spelling |
Sérgio Manuel Merêncio Martinshttp://lattes.cnpq.br/3836604348371464Geraldo Magela CostaThiago Macedo Alves BritoFlávia Elaine da Silva MartinsFelipe Nunes Coelho Magalhãeshttp://lattes.cnpq.br/5239966617912592Thiago Andrade dos Santos2021-03-12T14:24:38Z2021-03-12T14:24:38Z2020-11-20http://hdl.handle.net/1843/35162Esta tese parte da análise do processo de urbanização para apreender o fetichismo e a crise imanente ao processo de reprodução do capital. Há a necessidade de se compreender a crise sem fetichizá-la. Em vista disso, a discussão acerca dos processos de urbanização mostra que não se trata exatamente de uma crise urbana, mas do fato de a cidade ter sido fetichizada, incluída no turbilhão da crise da reprodução do capital. Nesse imbróglio, a urbanização passou a ser a forma encontrada de se empregar produtivamente os capitais com dificuldades de emprego produtivo no âmbito da circulação do capital. Como a terra e o solo urbano não são frutos do trabalho, não possuem valor, apenas entram no complexo processo de distribuição do mais-valor. O espaço socialmente produzido entra na circulação do capital fragmentado como propriedade da terra e desejado por viabilizar as rendas fundiárias. Entrando, há limites estruturais nesses processos que amenizam as crises pela alocação da mais-valia em investimentos imobiliários que geram rendas fundiárias. A crise estrutural do processo de reprodução do capital emperra novamente esse processo e recorre-se ao capital fictício, gerando grandes bolhas de trabalhos futuros que não vão se realizar. As crises, então, geram os seus espaços repletos de contradições. Os chamados ajustes espaciais não solucionam as contradições do capital, representam o aumento da própria crise. Nesse sentido, chamo de urbanização fetichista, a urbanização a cargo do Estado e dos capitais, que ignora o trabalho como se esse fosse um mero apêndice da produção, não somente de capital, mas do próprio espaço social. A pobreza das e nas cidades mostra a crise imanente e a concretização do fetiche do capital, que se apresenta como senhor de sua autovalorização. Casos práticos como as (re)qualificações urbanas possuem sua face abstrata, que se esconde atrás da concretude de suas formas, funções, estruturas e processos. As reestruturações do e no espaço belo-horizontino envolvem a busca pelas rendas diferencias urbanas de tipo II, que passa por processos como a verticalização pelo aumento dos potenciais construtivos. Na falta de estoques de terras baratas, as rendas fundiárias são aumentadas de patamar pelo incremento do potencial construtivo dos imóveis a partir de instrumentos previstos na legislação urbanística como as Operações Urbanas Consorciadas. A legislação urbanística, embora tenha aparecido como um avanço, expressa o fetiche. É uma instância na qual o Estado e o capital se articulam na produção do espaço urbano por meio de mecanismos sutis que movimentam as categorias do capital em sua conflituosa reprodução. O Estado, por meio de seus instrumentos de política urbanística, é quem mobiliza e condiciona o espaço para dar o suporte ao capital e viabiliza a elevação dos patamares da capitalização das rendas fundiárias. Nesse ponto, verifica-se por que devemos pensar o conceito de produção também em sentido amplo, pois a produção do espaço envolve a materialização de uma sociedade no espaço e isso implica a produção de mercadorias, mas também de ideologias, leis, cultura, modos de vida e também do próprio espaço social.This thesis starts from the analysis of the urbanization process to apprehend fetishism and the immanent crisis to the process of capital reproduction. It’s needed to understand the crisis without fetishizing it. Therefore, the discussion about urbanization shows that it is not exactly an urban crisis, but the fact that the city has been fetishized, included in the whirlwind of the reproduction of capital in crisis. In this imbroglio, the urbanization process became the favorite way of using capital with difficulties of productive employment in the scope of capital circulation productively. As land and urban soil are not the fruits of labor, they have no value, they just enter the complex process of distributing the surplus value. The socially produced space enters the circulation of fragmented capital as property of the soil and desired for generating land rent. However, there are structural limits to these processes that alleviate crises by allocating surplus value to real estate investments that enables land rent. The structural crisis in the process of capital reproduction stops this process again and makes use of fictitious capital, generating large bubbles of future works that will not be realized. The crises, then, generate their spaces full of contradictions. The so-called spatial adjustments do not solve the contradictions of capital, they represent the increase of the crisis itself. In this sense, I call fetishistic urbanization, urbanization in charge of the State and capitals, which ignores work as if it were a mere appendage of production, not only of capital, but of the social space itself. The poverty of (and in) cities shows the immanent crisis and the realization of the fetish of capital, which presents itself as the master of its self-worth. Practical cases such as urban (re)qualifications have their abstract face, which is hidden behind the concreteness of their forms, functions, structures and processes. The restructuring of (and in) the Belo Horizonte space involves the search for type II urban differentiated rents, which goes through processes such as verticalization by increasing construction potentials. In the absence of stocks of cheap land, land rents are increased by increasing the building potential of real estate using instruments provided for in urban legislation such as Consortium Urban Operations. Urban legislation, although it appeared as an advance, expresses the fetish. It is an instance in which the State and capital are articulated in the production of urban space through subtle mechanisms that move the categories of capital in their conflicting reproduction. The State, through its urban policy instruments, is the one who mobilizes and conditions the space to support capital and makes it possible to raise the levels of capitalization of land rents. At this point, we can see why we should think about the concept of production also in a broad sense, since the production of space involves the materialization of a society in space and this implies the production of goods, but also of ideologies, laws, culture, ways of life and also of the social space itself.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAPlanejamento urbanoUrbanizaçãoFetichismoEstadoCriseFetichismoProdução do espaçoUrbanizaçãoEstadoA urbanização fetichista: crise imanente, planejamento e reprodução capitalista do e no espaçoFetishist urbanization: immanent crisis, planning and capitalist reproduction of and in spaceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTHIAGO ANDRADE_A URBANIZAÇÃO FETICHISTA_CRISE IMANENTE, PLANEJAMENTO E REPRODUÇÃO CAPITALISTA DO E NO ESPAÇO..pdfTHIAGO ANDRADE_A URBANIZAÇÃO FETICHISTA_CRISE IMANENTE, PLANEJAMENTO E REPRODUÇÃO CAPITALISTA DO E NO ESPAÇO..pdfapplication/pdf6757493https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35162/1/THIAGO%20ANDRADE_A%20URBANIZA%c3%87%c3%83O%20FETICHISTA_CRISE%20IMANENTE%2c%20PLANEJAMENTO%20E%20REPRODU%c3%87%c3%83O%20CAPITALISTA%20DO%20E%20NO%20ESPA%c3%87O..pdfc4e0c4d6208ceef1564d9e05f16d49f3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35162/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/351622021-03-12 11:24:38.583oai:repositorio.ufmg.br:1843/35162TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-12T14:24:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
|