O significado do estoicismo na 'Crítica da razão prática' de Kant

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neilson Jose da Silva
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9LNGTQ
Resumo: Esta pesquisa de mestrado tem como objetivo investigar o significado do estoicismo na Kritik der praktischen Vernunft (KpV) de Kant. No entanto, este estudo não tem a pretensão de estabelecer paralelo entre os estoicos e Kant. Diferentemente disso, esta pesquisa pretende problematizar o modo como Kant entende a ética estoica no texto da segunda crítica. Para realização deste estudo, foi necessário, num primeiro momento, distinguir o condicionado (das Bedingte) e o incondicionado (das Unbedingte) para compreender os possíveis usos da razão: o uso teórico e o uso prático. Num segundo momento, após admitir a possibilidade do uso prático da razão, foi preciso distinguir os conceitos de lei moral (Das moralische Gesetz) e sumo Bem (das höchste Gut) no intuito de subsidiar o exame das noções de moralidade e felicidade. O exame da relação entre moralidade e felicidade na composição do sumo Bem conduziu ao terceiro momento que pretendeu apresentar uma análise da posição de Kant diante da ética estoica. Para isso, foi preciso identificar as passagens da segunda crítica em que Kant faz referência aos estoicos. Assim, o estudo realizado possibilitou expor diversas objeções de Kant à ética estoica. As objeções de Kant aos elementos contidos na noção de virtude dos estoicos, tais como: o suicídio (der Selbstmord), o sumo Bem (das höchste Gut), a arrogância (die Arroganz), o heroísmo (der Heroism) e o fanatismo moral (moralische Schuwärmerei), serviram de base para comprovar a tese, inicialmente apresentada, da tentativa de superação do estoicismo no campo prático da razão.
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