Segregação socioespacial nas cidades siderúrgicas: Ouro Branco/MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruna Hamacek Vianna
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MMMD-BE7JWX
Resumo: A cidade de Ouro Branco passou a fazer parte do processo de industrialização brasileiro, ocorrido na década de 1970, através da implantação da siderúrgica estatal Açominas. Houve necessidade de expansão da cidade existente, de origem colonial e limitada infraestrutura, para abrigar uma população que poderia chegar a 180 mil habitantes quando o nível máximo de produção da usina fosse alcançado. Por meio do plano urbano desenvolvido pela Fundação João Pinheiro, a cidade foi dividida em zonas funcionais: urbana, industrial, agrícola e de preservação. Na zona urbana foi prevista a divisão das moradias entre os funcionários nos bairros planejados de acordo com o cargo ocupado na usina, diferenciando o acesso aos equipamentos urbanos, às tipologias residenciais construídas e à qualidade ambiental para cada setor, o que resultou em uma segregação socioespacial planejada. No decorrer da construção do projeto, a usina sofreu diversos cortes orçamentários em consequência das crises econômicas pelas quais o país passou, o que refletiu na cidade, que, atualmente, se consolidou apenas com a primeira fase do planejamento habitacional do projeto inicial. Tendo como objetivo compreender se, após 40 anos do plano de expansão, a cidade continuava segregada, o presente trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, elaboração de mapas e pesquisa de campo. Como será explicitado, a análise espacial e social da cidade ao longo do seu desenvolvimento revelou a continuidade da divisão social por parte das ações do mercado imobiliário e do poder público, mesmo após o distanciamento da usina das questões urbanas da cidade.
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