Fatores associados à Lesão Renal Aguda em uma unidade de terapia intensiva de um hospital público em Belo Horizonte, Minas Gerais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT4N7C |
Resumo: | A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação bem reconhecida em pacientes hospitalizados e doentes críticos e está associada a um aumento significativo da morbidade, mortalidade e despesas com cuidados de saúde. No contexto das unidades de terapia intensiva (UTI), a causa da LRA é comumente associada a múltiplos fatores, dentre os quais o uso de medicamentos com potencial nefrotóxico é frequentemente ignorado. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo avaliando a ocorrência de LRA, como desfecho primário, em pacientes internados em UTI de um hospital de ensino em Belo Horizonte- MG. Foram avaliados para potencial elegibilidade, pacientes adultos com tempo de permanência na UTI maior que 24 horas e internação hospitalar inferior ou igual a sete dias e que não apresentaram alteração da função renal, no momento da internação na UTI. Realizou-se a coleta de dados no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. Foram estudados 122 pacientes, sendo a maioria proveniente da clínica cirúrgica (46,7%). Identificou-se média de 22,0±9,4 medicamentos prescritos, variando de 2 a 24 fármacos com potencial nefrotóxico, por paciente. Houve necessidade de ventilação mecânica em 67,2% dos pacientes e de pelo menos um fármaco vasoativo em 68% dos casos. Dos pacientes acompanhados, 29 (23,8%) desenvolveram LRA, dos quais 10 requereram hemodiálise, sete chegaram ao estágio 3 de LRA e sete foram encaminhados para tratamento complementar após alta da UTI. Foram a óbito 11 (9%) pacientes, dos quais sete tinham desenvolvido LRA. A análise bivariada mostrou que a idade (p = 0,006) e escore APACHE II (p = 0,001) tiveram medianas mais elevadas entre os pacientes que desenvolveram LRA em comparação com os que não desenvolveram LRA. Na regressão logística, o número de medicamentos (OR: 1,15; IC 95%: 1,05 1,27), independentemente do seu potencial nefrotóxico, demonstrou estar associado ao desenvolvimento de LRA. A compreensão dos fatores associados à ocorrência de LRA em pacientes internados em UTI é de grande relevância e, além de reforçar a importância da atuação do farmacêutico no cuidado de pacientes críticos, serve de subsídio para a identificação precoce da disfunção renal induzida por medicamentos, propiciando a prevenção e o manejo adequado desses pacientes. |
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Maria Auxiliadora Parreiras MartinsFernando Antonio BotoniDanielly Botelho Soares2019-08-14T18:44:56Z2019-08-14T18:44:56Z2015-06-29http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT4N7CA lesão renal aguda (LRA) é uma complicação bem reconhecida em pacientes hospitalizados e doentes críticos e está associada a um aumento significativo da morbidade, mortalidade e despesas com cuidados de saúde. No contexto das unidades de terapia intensiva (UTI), a causa da LRA é comumente associada a múltiplos fatores, dentre os quais o uso de medicamentos com potencial nefrotóxico é frequentemente ignorado. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo avaliando a ocorrência de LRA, como desfecho primário, em pacientes internados em UTI de um hospital de ensino em Belo Horizonte- MG. Foram avaliados para potencial elegibilidade, pacientes adultos com tempo de permanência na UTI maior que 24 horas e internação hospitalar inferior ou igual a sete dias e que não apresentaram alteração da função renal, no momento da internação na UTI. Realizou-se a coleta de dados no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. Foram estudados 122 pacientes, sendo a maioria proveniente da clínica cirúrgica (46,7%). Identificou-se média de 22,0±9,4 medicamentos prescritos, variando de 2 a 24 fármacos com potencial nefrotóxico, por paciente. Houve necessidade de ventilação mecânica em 67,2% dos pacientes e de pelo menos um fármaco vasoativo em 68% dos casos. Dos pacientes acompanhados, 29 (23,8%) desenvolveram LRA, dos quais 10 requereram hemodiálise, sete chegaram ao estágio 3 de LRA e sete foram encaminhados para tratamento complementar após alta da UTI. Foram a óbito 11 (9%) pacientes, dos quais sete tinham desenvolvido LRA. A análise bivariada mostrou que a idade (p = 0,006) e escore APACHE II (p = 0,001) tiveram medianas mais elevadas entre os pacientes que desenvolveram LRA em comparação com os que não desenvolveram LRA. Na regressão logística, o número de medicamentos (OR: 1,15; IC 95%: 1,05 1,27), independentemente do seu potencial nefrotóxico, demonstrou estar associado ao desenvolvimento de LRA. A compreensão dos fatores associados à ocorrência de LRA em pacientes internados em UTI é de grande relevância e, além de reforçar a importância da atuação do farmacêutico no cuidado de pacientes críticos, serve de subsídio para a identificação precoce da disfunção renal induzida por medicamentos, propiciando a prevenção e o manejo adequado desses pacientes.Acute kidney injury (AKI) is a well recognized complication in hospitalized and critically ill patients. It is associated with a significant increase in morbidity, mortality and health care costs. In intensive care units (ICU), the cause of AKI is commonly associated with multiple factors, among which the use of potentially nephrotoxic drugs is often neglected as a preventable cause of AKI. This is a prospective cohort study that evaluated the AKI as a primary outcome in ICU patients at a teaching hospital in Belo Horizonte, Brazil. Adult patients with ICU length of stay greater than 24 hours and hospital stay lower or equal to 7 days were evaluated for potential eligibility. Patients should not present any change on kidney function at the time of ICU admission. Data collection was performed from October 2014 to February 2015, including 122 patients, mostly originated from the surgical department (46.7%). An average of 22.0 ± 9.4 drugs was prescribed and from 2 to 24 potentially nephrotoxic drugs were used per patient. Mechanical ventilation was required for 67.2% of patients and at least one vasoactive drug was used in 68.0% of cases. An incidence of AKI was observed in 23.8% of patients, among them 10 required dialysis, seven reached the third stage of AKI and seven were referred to additional treatment after ICU discharge. Eleven (9%) patients died and seven of them developed AKI. The bivariate analysis showed that age (p = 0.006) and APACHE II score (p = 0.001) had higher median among patients who developed AKI compared to those who did not develop AKI. In the logistic regression, the number of medications (OR: 1.15; 95% CI: 1.05 to 1.27) presented a statistically significant correlation with the development of AKI. Understanding the factors associated with the occurrence of AKI in ICU patients is of great importance. Besides, the importance of pharmacists' role in the care of critically ill patients helps early identification of renal dysfunction induced by drugs, providing the prevention and appropriate management of these patients.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGUnidade de tratamento intensivoQuimioterapiaToxicidadeRins DoençasQuimioterapiaToxicidadeUnidade de terapia intensivaLesão renal agudaFatores associados à Lesão Renal Aguda em uma unidade de terapia intensiva de um hospital público em Belo Horizonte, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_daniellybotelho_final.pdfapplication/pdf4278800https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AT4N7C/1/dissertacao_daniellybotelho_final.pdf3126da936768f8c4a1e41a4a0c61770fMD51TEXTdissertacao_daniellybotelho_final.pdf.txtdissertacao_daniellybotelho_final.pdf.txtExtracted texttext/plain151287https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AT4N7C/2/dissertacao_daniellybotelho_final.pdf.txt888601e605a10226fa01753443e6fdafMD521843/BUOS-AT4N7C2019-11-14 16:15:41.984oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AT4N7CRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:15:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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