pulvinar do tálamo, lâmina do teto do mesencéfalo e junção falcotentorial. Mediu-se também a distância entre a tórcula e pólo occipital que corresponde ao afastamento do lobo occipital da foice do cérebro. Calculou-se o ângulo de exposição do EIP por meio do ASI usando-se a função tangente, baseado no cálculo de triângulo retângulo criado com a retração do lobo occipital . A análise retrospectiva de vinte e dois pacientes com tumor ou malformação artério-venosa localizado no EIP e tratado pelo ASI foi realizada. Quinze pacientes apresentavam lesão tumoral (astrocitoma, oligodendroglioma, meninigioma e metástase de adenocarcionoma pulmonar), obtendo-se ressecção completa do tumor em seis pacientes, e parcial em nove. Sete pacientes apresentavam lesões vasculares (malformação artério-venosa e aneurisma), que foram tratados de maneira eficaz pelo ASI. Os resultados do estudo anatômico mostraram satisfatória operabilidade do ASI, com ângulo de exposição do EIP de 37,3 graus, e profundidade do campo cirúrgico de aproximadamente 50 mm. O estudo clínico evidenciou que o ASI permite boa ressecabilidade das lesões, com prejuízo funcional mínimo ou nuloAn anatomical and clinical study was performed to evaluate the surgical feasibility of the supratentorial infraoccipital approach (SIA) to treat lesions in the posterior incisural space (PIS). This space is located in the postero-lateral area of the quadrigeminal plate, below the splenium of corpus callosum, envolving the pulvinar of thalamus, postero-medial part of the parahipocampal gyrus and the isthmus of cingulate gyrus. Five cadaveric specimens, ten sides, were used for the anatomical study at the Federal University of Minas Gerais neurosurgery laboratory. A mathematical evaluation was done, measuring the distance from the torcula to the splenium of corpus callosum, pineal gland, calcarine artery, isthmus of cingulate gyrus, quadrigeminal plate, pulvinar of thalamus and the falcotentorial junction. The distance between the occipital pole and the falx cerebri, due to the occipital lobe retraction, was also measured. The exposure angle to reach the PIS was calculated. A retrospective analysis of twenty-two patients harboring tumors or arteriovenous malformations located at the PIS, operated by SIA, was done. There were 15 patients with tumors (astrocytomas, meningiomas and metastatic lesion) and seven with vascular lesions. Total resection was achieved in all five arteriovenous malformations patients as well as in six out of fifteen tumor patients. Nine patients had a partial tumor resection, and two a satisfactory aneurism exclusion. The anatomical and clinical results showed a good surgical feasibility when using the SIA to treat lesion at the PIS, with an exposing angle of 37.3 degrees of the target area, a surgical field deepness of approximately 50 mm, allowing good amount of lesion resection.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGResultado de tratamentoLobo occipital/cirurgiaEstudos retrospectivosSeguimentosCraniotomia/métodosProcedimentos neurocirúrgicos/métodosCirurgiaNeoplasias encefálicas/cirurgiaMalformações arteriovenosas intracranianas/cirurgiaEspaço incisural posteriorMalformação arteriovenosaTumor cerebralAcesso supratentorial infraoccipitalAvaliação do acesso supratentorial infraoccipital no tratamento das lesões do espaço incisural posterior: estudo anatômico e clínicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_marcelo_magaldi.pdfapplication/pdf6454634https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9CAGUD/1/tese_marcelo_magaldi.pdf0466d6a75b53f74e4ae2c380d248adf2MD51TEXTtese_marcelo_magaldi.pdf.txttese_marcelo_magaldi.pdf.txtExtracted texttext/plain90063https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9CAGUD/2/tese_marcelo_magaldi.pdf.txt976a0a52a66b0c40261fb26c586c5e21MD521843/BUBD-9CAGUD2019-11-14 07:01:09.011oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9CAGUDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:01:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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description Realizou-se estudo anatômico e clínico para avaliação da eficácia da operabilidade e ressecabilidade das lesões do espaço incisural posterior (EIP) através do acesso supratentorial infraoccipital (ASI). Este espaço se situa pósterolateralmente ao teto do mesencéfalo e abaixo do esplênio do corpo caloso, englobando o pulvinar do tálamo, a porção póstero-medial do giro parahipocampal e o istmo do giro do cíngulo. O estudo anatômico foi feito em cinco segmentos cefálicos, perfazendo dez acessos, de peças anatômicas preparadas e dissecadas no laboratório de neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou-se análise morfométrica com medição da distância média da tórcula à diferentes estruturas do espaço incisural posterior: esplênio do corpo caloso, glândula pineal, origem da artéria calcarina, istmo do giro do cíngulo, pulvinar do tálamo, lâmina do teto do mesencéfalo e junção falcotentorial. Mediu-se também a distância entre a tórcula e pólo occipital que corresponde ao afastamento do lobo occipital da foice do cérebro. Calculou-se o ângulo de exposição do EIP por meio do ASI usando-se a função tangente, baseado no cálculo de triângulo retângulo criado com a retração do lobo occipital . A análise retrospectiva de vinte e dois pacientes com tumor ou malformação artério-venosa localizado no EIP e tratado pelo ASI foi realizada. Quinze pacientes apresentavam lesão tumoral (astrocitoma, oligodendroglioma, meninigioma e metástase de adenocarcionoma pulmonar), obtendo-se ressecção completa do tumor em seis pacientes, e parcial em nove. Sete pacientes apresentavam lesões vasculares (malformação artério-venosa e aneurisma), que foram tratados de maneira eficaz pelo ASI. Os resultados do estudo anatômico mostraram satisfatória operabilidade do ASI, com ângulo de exposição do EIP de 37,3 graus, e profundidade do campo cirúrgico de aproximadamente 50 mm. O estudo clínico evidenciou que o ASI permite boa ressecabilidade das lesões, com prejuízo funcional mínimo ou nulo
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