Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
id UFMG_5350fbb84942dd0f01fe1c20e2fc5987
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30344
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
instacron_str UFMG
institution Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
spelling José Alberto Magno de Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/6898988853418373Laura Lídia Rodríguez WongCássio Maldonado TurraEduardo Luiz onçalves Rios NetoBernado Lanza QueirozGabriel Mendes BorgesSuzana Marta Cavenaghihttp://lattes.cnpq.br/1923769783651173Guilherme Quaresma Gonçalves2019-10-11T23:19:34Z2019-10-11T23:19:34Z2019-05-03http://hdl.handle.net/1843/30344A essência da transição da fecundidade consiste na mudança de um padrão de intensiva reprodução, quando muitas crianças nascem, mas poucas sobrevivem, para uma reversão desse cenário, passando os nascimentos a serem planejados. Grande parte da literatura sobre a transição da fecundidade no Brasil indica que esse processo teria começado na segunda metade da década de 1960, caracterizando a transição brasileira como tardia e rápida. Apesar desse consenso, o objetivo da tese foi determinar quando e onde começou a transição da fecundidade no Brasil, ao reestimar a transição da fecundidade brasileira, em duas perspectivas distintas, entendidas como complementares: período e coorte. Foram utilizadas três técnicas principais para a reconstituição da transição. Para as tendências de período, as taxas de fecundidade total correntes foram estimadas através da aplicação da técnica proposta por Frias e Oliveira (1991). Com o intuito de introduzir a discussão sobre coortes, foram utilizadas as séries Pi/Fi de Brass ajustadas, além da Razão de Progressão entre as Parturições. Como aqui advogado, a série Pi/Fi permite que se trace a tendência da fecundidade das coortes até 32,5 anos antes da data de referência do censo demográfico. Já a segunda, fornece duas estimativas que contribuem para a maior compreensão da transição da fecundidade de coorte: a chance que as coortes têm de progredir de uma parturição de ordem i para a subsequente e a taxa de fecundidade total de coorte. Para todas essas estimativas, foram utilizados os Censos Demográficos do Brasil de 1940, 1950 e 1970 a 2010. Os dados contemplam o Brasil e 10 grandes regiões. Os resultados indicam que a transição da fecundidade, em uma perspectiva de período, já vinha em curso, em parte do Brasil, desde o início dos anos 1930, mais especificamente, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Extremo Sul do País. Provavelmente, a transição teria começado mesmo antes, nas duas primeiras regiões, dado que as suas coortes, em 1920, já vinham reduzindo o número de filhos tidos nascidos vivos de maneira sustentada. Quando a análise foi realizada segundo áreas urbanas e rurais, constatou-se que a transição já vinha em curso desde meados da década de 1920, em praticamente todos os centros urbanos do País, incluindo algumas partes do Nordeste, além de áreas rurais do Centro-Sul do Brasil. Como consequência desse cenário heterogêneo, foram estimadas duas fases da transição da fecundidade. A primeira teria sido longa e lenta, similar ao modelo europeu, cujos precursores foram o Rio de Janeiro, São Paulo e o Extremo Sul. Aparentemente, a migração internacional, os padrões de nupcialidade, e o controle deliberado do número de filhos tidos, teriam tido papel fundamental nessa fase. A segunda fase foi curta e rápida, em consonância com a transição da fecundidade dos países retardatários no processo.The essence of the fertility transition is the change from intensive reproduction when many children are born, but few survive, to a new pattern where births are fewer and planned. Some articles focusing on fertility transition in Brazil indicate that this process would have begun in the second half of the 1960s, characterizing the Brazilian transition as late and fast. Despite this consensus, the objective of this dissertation was to detect “when” and “where” the fertility transition started in Brazil, estimating fertility trends in two distinct and complementary demographic perspectives: period and cohort. Three main techniques were used to estimate fertility rates. We estimate period total fertility rates by applying a technique proposed by Frias and Oliveira (1991). To introduce the discussion on cohort estimates, we use the adjusted Brass Pi/Fi series and the Parity Progression Ratios (PPR). The Pi/Fi series allows us to trace the trend of cohort fertility back to 32.5 years before the census reference date. On the other hand, PPR provides two estimates that contribute to a better understanding of the cohort fertility transition: the chance of any cohort to progress from parity i to parity i + 1, and the cohort total fertility rate. To estimate these measures, we draw data from 1940, 1950, 1970, 1980, 1991, 2000 and 2010 Brazilian Census. The data include information for Brazil (as a country total) and the ten major regions in the country. From a period perspective, the results indicate that fertility transition had been underway since the 1930s in some of Brazil’s major regions, specifically in Rio de Janeiro, São Paulo and Far South. The transition probably would have begun earlier in the first two regions, since its cohorts were already reducing steadily the number of children born alive since the 1920s. Disaggregating the analysis by urban and rural areas, we notice that the onset of transition had been happening since the mid-1920s in practically all Brazil’s urban areas, including parts of the Northeast, as well rural areas from Brazil’s center-south regions. As a consequence of this complex scenario, we found two phases of the fertility transition for Brazil. The first phase would have been long and slow, similar to the European fertility transition, and whose precursors were Rio de Janeiro, São Paulo, and the Far South. International migration, nuptiality patterns, and deliberate fertility control would have played a key role in this phase. The second phase was short and fast, in line with the fertility transition process observed in the current lagged countries across the world.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASTransição demográfica BrasilFecundidade humana BrasilTransição da fecundidade correnteTransição da fecundidade de coorteSérie Pi/Fi de BrassRazão de progressão entre parturiçõesTendências regionais da transição da fecundidade brasileira corrente e de coorte ao longo do século XXinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2019-05-26a_Tese.pdf2019-05-26a_Tese.pdfAbertoapplication/pdf11649812https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30344/1/2019-05-26a_Tese.pdfe8ab88c51858d3469d842c769da54e87MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30344/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXT2019-05-26a_Tese.pdf.txt2019-05-26a_Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain574305https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30344/3/2019-05-26a_Tese.pdf.txta7a107e51e897df17b9bbd7e4f6a4e33MD531843/303442019-11-14 12:30:03.696oai:repositorio.ufmg.br:1843/30344TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:30:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
_version_ 1813547489078280192