Sistemática e ecologia de ácaros Erythraeoidea (Acari: Parasitengona)

• Autor(a) principal: Samuel Geremias dos Santos Costa
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35608
• topic: Zoologia; Zoologia; Ácaros; Filogenia

Durante seu ciclo de vida, ácaros Parasitengona passam por um ovo, uma prelarva caliptostásica regressiva, uma larva ectoparasítica e heteromórfica, uma protoninfa caliptostática, uma deutoninfa predadora de vida livre, uma tritoninfa caliptostática e um adulto predador de vida livre. Para que seja feita uma descrição completa das fases larvars e pós larvais é necessário a criação ou associação molecular de instares heteromórficos. As dificuldades relacionadas a estes procedimentos de associação fezeram com que a maioria das espécies descritas até hoje sejam conhecidas apenas a partir de larvas ou de estágios pós-larvas. No primeiro capítulo deste estudo, duas novas espécies de Erythraeidae (Acari: Parasitengona) habitantes de cavernas são descritas, incluindo todos os estágios ativos e uma possivel espécie troglóbia. Além disso, uma descrição completa dos adultos e da deutoninfa de Charletonia rocciai Treat & Flechtmann, 1979, notas sobre a morfologia larval e o comportamento são fornecidas. A associação dos estágios foi feita através de experimentos de criação e análise molecular empregando o gene mitocondrial citocromo oxidase I (COI) e a implementação bayesiana do algoritimo Generalized Mixed Yule Coalecent (bGMYC) para delimitação de espécies. Também é demonstrado experimentalmente que as larvas de Charletonia rocciai não estão ligadas ao mesmo hospedeiro durante todo o estágio, sendo capazes de trocar de um inseto hospedeiro para outro. A presença de troglomorfismo e a distribuição dos espécimes no ambiente cavernícola ou epígeo também são discutidas. No segundo capítulo do presente estudo, uma investigação taxonômica sobre o gênero smaridídeo Trichosmaris Southcott, 1963, levou à descrição, pela primeira vez, de seu estágio larval. Larvas e pós-larvas foram associados com base na criação da espécie tipo T. dispar Southcott, 1963 e uma nova espécie de Trichosmaris. Eles são descritos juntamente com uma nova espécie do sudeste do Brasil, uma chave para gêneros de Smarididae e uma para espécies de Trichosmaris são fornecidas. As relações filogenéticas da família Smarididae são inferidas com base em quarenta e nove caracteres morfológicos de larvas e adultos, incluindo todas as espécies para as quais as larvas são conhecidas. A evolução de um gnatossoma altamente modificado para Smarididae larval sugerindo um possível comportamento predatório é discutida, além de sinonímias e novas combinações propostas. Costa SGS. Systematics and ecology of Erythraeoidea (Acari: Parasitengona) mites [Dissertation]. Minas Gerais: Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais; 2019.