Da migração à não-migração: o exemplo das pequenas cidades da Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Severina Sarah Lisboa
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7DJNNX
Resumo: O Brasil passou por diferentes períodos no que se refere à dinâmica populacional, observando-se alterações quanto à importância relativa das variáveis demográficas. A migração vivencia épocas de menor e de maior visibilidade, com mudanças nos padrões migratórios, apresentando características ora de concentração, ora de desconcentração espacial. Para se compreender essa dinâmica demográfica, é importante conhecer os fatores que contribuem para a atração populacional para determinadas áreas, que se configuram como locais de destino dos movimentos migratórios, e também os fatores que concorrem para a fixação e retenção da população nos seus locais de origem.Durante muitos anos, a migração de pessoas de áreas rurais para urbanas caracterizou os movimentos migratórios brasileiros. No entanto, verifica-se que as migrações do tipo urbano-urbano têm prevalecido e que movimentos de migração de retorno têm ganhado importância. Além disso, percebe-se que parte da população opta por não migrar. Neste contexto, além da migração, torna-se pertinente discutir e compreender a não-migração, isto é, a permanência da população em suas localidades.Este trabalho buscar identificar nas pesquisas migratórias os motivos já apontados como determinantes para os movimentos migratórios, sobretudo para a mudança da população de pequenas cidades para centros urbanos maiores, comparando estas informações como os resultados obtidos na área de estudo. Com maior ênfase, objetiva-se identificar nas pequenas localidades os fatores que inibem a saída da população do seu local de origem ou moradia, que são associados aos seus aspectos positivos. As localiades selecionadas como objeto de estudo são as pequenas cidades mineiras de Ervália, Piranga e Teixeiras, que vivenciam o contexto de mudanças da realidade demográfica do estado de Minas Gerais e da Zona da Mata mineira.Para tanto, realiza-se levantamentos de dados quantitativos e qualitativos através de trabalho de campo com aplicação de questionário a moradores migrantes e, principalmente, não-migrantes das referidas localidades. Na consideração dos motivos que contribuem para a não-migração são avaliados os grupos de fatores objetivos e subjetivos; estes últimos estão subdivididos em fatores geoculturais (espaciais e paisagísticos) e culturais (cultura esportiva, cívica, religiosa e comunitário-popular). A população migrante ou que possui significativa experiência migratória também participa do levantamento de fatores que determinam a opção por migrar ou não migrar.A partir da realização do trabalho de campo, espera-se identificar a contribuição que as experiências migratórias trazem para compreensão da relevância dos fatores de ordem econômica determinantes da migração. Estas experiências também permitem identificar os fatores subjetivos envolvidos nos movimentos migratórios. A maior contribuição do trabalho concentra-se, no entanto, na abordagem dos fatores subjetivos e identificação da sua importância para o entendimento da não-migração. Ao final do trabalho torna-se possível identificar os fatores de maior destaque apontados pela população residente nas áreas urbanas das pequenas localidades mineiras investigadas. Também é possível verificar a importância relativa conferida a fatores econômicos, geoculturais e culturais para a migração e a não-migração.
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