Efeito do tempo de execução do exercício vocal sopro e som agudo na voz de mulheres
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4YLN5 |
Resumo: | Atualmente, profissionais da reabilitação tem se dedicado a estudar o treinamento muscular, a fim de interagir as respostas deste treinamento a fisiologia do exercício. Sabe-se que alguns princípios devem ser considerados a fim de se obter os efeitos desejados e que tais princípios também podem ser aplicados a terapia vocal. A terapia de voz é o tratamento mais indicado para as alterações vocais e esta engloba aspectos como orientação, psicodinâmica e treinamento vocal. Para o treinamento vocal o profissional pode lançar mal de diversos tipos de técnicas e exercícios. O presente estudo objetivou analisar o efeito do tempo de realização do exercício vocal sopro e som agudo nas vozes de mulheres com presença de disfonia, nódulos vocais e de mulheres sem queixa na voz, avaliadas de forma perceptivo-auditiva, acústica e de autopercepção do desconforto vocal. Trata-se de um estudo do tipo experimental, com amostra de conveniência consecutiva. Participam do estudo 60 mulheres, sendo 30 com presença de disfonia e nódulos vocais, que compuseram o Grupo 1, e 30 sem queixa vocal, que formaram o Grupo 2. Todas foram submetidas aos mesmos procedimentos, que constaram da gravação da vogal sustentada /a/, da contagem de números de um a dez e na realização do exercício vocal sopro e som agudo nos intervalos de tempo de um, três, cinco e sete minutos. Para a analise perceptivo-auditiva as gravações passaram por um processo de randomização e foram apresentadas a quatro fonoaudiólogos, que deveriam decidir, por tarefa de comparação, se houve modificações na qualidade vocal nos diferentes tempos de execução do exercício vocal, levando em consideração os parâmetros de escala GRBASI. As vozes foram replicadas em 20% a fim de escolher o avaliador mais concordante, sendo utilizada apenas a avaliação deste para as analises. Os parâmetros escolhidos para a analise acústica foram: a freqüência fundamental, jitter, shimmer, PPQ, APQ e PHR. Para a avaliação das respostas da autopercepção do desconforto vocal, os indivíduos, após cada tempo de execução do exercício vocal, utilizaram uma escala analógico visual com pontuação de 0 a 10, sendo 0 nenhum desconforto e 10 maximo desconforto vocal possível. Os resultados demonstraram na analise perceptivo-auditiva a melhora da qualidade da voz após três minutos de realização do exercício vocal e piora após sete minutos no grupo de mulheres disfônicas. A analise dos parâmetros perceptivo-auditivos demonstraram redução do grau geral da disfônia e da soprosidade a partir do terceiro minuto de realização do exercício e piora desses mesmos parâmetros aos sete minutos. Os resultados da analise acústica em ambos os grupos não demonstraram diferenças em relação aos tempos de realização do exercício sopro som agudo, com exceção da medida de PHR que diminuiu após sete minutos, porem mantendo os resultados alterado, no grupo de mulheres disfônicas e com nódulo vocal. Quando realizada a comparação entre os grupos, observou-se uma freqüência fundamental mais aguda no grupo sem queixa vocal após o quinto minuto de realização da técnica sopro e som agudo. Os valores de aperiodicidade de freqüência jitter e PPQ demonstraram maiores valores no grupo de disfônicos em todos os momentos de realização da técnica vocal. O APQ mostrou maiores valores no sétimo minuto, e o PHR nos momentos m0 e m7, no grupo de mulheres disfônicas. Os resultados da autopercepção do desconforto vocal não demonstraram diferenças quando analisadas nos grupos individualmente. Na comparação entre os grupos houve maior autopercepção de desconforto vocal no grupo com disfonia após sete minutos de realização do exercício vocal sopro e som agudo. Esta pesquisa permite concluir que o tempo ideal de prescrição do exercício vocal sopro e som agudo em mulheres disfonicas e com nódulos vocais é de três minutos, e que após sete minutos ocorre piora da qualidade da voz e autopercepção de desconforto vocal. |
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Efeito do tempo de execução do exercício vocal sopro e som agudo na voz de mulheresFonoaudiologiaDisfoniaDisturbios da vozFonoterapiaTreinamento da vozPercepçãoAcustica da falaVozDistúrbios da vozFonoaudiologiaAcústica da falaFonoterapiaTreinamento da vozMulheresPercepçãoLínguaQualidade da vozAtualmente, profissionais da reabilitação tem se dedicado a estudar o treinamento muscular, a fim de interagir as respostas deste treinamento a fisiologia do exercício. Sabe-se que alguns princípios devem ser considerados a fim de se obter os efeitos desejados e que tais princípios também podem ser aplicados a terapia vocal. A terapia de voz é o tratamento mais indicado para as alterações vocais e esta engloba aspectos como orientação, psicodinâmica e treinamento vocal. Para o treinamento vocal o profissional pode lançar mal de diversos tipos de técnicas e exercícios. O presente estudo objetivou analisar o efeito do tempo de realização do exercício vocal sopro e som agudo nas vozes de mulheres com presença de disfonia, nódulos vocais e de mulheres sem queixa na voz, avaliadas de forma perceptivo-auditiva, acústica e de autopercepção do desconforto vocal. Trata-se de um estudo do tipo experimental, com amostra de conveniência consecutiva. Participam do estudo 60 mulheres, sendo 30 com presença de disfonia e nódulos vocais, que compuseram o Grupo 1, e 30 sem queixa vocal, que formaram o Grupo 2. Todas foram submetidas aos mesmos procedimentos, que constaram da gravação da vogal sustentada /a/, da contagem de números de um a dez e na realização do exercício vocal sopro e som agudo nos intervalos de tempo de um, três, cinco e sete minutos. Para a analise perceptivo-auditiva as gravações passaram por um processo de randomização e foram apresentadas a quatro fonoaudiólogos, que deveriam decidir, por tarefa de comparação, se houve modificações na qualidade vocal nos diferentes tempos de execução do exercício vocal, levando em consideração os parâmetros de escala GRBASI. As vozes foram replicadas em 20% a fim de escolher o avaliador mais concordante, sendo utilizada apenas a avaliação deste para as analises. Os parâmetros escolhidos para a analise acústica foram: a freqüência fundamental, jitter, shimmer, PPQ, APQ e PHR. Para a avaliação das respostas da autopercepção do desconforto vocal, os indivíduos, após cada tempo de execução do exercício vocal, utilizaram uma escala analógico visual com pontuação de 0 a 10, sendo 0 nenhum desconforto e 10 maximo desconforto vocal possível. Os resultados demonstraram na analise perceptivo-auditiva a melhora da qualidade da voz após três minutos de realização do exercício vocal e piora após sete minutos no grupo de mulheres disfônicas. A analise dos parâmetros perceptivo-auditivos demonstraram redução do grau geral da disfônia e da soprosidade a partir do terceiro minuto de realização do exercício e piora desses mesmos parâmetros aos sete minutos. Os resultados da analise acústica em ambos os grupos não demonstraram diferenças em relação aos tempos de realização do exercício sopro som agudo, com exceção da medida de PHR que diminuiu após sete minutos, porem mantendo os resultados alterado, no grupo de mulheres disfônicas e com nódulo vocal. Quando realizada a comparação entre os grupos, observou-se uma freqüência fundamental mais aguda no grupo sem queixa vocal após o quinto minuto de realização da técnica sopro e som agudo. Os valores de aperiodicidade de freqüência jitter e PPQ demonstraram maiores valores no grupo de disfônicos em todos os momentos de realização da técnica vocal. O APQ mostrou maiores valores no sétimo minuto, e o PHR nos momentos m0 e m7, no grupo de mulheres disfônicas. Os resultados da autopercepção do desconforto vocal não demonstraram diferenças quando analisadas nos grupos individualmente. Na comparação entre os grupos houve maior autopercepção de desconforto vocal no grupo com disfonia após sete minutos de realização do exercício vocal sopro e som agudo. Esta pesquisa permite concluir que o tempo ideal de prescrição do exercício vocal sopro e som agudo em mulheres disfonicas e com nódulos vocais é de três minutos, e que após sete minutos ocorre piora da qualidade da voz e autopercepção de desconforto vocal.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAna Cristina Cortes GamaLeticia Caldas TeixeiraMarcia Helena Moreira MenezesFabiola Santos Moreira2019-08-13T00:31:47Z2019-08-13T00:31:47Z2015-09-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4YLN5info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2020-01-29T21:31:32Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A4YLN5Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2020-01-29T21:31:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Atualmente, profissionais da reabilitação tem se dedicado a estudar o treinamento muscular, a fim de interagir as respostas deste treinamento a fisiologia do exercício. Sabe-se que alguns princípios devem ser considerados a fim de se obter os efeitos desejados e que tais princípios também podem ser aplicados a terapia vocal. A terapia de voz é o tratamento mais indicado para as alterações vocais e esta engloba aspectos como orientação, psicodinâmica e treinamento vocal. Para o treinamento vocal o profissional pode lançar mal de diversos tipos de técnicas e exercícios. O presente estudo objetivou analisar o efeito do tempo de realização do exercício vocal sopro e som agudo nas vozes de mulheres com presença de disfonia, nódulos vocais e de mulheres sem queixa na voz, avaliadas de forma perceptivo-auditiva, acústica e de autopercepção do desconforto vocal. Trata-se de um estudo do tipo experimental, com amostra de conveniência consecutiva. Participam do estudo 60 mulheres, sendo 30 com presença de disfonia e nódulos vocais, que compuseram o Grupo 1, e 30 sem queixa vocal, que formaram o Grupo 2. Todas foram submetidas aos mesmos procedimentos, que constaram da gravação da vogal sustentada /a/, da contagem de números de um a dez e na realização do exercício vocal sopro e som agudo nos intervalos de tempo de um, três, cinco e sete minutos. Para a analise perceptivo-auditiva as gravações passaram por um processo de randomização e foram apresentadas a quatro fonoaudiólogos, que deveriam decidir, por tarefa de comparação, se houve modificações na qualidade vocal nos diferentes tempos de execução do exercício vocal, levando em consideração os parâmetros de escala GRBASI. As vozes foram replicadas em 20% a fim de escolher o avaliador mais concordante, sendo utilizada apenas a avaliação deste para as analises. Os parâmetros escolhidos para a analise acústica foram: a freqüência fundamental, jitter, shimmer, PPQ, APQ e PHR. Para a avaliação das respostas da autopercepção do desconforto vocal, os indivíduos, após cada tempo de execução do exercício vocal, utilizaram uma escala analógico visual com pontuação de 0 a 10, sendo 0 nenhum desconforto e 10 maximo desconforto vocal possível. Os resultados demonstraram na analise perceptivo-auditiva a melhora da qualidade da voz após três minutos de realização do exercício vocal e piora após sete minutos no grupo de mulheres disfônicas. A analise dos parâmetros perceptivo-auditivos demonstraram redução do grau geral da disfônia e da soprosidade a partir do terceiro minuto de realização do exercício e piora desses mesmos parâmetros aos sete minutos. Os resultados da analise acústica em ambos os grupos não demonstraram diferenças em relação aos tempos de realização do exercício sopro som agudo, com exceção da medida de PHR que diminuiu após sete minutos, porem mantendo os resultados alterado, no grupo de mulheres disfônicas e com nódulo vocal. Quando realizada a comparação entre os grupos, observou-se uma freqüência fundamental mais aguda no grupo sem queixa vocal após o quinto minuto de realização da técnica sopro e som agudo. Os valores de aperiodicidade de freqüência jitter e PPQ demonstraram maiores valores no grupo de disfônicos em todos os momentos de realização da técnica vocal. O APQ mostrou maiores valores no sétimo minuto, e o PHR nos momentos m0 e m7, no grupo de mulheres disfônicas. Os resultados da autopercepção do desconforto vocal não demonstraram diferenças quando analisadas nos grupos individualmente. Na comparação entre os grupos houve maior autopercepção de desconforto vocal no grupo com disfonia após sete minutos de realização do exercício vocal sopro e som agudo. Esta pesquisa permite concluir que o tempo ideal de prescrição do exercício vocal sopro e som agudo em mulheres disfonicas e com nódulos vocais é de três minutos, e que após sete minutos ocorre piora da qualidade da voz e autopercepção de desconforto vocal. |
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