Intervalos de referência dos parâmetros de volume plaquetário: Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto Minas Gerais (ELSA-MG)

• Autor(a) principal: Chams Bicalho Maluf
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8JBNL8
• topic: Parâmetros de volume plaquetário; Intervalo de; Plaquetas; referência; Brasil; Hematologia; Contagem de plaquetas; Valores de referência; Saúde do adulto; Estudos de casos e controles; Plaquetas; Estudos longitudinais; Contagem de células sanguíneas

Introdução e objetivo: O desenvolvimento de analisadores hematológicos automatizados tornou possível a mensuração de vários parâmetros de volume plaquetario, que determinam, além da contagem plaquetária, parâmetros como volume plaquetário médio (VPM), coeficiente de variação do volume plaquetário(PDW) e porcentagem de macroplaquetas (P-LCR). A presença de trabalhos na literatura que associam o uso de parâmetros de volume plaquetário com estados protrombóticos inicia-se na década de 70, cresce na literatura mundial, especialmente nas publicações nos últimos 2 anos, relacionando os parâmetros plaquetários com doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. A padronização dos fatores pré-analíticos, analíticos e a determinação de Intervalos de referência é fundamental para o uso clínico destes parâmetros. Assim, o objetivo do estudo foi determinar o intervalo de referência dos parâmetros de volume plaquetário em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-MG). Métodos: Os 173 indivíduos referência foram selecionados entre os participantes do ELSA-MG, segundo critérios estabelecidos, baseados nas recomendações da Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Toda a padronização dos procedimentos baseou-se nestas mesmas recomendações: Análise de equivalência ou comutatividade dos equipamentos hematológicos utilizados e padronização dos interferentes pré-analíticos (tempo de armazenamento e anticoagulante usado), que precederam a coleta dos dados. A distribuição dos valores encontrados foi analisada, com definição dos limites e intervalos de referência, usando teste não paramétrico. Resultados: A análise da comutatividade mostrou que os diferentes equipamentos utilizados no estudo são equivalentes; o uso do ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) como anticoagulante mostrou aumento tempodependente nos valores dos parâmetros de volume plaquetário; todos os parâmetros apresentaram distribuição normal ou gaussiana. Os intervalos de referência, considerando os percentis 2,5 e 97,5 obtidos foram VPM: 8,9 a 12,2 fL; PDW: 9,4 a 16,0; P-LCR: 15,8 a 41,6. Conclusões: Os equipamentos puderam ser usados indistintamente para a realização das medições, sendo necessária a padronização do tempo para análise da amostra colhida em EDTA. Os intervalos de referência para os parâmetros de volume plaquetário determinados poderão ser utilizados no acompanhamento longitudinal dessa população para avaliar possível correlação com eventos aterotrombóticos.