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Ricardo Tavareshttp://lattes.cnpq.br/2480233376438122Elza Machado de MeloGeraldo Cunha Curyhttp://lattes.cnpq.br/3978298886072324Leandro Genuir de Assis Caetano2021-11-09T14:42:33Z2021-11-09T14:42:33Z2020-12-21http://hdl.handle.net/1843/38621A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a violência de gênero como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo desde 1990. A violência ofende frontalmente os direitos humanos e a dignidade das mulheres. As múltiplas formas de violência, incluindo o feminicídio, última etapa do ciclo de violência contra a mulher, definido como assassinato de mulheres por violência doméstica ou discriminação de gênero, são ditadas por uma sociedade patriarcal, machista, sexista e misógina, em contextos marcados pela desigualdade de gênero, na maioria das vezes em cenário privado, em que o agressor conhece a vítima e a agride tão somente por ela ser uma mulher. Os dados dessas violências divulgados mundialmente são de grande magnitude, principalmente na América Latina e Caribe. O objetivo deste trabalho é avaliar a percepção e o conhecimento de usuárias e profissionais da Atenção Primária de Saúde de Belo Horizonte sobre as interfaces nas relações de gênero em função da vitimização feminina de algum tipo de violência, destacando suas características e fatores de risco. Como metodologia foi realizado um estudo exploratório e descritivo com abordagem quali-quantitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas com usuários (entrevistador) e profissionais (autoaplicáveis) de 45 Unidades Básica de Saúde (UBS) da Atenção Primária de Saúde de Belo Horizonte, selecionadas de forma aleatória, distribuídas nos nove Distritos Sanitários de Belo Horizonte em 2017. Para o presente estudo, foram utilizados apenas os dados referentes às respostas de profissionais e usuários do sexo feminino. A análise estatística foi baseada em tabelas com frequências absolutas e percentuais das distribuições univariadas e bivariadas, além de gráficos de barras do tipo likert e boxplot. Foi construído indicador Índice de Relações de Gênero Positivas (IRGP) para quantificar o nível das relações de gênero quanto às suas características violentas e não violentas, segundo a concepção das usuárias e para as profissionais. Os questionários foram respondidos por um total de 830 mulheres usuárias e 848 mulheres profissionais de saúde. O indicador IRGP foi categorizado em baixo e alto usando como ponto de corte o valor da mediana, que no presente estudo foi maior entre as profissionais - o valor numérico da mediana do IRGP foi de 70,5 no banco de dados das usuárias e de 75,0 no banco de profissionais. Quanto mais alto o IRGP melhor a percepção das mulheres (positiva) em relação aos papéis de gênero. Observa-se na pesquisa que, em termos medianos, os maiores IRGP ocorreram para as profissionais que sofreram violência, em todas as regionais de Belo Horizonte. Percebe-se que estas profissionais tiveram percepções melhores quanto ao grupo de itens que compõem as relações de gênero, quando comparada com o grupo de usuárias. Ambos os grupos mostraram parcela significativa de vítimas de agressões verbal, psicológica/moral, física e bullying (intimidação). Notamos que ambos os grupos analisados tiveram um percentual importante de mulheres para o IRGP baixo, sendo, portanto, necessária mudança de postura das mulheres diante das atitudes machistas e patriarcais vistas ainda na sociedade contemporânea.The World Health Organization (WHO) has recognized gender violence as a public health problem specifically in Brazil, but also worldwide since 1990. Violence blatantly offends human rights and women's dignity. Multiple forms of violence, including femicide--the last stage in the cycle of violence against women, defined as the murder of women as a result of domestic violence or gender discrimination--are dictated by a patriarchal, macho, sexist and misogynistic society; in contexts marked by gender inequality; and predomin antly most times in a private setting, in which the aggressor knows the victim and attacks her for the sole reason she is a woman. The data on these violent acts published worldwide are of great magnitude, especially in Latin America and the Caribbean. The objective of this work is to evaluate the perception and knowledge of users and professionals of Primary Health Care in Belo Horizonte about the interfaces in gender relations due to the victimizing of women’s experience from of some type of violence, highlighting its characteristics and risk factors. As a methodology, an exploratory and descriptive study with both a qualiquantitative and qualitative approach was carried out through semi-structured interviews with users (interviewer) and professionals (self-applicable) of 45 Basic Health Units (BHU) of Primary Health Care in Belo Horizonte: randomly selected and distributed in the 9 Health Districts of Belo Horizonte in 2017. For the present study, only data referring to responses from female professionals and users were used. The statistical analysis was based on tables with absolute frequencies and percentages of univariate and bivariate distributions, in addition to Likert and boxplot bar graphs. An indicator, (IRGP) the Index of Positive Gender Relations, was constructed to quantify the level of gender relations in terms of their violent and non-violent characteristics, according to the conception of users and professionals. The questionnaires were answered by a total of 830 female users and 848 female health professionals. The IRGP indicator was categorized as low and, high using the median value as a cutoff point, which in the present, study was higher among professionals--the IRGP median numerical value was 70.5 in the user database and 75.0 in the professional database. The higher the IRGP, the better (positive) women's perception of gender roles. The median IRGP was found to be the highest for professionals who suffered violence in all the districts of Belo Horizonte. It is noticeable that these professionals had better perceptions of the group of items that make up gender relations, when compared to the group of users. Both groups showed a significant portion of victims of verbal, psychological/moral, physical, and bullying (intimidation) violence. We noted that both groups analyzed had an important percentage of women with a low IRGP, thus requiring a change in posture of women in the face of macho and patriarchal attitudes still seen in contemporary society.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da ViolênciaUFMGBrasilMED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessViolência de GêneroViolência contra a MulherAtenção Primária à SaúdePessoal de SaúdeViolência e relações de gêneroViolência contra a mulherAtenção primária à saúdePercepções e conhecimento de profissionais e usuárias do sexo feminino que atuam na Atenção Primária de Saúde sobre relações de gêneroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Leandro - Mestrado PSPV.pdfDissertação Leandro - Mestrado PSPV.pdfapplication/pdf31002200https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38621/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Leandro%20-%20Mestrado%20PSPV.pdf2cda9644bfd938c84dc118988d9458a3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38621/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38621/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/386212021-11-09 11:42:33.867oai:repositorio.ufmg.br:1843/38621TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-11-09T14:42:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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