Tendência da mortalidade materna por aborto no estado de Minas Gerais, 2000-2011
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9R8F4A |
Resumo: | Introdução:A redução da mortalidade materna é uma prioridade internacional e nacional,devido ao alto potencial de evitabilidade desses óbitos. O aborto se configura como uma importante causa de morte materna,o que justifica conhecer a sua ocorrência para o planejamento de estratégias preventivas. Objetivo:Analisar a evolução do óbito materno por aborto no estado de Minas Gerais no período de 2000 a 2011, sob o enfoque das causas múltiplas de morte. Métodos:Estudo de tendência dos óbitos maternos e específicos por aborto ocorridos no estado de Minas, no período de 2000 a 2011. A fonte dos dados foi o Sistema de Informação sobre Mortalidade. Foram estudadas as. causas básicas e múltiplas de morte de acordo com a Classificação Internacional e Estatística de Doenças -10ª versão (CID 10). Foi calculada a razão de morte materna (RMM) e a razão de morte materna específica por aborto (RMMA) para cada ano. Para avaliar a evolução das razões no período foi pelofeito o cálculo do Coeficientes de Correlação de Spearmans.. Resultados:No período ocorreram 1.265 mortes maternas no estado e dessas 160 (12,7%) foram decorrentes de aborto e a maioria (83,1%) identificada pela causa básica da morte. A razão causa múltipla / causa básica foi de 1,2. Houve variações nas RMM e a RMMA, mas sem diferenças estatisticamente significativa. Em relação às características maternas prevaleceram os óbitos de mulheres na faixa etária de 20 a 34 anos, com baixa escolaridade, solteiras e não brancas. As causa básicas mais citadas foram aborto não especificado, falha na tentativa de aborto e gravidez ectópica. O aborto enquanto causa múltipla de morte foi mais frequentemente associado às infecções, hemorragias e outras doenças da mãe. Conclusões:A estagnação da RMMA na última década no estado de Minas Gerais, bem como o perfil desses óbitos, aponta que o aborto continua sendo um problema de saúde pública, especialmente para as mulheres menos favorecidas socialmente. A abordagem do estudo sob oenfoque de causas múltiplas de morte permitiu dar maior visibilidade a esses óbitos. As ações preventivas devem ser abrangentes e incorporar os conceitos da saúde sexual e reprodutiva. |
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