Avaliação do carboidrato-125 como marcador funcional e de prognóstico em pacientes com cardiopatia chagásica crônica

• Autor(a) principal: Angela Braga Rodrigues
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49652
• topic: Doença de Chagas; Ca-125; Doença de Chagas; Cardiomiopatia Chagásica; Antígeno Ca-125; Biomarcadores; Dissertação Acadêmica

A doença de Chagas ao completar um século de sua descrição original, continua representando terrível impacto sobre a humanidade. Existem em todo o mundo, principalmente na América Latina, cerca de 10 milhões de pessoas infectadas. (WHO 2010). No Brasil, predominam os casos crônicos decorrentes de infecção por via vetorial. A doença de Chagas representa problema mundial devido à migração de pessoas infectadas para países desenvolvidos, principalmente para a América do Norte e Europa. Entre os indivíduos infectados, 30% têm ou terão alguma forma de comprometimento cardíaco e 15% apresentam ou apresentarão formas mais graves de insuficiência ventricular esquerda, principal marcador de sua morbimortalidade. A fisiopatologia da insuficiência cardíaca (IC) consequente à cardiopatia chagásica não parece diferir das formas de miocardiopatia idiopática ou isquêmica, sob complexo aspecto fisiopatológico com alterações hemodinâmicas, neuro-hormonais e inflamatórias. Recentemente, mostrou-se associação do marcador tumoral Ca-125 com a insuficiência cardíaca crônica e aguda de diversas etiologias. Em estudo prospectivo, acompanhamos 50 pacientes com cardiopatia chagásica crônica (CCC) selecionados no ambulatório de referencia de Doença de Doença de Chagas da UFMG (CTR-DIP-Orestes Diniz). Objetivamos avaliar o Ca-125 como marcador funcional e de prognóstico em pacientes com CCC. Encontrou-se associação do Ca-125 com marcadores de gravidade, como redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, dilatação do ventrículo direito e aumento do peptídeo natriurético tipo B(BNP). Os pacientes que foram a óbito e os que foram hospitalizados por descompensação congestiva da IC, apresentaram níveis mais elevados dessa glicoproteina. A dosagem do Ca-125 poderia contribuir na avaliação clínica dos pacientes com IC, ajudando a identificar aqueles sob-risco maior de deterioração clinica progressiva.