Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fabiana Caroline Zempulski Volpato
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9BVKP8
Resumo: Neste trabalho foram avaliados dois métodos de diagnóstico, da doença de Chagas, a hemocultura e a reação em cadeia da polimerase (PCR), além do perfil genético das populações do Trypanosoma cruzi recém-isoladas de 91 pacientes chagásicos crônicos, não tratados, com formas clínicas definidas, indeterminada (n=23) e cardíaca (n=68). A positividade total da hemocultura foi de 54,95% e, quando relacionada à forma clínica foram positivos 60,29% dos pacientes com a forma cardíaca e 39,13% dos portadores da forma indeterminada. O T. cruzi foi detectado em 70,00% das hemoculturas entre 30-60 dias e 56,00% dos pacientes positivaram um ou dois tubos. A PCR detectou o kDNA do parasito em 98,90% dos pacientes e, em relação a forma clínica a positividade foi 100,00% nos pacientes cardíacos e 95,65% nos portadores da forma indeterminada. A associação dos métodos aumentou a positividade em 43,96%, uma vez que 54,95% dos pacientes foram positivos tanto pela PCR quanto pela hemocultura e 1,09% foram negativos em ambos os métodos. A variabilidade genética foi analisada em 36 isolados do T. cruzi procedentes de 29 pacientes chagásicos cardiopatas e sete portadores da forma indeterminada usando os marcadores moleculares: domínio divergente D7 do gene rDNA 24S, gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade II (CO II) e região intergênica dos genes de miniexon (SL-IRac) e, 97,22% dos isolados do T. cruzi foram relacionados ao rDNA 1 e haplogrupo mitocondrial C associados a DTU II. Entretanto, um único isolado de paciente com a forma clínica indeterminada foi associado à DTU III ou DTU V pelo marcador rDNA 24s e a DTU I por CO II. A análise com o marcador dos genes SL-IRac confirmou que este isolado corresponde a DTU I. Os dados demonstraram que a hemocultura e a PCR foram eficientes com a coleta de apenas uma amostra de sangue e, quando associados aumentam à sensibilidade no diagnóstico da doença de Chagas crônica. A PCR é mais sensível para o diagnóstico, visto que, foi capaz de detectar o kDNA do parasito em pacientes negativos para a hemocultura. O perfil genético dos isolados do T. cruzi demonstrou que não foi possível estabelecer associação com as formas clínicas dos pacientes chagásicos.
id UFMG_528a15147bdd111a1e102a668f4879c0
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9BVKP8
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Egler ChiariLucia Maria da Cunha GalvaoFabiana Caroline Zempulski Volpato2019-08-14T09:06:47Z2019-08-14T09:06:47Z2013-05-17http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9BVKP8Neste trabalho foram avaliados dois métodos de diagnóstico, da doença de Chagas, a hemocultura e a reação em cadeia da polimerase (PCR), além do perfil genético das populações do Trypanosoma cruzi recém-isoladas de 91 pacientes chagásicos crônicos, não tratados, com formas clínicas definidas, indeterminada (n=23) e cardíaca (n=68). A positividade total da hemocultura foi de 54,95% e, quando relacionada à forma clínica foram positivos 60,29% dos pacientes com a forma cardíaca e 39,13% dos portadores da forma indeterminada. O T. cruzi foi detectado em 70,00% das hemoculturas entre 30-60 dias e 56,00% dos pacientes positivaram um ou dois tubos. A PCR detectou o kDNA do parasito em 98,90% dos pacientes e, em relação a forma clínica a positividade foi 100,00% nos pacientes cardíacos e 95,65% nos portadores da forma indeterminada. A associação dos métodos aumentou a positividade em 43,96%, uma vez que 54,95% dos pacientes foram positivos tanto pela PCR quanto pela hemocultura e 1,09% foram negativos em ambos os métodos. A variabilidade genética foi analisada em 36 isolados do T. cruzi procedentes de 29 pacientes chagásicos cardiopatas e sete portadores da forma indeterminada usando os marcadores moleculares: domínio divergente D7 do gene rDNA 24S, gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade II (CO II) e região intergênica dos genes de miniexon (SL-IRac) e, 97,22% dos isolados do T. cruzi foram relacionados ao rDNA 1 e haplogrupo mitocondrial C associados a DTU II. Entretanto, um único isolado de paciente com a forma clínica indeterminada foi associado à DTU III ou DTU V pelo marcador rDNA 24s e a DTU I por CO II. A análise com o marcador dos genes SL-IRac confirmou que este isolado corresponde a DTU I. Os dados demonstraram que a hemocultura e a PCR foram eficientes com a coleta de apenas uma amostra de sangue e, quando associados aumentam à sensibilidade no diagnóstico da doença de Chagas crônica. A PCR é mais sensível para o diagnóstico, visto que, foi capaz de detectar o kDNA do parasito em pacientes negativos para a hemocultura. O perfil genético dos isolados do T. cruzi demonstrou que não foi possível estabelecer associação com as formas clínicas dos pacientes chagásicos.This study evaluated two diagnostic methods for Chagas disease, such as blood culture and polymerase chain reaction (PCR) as well as genetic profile of Trypanosoma cruzi populations freshly isolated from 91 untreated chronic chagasic patients with defined clinical forms, indeterminate (n=23) and cardiac (n=68). Total positivity of blood culture was 54.95%, and 60.29% of cardiac patients and 39.13% of patients with indeterminate clinical form were positive. T. cruzi was detected in 70.00% of blood cultures between 30-60 days, and 56.00% of patients had one or two positive tubes. T. cruzi kDNA was detected by PCR in 98.90% of patients, in relation to clinical form; the positivity was 100.00% in cardiac patients and 95.65% of patients with indeterminate clinical form. The association between increased positivity in 43.96%, since 54.95% of patients were positive by both PCR and blood culture and 1.09% were negative by both methods. The association of these methods increased positivity in 43.96%, since 54.95% of patients were positive by both PCR and blood culture, and 1.09% were negative by both methods. The genetic variability was analyzed in 36 isolates of T. cruzi, 29 chagasic patients with heart disease and seven patients with indeterminate form using molecular markers: divergent domain D7 24S rDNA gene, mitochondrial gene cytochrome oxidase subunit II (CO II) and intergenic region of genes miniexon (SL-IRac), and 97.22% of T. cruzi isolates were related to rDNA 1 and mitochondrial haplogroup C associated with DTU II. However, an isolate from a patient with indeterminate clinical form was associated to DTU III or V by rDNA 24s marker and DTU I with CO II. The analysis with SL-IRac confirmed that this isolate corresponds to DTU I. The data demonstrated that blood culture and PCR were efficient with just a blood sample and, when associated increased sensitivity in the diagnosis of chronic Chagas disease. PCR is more sensitive for the diagnosis, since it was able to detect parasite kDNA in blood culture negative patients. The genetic profile of the isolates of T. cruzi showed that it was not possible to establish an association with the clinical forms of chagasic patients.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTripanossoma cruziParasitologiaChagas, Doença deDiversidade genéticaReação em cadeia de polimeraseParasitologiaDiagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_fvolpato_.pdfapplication/pdf3365319https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9BVKP8/1/disserta__o_fvolpato_.pdfa2728f4432f6f9ed04d397a06a443ffbMD51TEXTdisserta__o_fvolpato_.pdf.txtdisserta__o_fvolpato_.pdf.txtExtracted texttext/plain166649https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9BVKP8/2/disserta__o_fvolpato_.pdf.txtfd4bd4c06ff61e7046aa5d4622035d31MD521843/BUOS-9BVKP82019-11-14 16:35:52.117oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9BVKP8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:35:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
title Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
spellingShingle Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
Fabiana Caroline Zempulski Volpato
Parasitologia
Tripanossoma cruzi
Parasitologia
Chagas, Doença de
Diversidade genética
Reação em cadeia de polimerase
title_short Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
title_full Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
title_fullStr Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
title_full_unstemmed Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
title_sort Diagnóstico parasitológico e molecular da doença de Chagas humana e tipagem do Trypanosoma cruzi recém-isolado de pacientes portadores de diferentes formas clínicas
author Fabiana Caroline Zempulski Volpato
author_facet Fabiana Caroline Zempulski Volpato
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Egler Chiari
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Lucia Maria da Cunha Galvao
dc.contributor.author.fl_str_mv Fabiana Caroline Zempulski Volpato
contributor_str_mv Egler Chiari
Lucia Maria da Cunha Galvao
dc.subject.por.fl_str_mv Parasitologia
topic Parasitologia
Tripanossoma cruzi
Parasitologia
Chagas, Doença de
Diversidade genética
Reação em cadeia de polimerase
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Tripanossoma cruzi
Parasitologia
Chagas, Doença de
Diversidade genética
Reação em cadeia de polimerase
description Neste trabalho foram avaliados dois métodos de diagnóstico, da doença de Chagas, a hemocultura e a reação em cadeia da polimerase (PCR), além do perfil genético das populações do Trypanosoma cruzi recém-isoladas de 91 pacientes chagásicos crônicos, não tratados, com formas clínicas definidas, indeterminada (n=23) e cardíaca (n=68). A positividade total da hemocultura foi de 54,95% e, quando relacionada à forma clínica foram positivos 60,29% dos pacientes com a forma cardíaca e 39,13% dos portadores da forma indeterminada. O T. cruzi foi detectado em 70,00% das hemoculturas entre 30-60 dias e 56,00% dos pacientes positivaram um ou dois tubos. A PCR detectou o kDNA do parasito em 98,90% dos pacientes e, em relação a forma clínica a positividade foi 100,00% nos pacientes cardíacos e 95,65% nos portadores da forma indeterminada. A associação dos métodos aumentou a positividade em 43,96%, uma vez que 54,95% dos pacientes foram positivos tanto pela PCR quanto pela hemocultura e 1,09% foram negativos em ambos os métodos. A variabilidade genética foi analisada em 36 isolados do T. cruzi procedentes de 29 pacientes chagásicos cardiopatas e sete portadores da forma indeterminada usando os marcadores moleculares: domínio divergente D7 do gene rDNA 24S, gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade II (CO II) e região intergênica dos genes de miniexon (SL-IRac) e, 97,22% dos isolados do T. cruzi foram relacionados ao rDNA 1 e haplogrupo mitocondrial C associados a DTU II. Entretanto, um único isolado de paciente com a forma clínica indeterminada foi associado à DTU III ou DTU V pelo marcador rDNA 24s e a DTU I por CO II. A análise com o marcador dos genes SL-IRac confirmou que este isolado corresponde a DTU I. Os dados demonstraram que a hemocultura e a PCR foram eficientes com a coleta de apenas uma amostra de sangue e, quando associados aumentam à sensibilidade no diagnóstico da doença de Chagas crônica. A PCR é mais sensível para o diagnóstico, visto que, foi capaz de detectar o kDNA do parasito em pacientes negativos para a hemocultura. O perfil genético dos isolados do T. cruzi demonstrou que não foi possível estabelecer associação com as formas clínicas dos pacientes chagásicos.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-05-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T09:06:47Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T09:06:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9BVKP8
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9BVKP8
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9BVKP8/1/disserta__o_fvolpato_.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9BVKP8/2/disserta__o_fvolpato_.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a2728f4432f6f9ed04d397a06a443ffb
fd4bd4c06ff61e7046aa5d4622035d31
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589283724918784