Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Suelen Alves Teixeira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9M2MMD
Resumo: Este estudo objetivou verificar o Senso de Coerência (SC), entre mães de pacientes com OI e sem OI, bem como as características bucais desses pacientes. Foi realizado um estudo transversal com 75 pais/responsáveis e crianças/adolescentes com e sem OI, na faixa etária de 1 a 21 anos, atendidas em um hospital universitário de Belo Horizonte, região sudeste do Brasil. As características bucais dos pacientes foram investigadas por meio de exame clínico. Os examinadores foram previamente calibrados para o exame clínico, sendo obtidos valores kappa entre 0,74 e 1,00. Os dados foram analisados por meio das análises univariada e bivariada, considerando-se uma confiabilidade de 95,0%. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG, e será apresentada na forma de dois artigos científicos. O primeiro estudo verificou o SC, entre mães de crianças/adolescentes com OI e sem OI. Os pacientes foram examinados e as mães responderam a versão curta do instrumento do SC de Antonovsky (SC-13), bem como um questionário com itens relacionados aos aspectos individuais, comportamentais e socioeconômicos delas e dos filhos. As mães dos pacientes com OI (72,9%), de classe econômica menos favorecida (85,2%) e que classificaram a aparência dos dentes de seus filhos como péssima ou ruim (70,5%) apresentaram menor SC, sendo esses resultados estatisticamente significativos (p<0,05). Os pacientes identificados com dentinogênese imperfeita (100,00%) e cárie dentária em um ou mais dentes (70,5%) são filhos pertencentes ao grupo de mães com menor SC, demonstrando resultados associados estatisticamente (p<0.005). O SC foi associado com condição genética da criança/adolescente, classe econômica, percepção das mães sobre a aparência dos dentes dos filhos e prevalência de dentinogênese imperfeita e cárie dentária das crianças/adolescentes. O segundo artigo objetivou verificar a associação entre as características sociodemográficas, comportamentais e dentárias e a presença de OI. Além do exame bucal dos pacientes, os pais/responsáveis responderam um questionário sobre aspectos individuais, socioeconômicos e comportamentais dos filhos. A idade média dos pacientes foi de 8,1 anos (± 4,4). Dentre eles, 52,0% foram identificados com OI (n = 39) e 48,0%, sem OI (n =36). Verificou-se uma associação estatística significativa entre a presença de OI e o fato do paciente ter recebido aleitamento materno (p<0.05). Quanto às características clinicas, houve uma relação estatisticamente significativa entre a OI e a presença de dentinogênese imperfeita, defeito de desenvolvimento de esmalte, má oclusão e anomalias dentárias (p<0,05). A cárie dentária e o traumatismo dentário não foram associados com a presença de OI (p>0,05). A ausência de aleitamento materno, ou a presença dele por menos de seis meses, a presença de dentinogênese imperfeita, defeito de desenvolvimento de esmalte, má oclusão e anomalias dentárias foram associadas à presença de OI nos pacientes.
id UFMG_550e0edea3ae22f9077e99beb6115e12
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9M2MMD
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ana Cristina Borges de OliveiraEugenia Ribeiro ValadaresMarco Antonio Percope de AndradeSaul Martins de PaivaSuelen Alves Teixeira2019-08-11T17:25:45Z2019-08-11T17:25:45Z2014-05-28http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9M2MMDEste estudo objetivou verificar o Senso de Coerência (SC), entre mães de pacientes com OI e sem OI, bem como as características bucais desses pacientes. Foi realizado um estudo transversal com 75 pais/responsáveis e crianças/adolescentes com e sem OI, na faixa etária de 1 a 21 anos, atendidas em um hospital universitário de Belo Horizonte, região sudeste do Brasil. As características bucais dos pacientes foram investigadas por meio de exame clínico. Os examinadores foram previamente calibrados para o exame clínico, sendo obtidos valores kappa entre 0,74 e 1,00. Os dados foram analisados por meio das análises univariada e bivariada, considerando-se uma confiabilidade de 95,0%. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG, e será apresentada na forma de dois artigos científicos. O primeiro estudo verificou o SC, entre mães de crianças/adolescentes com OI e sem OI. Os pacientes foram examinados e as mães responderam a versão curta do instrumento do SC de Antonovsky (SC-13), bem como um questionário com itens relacionados aos aspectos individuais, comportamentais e socioeconômicos delas e dos filhos. As mães dos pacientes com OI (72,9%), de classe econômica menos favorecida (85,2%) e que classificaram a aparência dos dentes de seus filhos como péssima ou ruim (70,5%) apresentaram menor SC, sendo esses resultados estatisticamente significativos (p<0,05). Os pacientes identificados com dentinogênese imperfeita (100,00%) e cárie dentária em um ou mais dentes (70,5%) são filhos pertencentes ao grupo de mães com menor SC, demonstrando resultados associados estatisticamente (p<0.005). O SC foi associado com condição genética da criança/adolescente, classe econômica, percepção das mães sobre a aparência dos dentes dos filhos e prevalência de dentinogênese imperfeita e cárie dentária das crianças/adolescentes. O segundo artigo objetivou verificar a associação entre as características sociodemográficas, comportamentais e dentárias e a presença de OI. Além do exame bucal dos pacientes, os pais/responsáveis responderam um questionário sobre aspectos individuais, socioeconômicos e comportamentais dos filhos. A idade média dos pacientes foi de 8,1 anos (± 4,4). Dentre eles, 52,0% foram identificados com OI (n = 39) e 48,0%, sem OI (n =36). Verificou-se uma associação estatística significativa entre a presença de OI e o fato do paciente ter recebido aleitamento materno (p<0.05). Quanto às características clinicas, houve uma relação estatisticamente significativa entre a OI e a presença de dentinogênese imperfeita, defeito de desenvolvimento de esmalte, má oclusão e anomalias dentárias (p<0,05). A cárie dentária e o traumatismo dentário não foram associados com a presença de OI (p>0,05). A ausência de aleitamento materno, ou a presença dele por menos de seis meses, a presença de dentinogênese imperfeita, defeito de desenvolvimento de esmalte, má oclusão e anomalias dentárias foram associadas à presença de OI nos pacientes.This study aimed to verify the perception of sense of coherence (SOC), among mothers of patients with and without OI, as well as the oral characteristics. A cross-sectional study with 75 parents/guardians and patients with and without OI, aged between 1 and 21 years in a university hospital in Belo Horizonte, in the southeast of Brazil. The oral characteristics of children/adolescents were investigated by clinical examination. The examiners were calibrated to the clinical examination, and obtained kappa values between 0.74 and 1.00. The data were analyzed by means of univariate and bivariate analyzes, considering a reliability level of 95.0%. The present study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Minas Gerais, and will be presented as two manuscripts. The first study analyzed the SOC, among mothers of patients with and without OI. Patients were examined and mothers answered the short version of the instrument SOC Antonovsky (SOC -13), as well as a questionnaire with items related to individual, behavioral and socioeconomic aspects of them and their children. Mothers of patients with OI (72.9%) from a lower social class (85.2%) and those that classified the appearance of their childrens teeth as poor or bad (70.5%) exhibited lower sense of coherence, with statistically significant results (p<0.05). Patients identified with Dentinogenesis Imperfecta (100.00%) and dental caries on one or more teeth (70.5%) were statistically associated with mothers with lower sense of coherence (p<0.005). The SOC was associated with the OI, economic class, mothers perception of the appearance of their childs teeth and the prevalence of Dentinogenesis Imperfecta and dental caries among the patients. The second article aimed to investigate the association between sociodemographic, behavioral and dental characteristics and the presence of OI. In addition to the oral examination of patients, parents/guardians answered a questionnaire on individual, socioeconomic and behavioral aspects of the children. The average age of patients was 8.1 years (±4.4). Among them, 52.0 % were identified with OI (n=39) and 48.0 % without OI (n=36). There was a statistically significant association between the OI and the fact of the patients didnt have received breastfeeding, or have received up to six months (p<0,05). Regarding clinical characteristics, there was a statistically significant relationship between the OI and the presence of Dentinogenesis Imperfecta, developmental defect of enamel, malocclusion and tooth abnormalities (p<0.05). Dental caries and dental trauma were not associated with the presence of OI in children/adolescents (p>0.05). The absence of breastfeeding, or it presence for six months, the presence of Dentinogenesis Imperfecta, developmental defect of enamel, malocclusion and dental anomalies were associated with the presence of OI in children and adolescents.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGOsteogênese imperfeitaSenso de coerênciaAssistência odontológica para pessoas portadoras de deficiênciasDentinogênese imperfeitaOssos DoençasOsteogênese imperfeitaPacientes com deficiênciaSenso de coerênciaDentinogênese imperfeitaAssistência odontológica para pessoas com deficiênciasSenso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissert_su_len_19_jun_2014.pdfapplication/pdf827051https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9M2MMD/1/dissert_su_len_19_jun_2014.pdf06ab7cf9da01739ae22c1d2a802c728eMD51TEXTdissert_su_len_19_jun_2014.pdf.txtdissert_su_len_19_jun_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain147620https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9M2MMD/2/dissert_su_len_19_jun_2014.pdf.txtdc72feaacbc190b48cc2377b56621e91MD521843/BUOS-9M2MMD2019-11-14 10:57:09.969oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9M2MMDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:57:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
title Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
spellingShingle Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
Suelen Alves Teixeira
Osteogênese imperfeita
Pacientes com deficiência
Senso de coerência
Dentinogênese imperfeita
Assistência odontológica para pessoas com deficiências
Osteogênese imperfeita
Senso de coerência
Assistência odontológica para pessoas portadoras de deficiências
Dentinogênese imperfeita
Ossos Doenças
title_short Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
title_full Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
title_fullStr Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
title_full_unstemmed Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
title_sort Senso de coerência materno e alterações dentárias de pacientes com osteogênese imperfeita: um estudo pareado
author Suelen Alves Teixeira
author_facet Suelen Alves Teixeira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ana Cristina Borges de Oliveira
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Eugenia Ribeiro Valadares
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marco Antonio Percope de Andrade
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Saul Martins de Paiva
dc.contributor.author.fl_str_mv Suelen Alves Teixeira
contributor_str_mv Ana Cristina Borges de Oliveira
Eugenia Ribeiro Valadares
Marco Antonio Percope de Andrade
Saul Martins de Paiva
dc.subject.por.fl_str_mv Osteogênese imperfeita
Pacientes com deficiência
Senso de coerência
Dentinogênese imperfeita
Assistência odontológica para pessoas com deficiências
topic Osteogênese imperfeita
Pacientes com deficiência
Senso de coerência
Dentinogênese imperfeita
Assistência odontológica para pessoas com deficiências
Osteogênese imperfeita
Senso de coerência
Assistência odontológica para pessoas portadoras de deficiências
Dentinogênese imperfeita
Ossos Doenças
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Osteogênese imperfeita
Senso de coerência
Assistência odontológica para pessoas portadoras de deficiências
Dentinogênese imperfeita
Ossos Doenças
description Este estudo objetivou verificar o Senso de Coerência (SC), entre mães de pacientes com OI e sem OI, bem como as características bucais desses pacientes. Foi realizado um estudo transversal com 75 pais/responsáveis e crianças/adolescentes com e sem OI, na faixa etária de 1 a 21 anos, atendidas em um hospital universitário de Belo Horizonte, região sudeste do Brasil. As características bucais dos pacientes foram investigadas por meio de exame clínico. Os examinadores foram previamente calibrados para o exame clínico, sendo obtidos valores kappa entre 0,74 e 1,00. Os dados foram analisados por meio das análises univariada e bivariada, considerando-se uma confiabilidade de 95,0%. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG, e será apresentada na forma de dois artigos científicos. O primeiro estudo verificou o SC, entre mães de crianças/adolescentes com OI e sem OI. Os pacientes foram examinados e as mães responderam a versão curta do instrumento do SC de Antonovsky (SC-13), bem como um questionário com itens relacionados aos aspectos individuais, comportamentais e socioeconômicos delas e dos filhos. As mães dos pacientes com OI (72,9%), de classe econômica menos favorecida (85,2%) e que classificaram a aparência dos dentes de seus filhos como péssima ou ruim (70,5%) apresentaram menor SC, sendo esses resultados estatisticamente significativos (p<0,05). Os pacientes identificados com dentinogênese imperfeita (100,00%) e cárie dentária em um ou mais dentes (70,5%) são filhos pertencentes ao grupo de mães com menor SC, demonstrando resultados associados estatisticamente (p<0.005). O SC foi associado com condição genética da criança/adolescente, classe econômica, percepção das mães sobre a aparência dos dentes dos filhos e prevalência de dentinogênese imperfeita e cárie dentária das crianças/adolescentes. O segundo artigo objetivou verificar a associação entre as características sociodemográficas, comportamentais e dentárias e a presença de OI. Além do exame bucal dos pacientes, os pais/responsáveis responderam um questionário sobre aspectos individuais, socioeconômicos e comportamentais dos filhos. A idade média dos pacientes foi de 8,1 anos (± 4,4). Dentre eles, 52,0% foram identificados com OI (n = 39) e 48,0%, sem OI (n =36). Verificou-se uma associação estatística significativa entre a presença de OI e o fato do paciente ter recebido aleitamento materno (p<0.05). Quanto às características clinicas, houve uma relação estatisticamente significativa entre a OI e a presença de dentinogênese imperfeita, defeito de desenvolvimento de esmalte, má oclusão e anomalias dentárias (p<0,05). A cárie dentária e o traumatismo dentário não foram associados com a presença de OI (p>0,05). A ausência de aleitamento materno, ou a presença dele por menos de seis meses, a presença de dentinogênese imperfeita, defeito de desenvolvimento de esmalte, má oclusão e anomalias dentárias foram associadas à presença de OI nos pacientes.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-05-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-11T17:25:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-11T17:25:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9M2MMD
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9M2MMD
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9M2MMD/1/dissert_su_len_19_jun_2014.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9M2MMD/2/dissert_su_len_19_jun_2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 06ab7cf9da01739ae22c1d2a802c728e
dc72feaacbc190b48cc2377b56621e91
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589269324824576