Macrófagos regulatórios controlam a inflamação e promovem a recuperação em modelo experimental de doença inflamatória intestinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tamara Cristina Moreira Lopes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35206
Resumo: As doenças inflamatórias intestinais são um grupo de doenças do sistema digestório de patogênese complexa, multifatoriais e de tratamento sintomático, não havendo ainda um tratamento curativo eficaz. O desequilíbrio da resposta imune local, parece ser o principal desencadeador da doença, em pacientes geneticamente susceptíveis. Neste contexto os macrófagos têm papel fundamental na patogênese, e de forma paradoxal, na manutenção da homeostase do intestino. Sendo assim, neste trabalho, avaliamos o papel dos macrófagos por meio da sua reprogramação funcional para diferentes perfis de ativação, e utilizamos o perfil regulatório como proposta de terapia para controlar a doença. A colite experimental foi induzida pela administração de dextrana sulfato de sódio (DSS 3%) aos camundongos, por 7 dias. Os animais submetidos à indução de colite apresentaram importantes alterações clínicas, medidas pelo Índice de Atividade da Doença (IAD), além de lesões macroscópicas e microscópicas. Na avaliação do papel dos macrófagos na patogênese da doença, os animais com colite receberam tratamento com duas doses de macrófagos reprogramados in vitro, por via intraperitoneal. Os resultados demonstraram que os grupos tratados com macrófagos classicamente ativados apresentaram uma doença ainda mais grave. Histologicamente, pode-se observar extensas áreas de edema com intenso infiltrado inflamatório transmural, presença de abscessos e fusão das criptas, resultando em perda da arquitetura do cólon. Já os animais tratados com macrófagos regulatórios, apresentaram significativa melhora em todos os parâmetros analisados, resultando em menor IAD. Foi observado macroscopicamente o cólon com aspecto normal e microscopicamente áreas de arquitetura do cólon preservadas, com poucas áreas de lesão da mucosa e submucosa. Imagens de fluorescência mostraram a migração dos macrófagos para o cólon inflamado após a injeção intraperitoneal dessas células. Desta forma, nossos resultados demonstram que a polarização dos macrófagos para um perfil regulatório foi determinante em controlar a colite experimental em camundongos, e que os macrófagos são um potencial alvo terapêutico a ser explorado no controle das doenças inflamatórias intestinais.
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Sendo assim, neste trabalho, avaliamos o papel dos macrófagos por meio da sua reprogramação funcional para diferentes perfis de ativação, e utilizamos o perfil regulatório como proposta de terapia para controlar a doença. A colite experimental foi induzida pela administração de dextrana sulfato de sódio (DSS 3%) aos camundongos, por 7 dias. Os animais submetidos à indução de colite apresentaram importantes alterações clínicas, medidas pelo Índice de Atividade da Doença (IAD), além de lesões macroscópicas e microscópicas. Na avaliação do papel dos macrófagos na patogênese da doença, os animais com colite receberam tratamento com duas doses de macrófagos reprogramados in vitro, por via intraperitoneal. Os resultados demonstraram que os grupos tratados com macrófagos classicamente ativados apresentaram uma doença ainda mais grave. Histologicamente, pode-se observar extensas áreas de edema com intenso infiltrado inflamatório transmural, presença de abscessos e fusão das criptas, resultando em perda da arquitetura do cólon. Já os animais tratados com macrófagos regulatórios, apresentaram significativa melhora em todos os parâmetros analisados, resultando em menor IAD. Foi observado macroscopicamente o cólon com aspecto normal e microscopicamente áreas de arquitetura do cólon preservadas, com poucas áreas de lesão da mucosa e submucosa. Imagens de fluorescência mostraram a migração dos macrófagos para o cólon inflamado após a injeção intraperitoneal dessas células. Desta forma, nossos resultados demonstram que a polarização dos macrófagos para um perfil regulatório foi determinante em controlar a colite experimental em camundongos, e que os macrófagos são um potencial alvo terapêutico a ser explorado no controle das doenças inflamatórias intestinais.Inflammatory bowel disease is a group of digestive system diseases of complex pathogenesis, multifactorial and symptomatic treatment, and there is still no effective curative treatment. The imbalance of the local immune response seems to be the main trigger of the disease. In this context, macrophages play a fundamental role in pathology, and paradoxically, in the maintenance of intestinal homeostasis. Therefore, in this work, we evaluated the role of macrophages through their functional reprogramming for different activation profiles and used the regulatory profile in a therapy proposal to control the disease. The colitis model was reproduced by the administration of dextran sodium sulfate (DSS 3%) to the mice for 7 days. The animals submitted to colitis induction showed important clinical changes, measured through the Disease Activity Index (DAI), in addition to macroscopic and microscopic lesions. In assessing the role of macrophages in the pathogenesis of the disease, animals with colitis received treatment with two doses of macrophages reprogrammed in vitro, intraperitoneally. The results showed that groups treated with classically activated macrophages had even more severe disease. Histologically, it is possible to observe extensive areas of edema with intense transmural inflammatory infiltrate, presence of abscesses and fusion of the crypts, resulting in loss of colon architecture. On the other hand, animals treated with regulatory macrophages showed a significant improvement in all parameters analyzed, resulting in a lower DAI. It was observed macroscopically the colon with normal aspect and microscopically preserved areas of colon architecture, with few areas of lesion of the mucosa and submucosa. Fluorescence images showed the migration of macrophages to the inflamed colon after intraperitoneal injection of these cells. Thus, our results demonstrate that the polarization of macrophages to a regulatory profile was decisive in controlling experimental colitis in mice and that macrophages are a potential therapeutic target to be explored in the control of inflammatory bowel diseases.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PatologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE PATOLOGIAPatologiaDoenças Inflamatórias IntestinaisColite UlcerativaSulfato de DextranaMacrófagosDoenças Inflamatórias intestinaisColite ulcerativaDSSMacrófagosMacrófagos regulatórios controlam a inflamação e promovem a recuperação em modelo experimental de doença inflamatória intestinalRegulatory macrophages control inflammation and promote recovery of experimental model of inflammatory bowel diseaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese - Tamara Cristina Moreira Lopes.pdfTese - Tamara Cristina Moreira Lopes.pdfPDF Teseapplication/pdf5717009https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35206/1/Tese%20-%20Tamara%20Cristina%20Moreira%20Lopes.pdfc2c2ce0c6e90a0804c6906c16e6b34c3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35206/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/352062021-03-17 16:50:51.459oai:repositorio.ufmg.br:1843/35206TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-17T19:50:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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