Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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institution Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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spelling Márcia Maria Rosa Vieirahttp://lattes.cnpq.br/7438790498833478Cristiane Grilo Freitas CunhaCarla CapanemaNádia Laguárdia de Limahttp://lattes.cnpq.br/9443866508911521Gabriel Junio Barbosa Caixeta2022-12-29T19:54:01Z2022-12-29T19:54:01Z2022-07-01http://hdl.handle.net/1843/48516A experiência clínica do pesquisador foi a mola propulsora para o desenvolvimento desta pesquisa que tem como objeto principal a delicada transição da adolescência. A investigação parte da escuta dos sujeitos adolescentes embaraçados quanto à sua posição no mundo e do impasse quanto ao tornar-se adulto, seja homem ou mulher. A escrita da dissertação se sustenta nos princípios da metodologia em pesquisa teórico-clínica em psicanálise, para se perguntar, inicialmente, sobre o conceito de adolescência em psicanálise e se interrogar sobre os impasses experimentados por tais sujeitos, no que diz respeito ao seu despertar sexual e o tornar-se adulto. O trabalho se divide em dois capítulos distintos que não deixam de se entrelaçar. No primeiro capítulo, desdobra-se o conceito de adolescência para a psicanálise, tendo como norteadores as formulações de Freud e o ensino de Lacan. A pesquisa se respalda também nos comentadores e nos pesquisadores da área. A leitura da peça de teatro O despertar da primavera, de Frank Wedekind, foi usada como recurso adicional, por dar suporte a muitas das leituras psicanalíticas sobre o tema da adolescência e do despertar sexual. Buscou-se ainda cernir a adolescência não como uma fase do desenvolvimento, tal como propõe a sociologia e a psicologia do desenvolvimento, mas como um sintoma, uma resposta construída, por cada sujeito, diante do novo que se apresenta e implica em operar com os impasses do laço social. No segundo capítulo, com base na clínica do pesquisador, desdobra-se os impasses desses sujeitos, principalmente no que diz respeito à saída da adolescência rumo ao tornar-se adulto, homem ou mulher. Buscou-se cernir esses impasses a partir das formulações lacanianas a respeito da alienação e da separação, operadores na constituição do sujeito, servindo-se de dois fragmentos clínicos que demonstram que esses processos não são lineares e não ocorrem sem embaraços. Pautado no que se apresentou na clínica, foi proposta uma elaboração a respeito da hipótese da procrastinação da adolescência, nos servindo de dois fragmentos clínicos de sujeitos que se fixavam no sintoma da adolescência como resposta diante do impossível de tornar-se adulto, e a relação disso com seus impasses quanto à partilha sexual. Assim, foi possível verificar que a transição da adolescência vai além de uma leitura edipiana, pautada na construção de uma posição atrelada unicamente nos ideais paternos, abrangendo um impasse que se apresenta ao sujeito, e do qual, às vezes, não se encontra um amparo nos ideais. Trata-se aqui de ir além do Édipo para uma leitura pautada nas formulações de Lacan, na década de 1970, a respeito do gozo. Em última instância, a pesquisa buscou demonstrar como o encontro com um analista pode possibilitar que tais sujeitos, a partir do espaço em que se pode valer de seus próprios modos de dizer, podem vir a construir novos modos de lidar com o (im)possível de sua delicada transição.The researcher’s clinical experience was the driving force for the development of this research, which has as its main object the delicate transition of adolescence. The investigation starts from the hearing of the adolescent subjects tangled about their position in the world and the impasse about becoming an adult, being a man or a woman. The dissertation writing underpins itself on the principles of methodology in theoretical-clinical research in psychoanalysis, to ask, initially, about the concept of adolescence in psychoanalysis and interrogate about the impasses experimented by these subjects, regarding their sexual awakening and becoming an adult. The work is divided into two distinct chapters that do not fail to connect. In the first chapter, the concept of adolescence for psychoanalysis is unfolded, having as north Freud’s formulations and Lacan’s teaching. The research is also underpinned by the area’s commenters and researchers. The reading of the play Spring awakening, by Frank Wedekind, was used as an additional resource, as it backs many psychoanalytical readings about the adolescence and sexual awakening topic. It was sought to sort the adolescence not as a development stage, but as a symptom, a constructed answer, by each subject, before the new that presents itself and implies operating with the impasses of the social bond. In the second chapter, based on the researcher's practice, these subjects’ impasses are unfolded, especially regarding the exit of adolescence towards the becoming an adult, man or woman. It was sought to sort these impasses from Lacanian formulations regarding alienation and separation, operators on the subject constitution, using two clinical fragments which demonstrate that these processes aren’t linear and do not happen without hindrances. Guided on what was presented in the clinic, an elaboration about the hypothesis of procrastination of adolescence was made, using two clinical fragments of subjects that fixed on the adolescence symptom as an answer towards the impossible of becoming an adult, and this relationship with their impasses regarding sexual sharing. Thus, it was possible to verify that the transition from adolescence goes beyond an Oedipal reading, lined on the construction of a position linked only in the paternal ideals, embracing an impasse that presents itself to the subject and which, sometimes, does not find support on the ideals. Here, we go beyond Oedipus, to a reading based on Lacan’s formulations, in the 1970s, about jouissance. At least, the research aimed to demonstrate how the encounter with an analyst might enable these subjects, from the space where they can count on their ways of saying, to build new ways of dealing with the (im)possible of their delicate transition.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAPsicologia - TesesPsicanálise - TesesAdolescência - TesesSexo - TesesPsicanáliseAdolescênciaTornar-seAdultoHomemMulherEternizar a adolescência : impasses quanto ao tornar-se adultoEternalizing the adolescence : Impasses as to becoming an adultinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALETERNIZAR A ADOLESCÊNCIA--- IMAPASSES QUANTO AO TORNAR-SE ADULTO (1).pdfETERNIZAR A ADOLESCÊNCIA--- IMAPASSES QUANTO AO TORNAR-SE ADULTO (1).pdfapplication/pdf1019637https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48516/3/ETERNIZAR%20A%20ADOLESC%c3%8aNCIA---%20IMAPASSES%20QUANTO%20AO%20TORNAR-SE%20ADULTO%20%281%29.pdf34c9bfade54773dac7c51ba77d9113c8MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48516/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/485162022-12-29 16:54:01.327oai:repositorio.ufmg.br:1843/48516TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-12-29T19:54:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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