Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rita Carolina Figueiredo Duarte
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FARC-93QNQM
Resumo: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica associada a complicações macro e microvasculares, onde se observa hiperativação de plaquetas e consequente aumento na formação das micropartículas de plaquetas (MP). O estresse oxidativo também está relacionado às complicações macrovasculares do diabetes, sendo que as plaquetas ativadas produzem espécies reativas do oxigênio (ROS) que são pró-trombóticas e, além disso, as ROS estão relacionadas com a propagação da ativação plaquetária. O Ácido Acetilsalicílico (AAS) é um agente antiplaquetário utilizado na prevenção de eventos aterotrombóticos por bloquear a formação de tromboxano A2, via inibição da ciclooxigenase-1 plaquetária. O efeito do AAS pode ser determinado pelos níveis de 2,3-dinor-tromboxano B2 (2,3-dinor-TXB2) e do 11-dhidro-tromboxano B2 (11-dhTXB2). Para avaliar a resposta ao tratamento com AAS, por meio da ativação plaquetária e do perfil oxidativo, foram coletadas amostras de sangue e urina de 81 pacientes com DM2 em dois momentos distintos, a saber: imediatamente antes do início do tratamento e aos 15 dias de uso diário de 100 mg deste medicamento. Foram quantificados os níveis urinários do 11 dhTXB2 e plasmáticos do 2,3 dinorTXB2 e das MP. Ademais, foram determinados os níveis de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e do 3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina (MTT), para avaliação da peroxidação lipídica e da capacidade antioxidante do soro, respectivamente. Foi observada uma diminuição significativa dos níveis de 2,3 dinorTXB2 (p < 0,001) e de 11 dhTXB2 (p =0,00) aos 15 dias de uso do AAS, porém a maioria dos pacientes apresentou uma redução dos níveis destes marcadores de, no máximo, 90%. Por outro lado, a comparação dos níveis de MP, TBARS e MTT antes e durante o uso de AAS não apresentou diferença significativa. Estes resultados analisados em conjunto, evidenciam que o uso do AAS não modificou os perfis de micropartículas e oxidativo, e que os pacientes não apresentaram uma resposta equânime e satisfatória ao uso deste medicamento. Tal achado está em consonância com relatos prévios da literatura de que os pacientes com DM2 não se beneficiam de forma igual com o uso do AAS para prevenção primária de eventos aterotrombóticos.
id UFMG_52836593953b7f9a78e2bf91ea9e29ef
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/FARC-93QNQM
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria das Gracas CarvalhoKarina Braga Gomes BorgesAdriana Aparecida BoscoAdriano de Paula SabinoRita Carolina Figueiredo Duarte2019-08-13T20:58:52Z2019-08-13T20:58:52Z2012-11-22http://hdl.handle.net/1843/FARC-93QNQMO diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica associada a complicações macro e microvasculares, onde se observa hiperativação de plaquetas e consequente aumento na formação das micropartículas de plaquetas (MP). O estresse oxidativo também está relacionado às complicações macrovasculares do diabetes, sendo que as plaquetas ativadas produzem espécies reativas do oxigênio (ROS) que são pró-trombóticas e, além disso, as ROS estão relacionadas com a propagação da ativação plaquetária. O Ácido Acetilsalicílico (AAS) é um agente antiplaquetário utilizado na prevenção de eventos aterotrombóticos por bloquear a formação de tromboxano A2, via inibição da ciclooxigenase-1 plaquetária. O efeito do AAS pode ser determinado pelos níveis de 2,3-dinor-tromboxano B2 (2,3-dinor-TXB2) e do 11-dhidro-tromboxano B2 (11-dhTXB2). Para avaliar a resposta ao tratamento com AAS, por meio da ativação plaquetária e do perfil oxidativo, foram coletadas amostras de sangue e urina de 81 pacientes com DM2 em dois momentos distintos, a saber: imediatamente antes do início do tratamento e aos 15 dias de uso diário de 100 mg deste medicamento. Foram quantificados os níveis urinários do 11 dhTXB2 e plasmáticos do 2,3 dinorTXB2 e das MP. Ademais, foram determinados os níveis de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e do 3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina (MTT), para avaliação da peroxidação lipídica e da capacidade antioxidante do soro, respectivamente. Foi observada uma diminuição significativa dos níveis de 2,3 dinorTXB2 (p < 0,001) e de 11 dhTXB2 (p =0,00) aos 15 dias de uso do AAS, porém a maioria dos pacientes apresentou uma redução dos níveis destes marcadores de, no máximo, 90%. Por outro lado, a comparação dos níveis de MP, TBARS e MTT antes e durante o uso de AAS não apresentou diferença significativa. Estes resultados analisados em conjunto, evidenciam que o uso do AAS não modificou os perfis de micropartículas e oxidativo, e que os pacientes não apresentaram uma resposta equânime e satisfatória ao uso deste medicamento. Tal achado está em consonância com relatos prévios da literatura de que os pacientes com DM2 não se beneficiam de forma igual com o uso do AAS para prevenção primária de eventos aterotrombóticos.Type 2 diabetes mellitus (DM2) is a metabolic disorder associated with cardiovascular complications, hyperactivation of platelets and consequent increased formation of platelet microparticles (MP). Oxidative stress is also related to macrovascular and microvascular complications of the diabetes, and the activated platelets produce reactive oxygen species (ROS) which are prothrombotic and moreover, ROS are related to the propagation of platelet activation. Acetylsalicylic acid (ASA) is an antiplatelet agent used in the prevention of atherothrombotic events by blocking the formation of thromboxane A2 via inhibition of platelet cyclooxygenase-1. The effect of ASA can be determined by the levels of 2,3-dinor-thromboxane B2 (2,3-dinor-TXB2), and 11-dehydro-thromboxane B2 (11-dhTXB2). In order to evaluate the response to ASA by means platelet activation and oxidative profile, we collected samples of blood and urine of 81 patients with DM2 in two distinct moments, the first immediately prior to initiation of treatment with ASA and the second, at the fifteenth day of treatment with 100 mg of this medication daily. These samples were analyzed to determine the urinary 11-dhTXB2 and plasma levels of 2.3 dinorTXB2 and MPs. Furthermore, were measured levels of thiobarbituric acid reactive species (TBARS) and 3 - (4,5-dimethylthiazol-2yl) -2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT) for evaluation of lipid peroxidation and antioxidant status of serum, respectively. It was observed a significant decrease in the levels of 2.3 dinorTXB2 (p <0.001) and 11-dhTXB2 (p = 0.00), however most of the patients showed a reduction in levels of these markers, at the maximum, 90%. On the other side, no significant difference was found between the levels of MP, TBARS and MTT before and after use of AAS. These results analysed together indicate that ASA did not change the MP and oxidative profiles and that patients did not show an equal and satisfactory response to this drug. This finding is consistent with previous reports in the literature that patients with DM2 do not benefit in an equal way from the use of aspirin for primary prevention of atherothrombotic events.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFarmáciaÁcido acetilsalicílicoTromboxanoPlaquetasEstresse oxidativoDiabetes Mellitus Tipo 2Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdfapplication/pdf1938860https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARC-93QNQM/1/disserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdfd78b700faf6efdf8022d66492bd8f76cMD51TEXTdisserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdf.txtdisserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdf.txtExtracted texttext/plain182454https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARC-93QNQM/2/disserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdf.txt1792cbc6e7cd3208c41f4b9d6f544f27MD521843/FARC-93QNQM2019-11-14 16:29:45.136oai:repositorio.ufmg.br:1843/FARC-93QNQMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:29:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
title Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
spellingShingle Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
Rita Carolina Figueiredo Duarte
Ácido acetilsalicílico
Tromboxano
Plaquetas
Estresse oxidativo
Diabetes Mellitus Tipo 2
Farmácia
title_short Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
title_full Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
title_fullStr Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
title_full_unstemmed Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
title_sort Efeito do ácido acetilsalicílico na ativação plaquetária e perfil oxidativo em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2
author Rita Carolina Figueiredo Duarte
author_facet Rita Carolina Figueiredo Duarte
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria das Gracas Carvalho
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Karina Braga Gomes Borges
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Adriana Aparecida Bosco
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Adriano de Paula Sabino
dc.contributor.author.fl_str_mv Rita Carolina Figueiredo Duarte
contributor_str_mv Maria das Gracas Carvalho
Karina Braga Gomes Borges
Adriana Aparecida Bosco
Adriano de Paula Sabino
dc.subject.por.fl_str_mv Ácido acetilsalicílico
Tromboxano
Plaquetas
Estresse oxidativo
Diabetes Mellitus Tipo 2
topic Ácido acetilsalicílico
Tromboxano
Plaquetas
Estresse oxidativo
Diabetes Mellitus Tipo 2
Farmácia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Farmácia
description O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica associada a complicações macro e microvasculares, onde se observa hiperativação de plaquetas e consequente aumento na formação das micropartículas de plaquetas (MP). O estresse oxidativo também está relacionado às complicações macrovasculares do diabetes, sendo que as plaquetas ativadas produzem espécies reativas do oxigênio (ROS) que são pró-trombóticas e, além disso, as ROS estão relacionadas com a propagação da ativação plaquetária. O Ácido Acetilsalicílico (AAS) é um agente antiplaquetário utilizado na prevenção de eventos aterotrombóticos por bloquear a formação de tromboxano A2, via inibição da ciclooxigenase-1 plaquetária. O efeito do AAS pode ser determinado pelos níveis de 2,3-dinor-tromboxano B2 (2,3-dinor-TXB2) e do 11-dhidro-tromboxano B2 (11-dhTXB2). Para avaliar a resposta ao tratamento com AAS, por meio da ativação plaquetária e do perfil oxidativo, foram coletadas amostras de sangue e urina de 81 pacientes com DM2 em dois momentos distintos, a saber: imediatamente antes do início do tratamento e aos 15 dias de uso diário de 100 mg deste medicamento. Foram quantificados os níveis urinários do 11 dhTXB2 e plasmáticos do 2,3 dinorTXB2 e das MP. Ademais, foram determinados os níveis de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e do 3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina (MTT), para avaliação da peroxidação lipídica e da capacidade antioxidante do soro, respectivamente. Foi observada uma diminuição significativa dos níveis de 2,3 dinorTXB2 (p < 0,001) e de 11 dhTXB2 (p =0,00) aos 15 dias de uso do AAS, porém a maioria dos pacientes apresentou uma redução dos níveis destes marcadores de, no máximo, 90%. Por outro lado, a comparação dos níveis de MP, TBARS e MTT antes e durante o uso de AAS não apresentou diferença significativa. Estes resultados analisados em conjunto, evidenciam que o uso do AAS não modificou os perfis de micropartículas e oxidativo, e que os pacientes não apresentaram uma resposta equânime e satisfatória ao uso deste medicamento. Tal achado está em consonância com relatos prévios da literatura de que os pacientes com DM2 não se beneficiam de forma igual com o uso do AAS para prevenção primária de eventos aterotrombóticos.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-11-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T20:58:52Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T20:58:52Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/FARC-93QNQM
url http://hdl.handle.net/1843/FARC-93QNQM
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARC-93QNQM/1/disserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARC-93QNQM/2/disserta__o_final_rita_carolina_2dez2012.__doc_1_.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d78b700faf6efdf8022d66492bd8f76c
1792cbc6e7cd3208c41f4b9d6f544f27
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589456982179840