Padrões de produtividade primária fitoplanctônica na Lagoa Carioca - parque estadual do Rio Doce (PERD) - MG

• Autor(a) principal: Atenágoras Café Carvalhais Júnior
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97XH9G
• topic: Ecologia; Conservação e Manejo da VIda Silvestre; Ecologia; Fitoplancto Ecologia; Carioca, Lagoa; Ecossistemas aquáticos

O estudo do metabolismo dos ecossistemas aquáticos constitui-se num dos principais objetivos da pesquisa limnológica. Nessa vertente, a produtividade primária (PPR) é a base para um estudo detalhado dos mecanismos que controlam a energia transferida durante o ciclo da matéria orgânica. A compreensão da contribuição da comunidade fitoplanctônica para o fluxo de energia é essencial para o manejo dos ecossistemas aquáticos, principalmente através da redução da crescente deposição de nutrientes com consequente melhora da qualidade da água. A Lagoa Carioca, escolhida como lago experimental para o presente trabalho, é um ambiente de proporções relativamente pequenas, localizada em área protegida da ação do homem (Parque Estadual do Rio Doce PERD) e que permite o desenvolvimento de estudos visando a identificação de padrões limnológicos básicos tais como de produtividade primária. O estudo proposto tem como base aanálise de medidas mensais da PPR realizadas de outubro/2004 a setembro/2007. Nesse período, a estimativa da PPR foi feita com base na técnica do carbono 14 descrita por Steemann-Nielsen (1952), em uma estação central de amostragem. O estudo teve como objetivos: i) identificar padrões de produção primária anuais, sazonais e diários; ii) correlacionar os resultados de PPR com as demais variáveis bióticas e abióticas monitoradas neste período; iii) obter as taxas de assimilação para o período amostrado e compará-las com valores obtidos em períodos anteriores, evidenciando possíveis mudanças na estrutura da comunidade fitoplanctônica. Os principais resultados foram: i) variação sazonal em diversos parâmetros físico-químicos; caracterização do lago como oligotrófico segundo índice trófico; indicação de limitação por nitrogênio e fósforo. ii) mudanças expressivas na comunidade fitoplanctônica nas últimas décadas, provavelmente relacionadas à introdução de espécies exóticas de peixes. iii) aumento na PPR com taxas que variaram de 0,14 a 1019,5 mgC/m³/h; indicação clara de variação sazonal e entre profundidades; não foi verificada variação entre turnos do dia ou entre anos; iv) correlação da PPR com pH, temperatura, clorofila-a, densidade fitoplanctônica, concentrações de amônio e ortofosfato. v) mudanças extremas nas taxas de assimilação provavelmente decorrentes de mudanças no estado trófico do ambiente e não da substituição da comunidade fitoplanctônica.