Pintura para catálogos: Notas sobre o arquivamento da arte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Helio Alvarenga Nunes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/JSSS-86JQ52
Resumo: A partir do estudo de catálogos de exposição evidentemente institucionais segundo as relações que produzem dentro da biblioteca, introduz o conceito/provocação pintura para catálogos e verifica sua possibilidade retomando a discussão da arte como fotografia, negligenciada em seu surto mais universal. A partir da pintura fotografada e da percepção de que o museu sucumbe a um vetor de valores cuja ponta é o valor de arquivamento, busca determinaras características da nova relação da arte com seu arquivo em nossa era digital, problematizando tal relação segundo dialéticas não conciliatórias inspiradas em Benjamin, sempre procurando a perspectiva da reanimação ante a reificação no que obtém apenas sucesso parcial.Para isso, operacionaliza o conceito de museu imaginário de Malraux, defendendo-o ante as críticas de Crimp, transportando-o para o tempo presente, aguçando sua dubiedade e retrabalhando as noções de ressurreição e recriação fotográfica para propor uma pauta de engajamento que consiste em seguir-produzindo (conceito derivado de Foster) uma arte caracterizada pela difusão (metáfora luminosa) e pela diminuição (conceito derivado de Benjamin).Tal produção é marcada pela possibilidade de uma dupla substituição concomitante a um duplo registro da obra de arte, o que torna a distinção entre original e cópia desimportante e até indesejável, visto que a defesa dos valores do original geralmente garante o livremovimento do poder-saber em espaços diagramáticos identificados como fábricas de catálogo.Para sondar o funcionamento dessas fábricas e propor escapes, constrói outra definição de catálogo baseada no conceito de arquivo, segundo as concepções de Derrida e Foucault, e busca alternativas de uso. Explicita, então, essas questões no contexto artístico de Belo Horizonte, recorrendo a alguns textos de artista marcados pela informalidade.
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A partir da pintura fotografada e da percepção de que o museu sucumbe a um vetor de valores cuja ponta é o valor de arquivamento, busca determinaras características da nova relação da arte com seu arquivo em nossa era digital, problematizando tal relação segundo dialéticas não conciliatórias inspiradas em Benjamin, sempre procurando a perspectiva da reanimação ante a reificação no que obtém apenas sucesso parcial.Para isso, operacionaliza o conceito de museu imaginário de Malraux, defendendo-o ante as críticas de Crimp, transportando-o para o tempo presente, aguçando sua dubiedade e retrabalhando as noções de ressurreição e recriação fotográfica para propor uma pauta de engajamento que consiste em seguir-produzindo (conceito derivado de Foster) uma arte caracterizada pela difusão (metáfora luminosa) e pela diminuição (conceito derivado de Benjamin).Tal produção é marcada pela possibilidade de uma dupla substituição concomitante a um duplo registro da obra de arte, o que torna a distinção entre original e cópia desimportante e até indesejável, visto que a defesa dos valores do original geralmente garante o livremovimento do poder-saber em espaços diagramáticos identificados como fábricas de catálogo.Para sondar o funcionamento dessas fábricas e propor escapes, constrói outra definição de catálogo baseada no conceito de arquivo, segundo as concepções de Derrida e Foucault, e busca alternativas de uso. Explicita, então, essas questões no contexto artístico de Belo Horizonte, recorrendo a alguns textos de artista marcados pela informalidade.From the study of clearly institutional exhibition catalogs according to the relationship they produce in the library, this study introduces the concept / teaser painting for catalogs and checks its possibility retaking the discussion of art as photography, neglected in its most universaloutbreak. From the photographed painting and the perception that the museum succumbs to an array of values which edge is the value of archiving, seeks to determine the characteristics of the new relationship of art to its archive in our digital age, bringing a problem into this relationship according to non-conciliatory dialectics, inspired by Benjamin, always looking for the prospect of reanimation before the reification which gets only partial success.For this, this study operationalizes the concept of Malraux's musée imaginaire, defending it against Crimps criticism, transporting it to the present time, sharpening its duplicity and reworking the concepts of resurrection and photographic recreation to propose an engagementwhich is to continue producing (concept derived from Foster) an art characterized by the diffusion (light metaphor) and diminution (concept derived from Benjamin). This production is marked by the possibility of a double substitution with a concomitant double registration of the artwork, which makes the distinction between original and copy unimportantand even undesirable, since the original values defense generally guarantees the free movement of power-knowledge in diagrammatic spaces identified as catalog factories. To probe the operation of these factories and propose leaks, build another catalog definition based onthe archive concept, according to Derridas and Foucaults concepts, and searching for usage alternatives. It explicits, then these issues in the artistic context of Belo Horizonte, using some artists texts marked by informality.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMuseu imaginárioArte PsicologiaCatálogo de exposiçõesFotografia de arte CatálogosArte e fotografiaCatálogosCriação (Literária, artística, etc)ArteSistemas de recuperação da informação ArquivosArquivoscatálogo de exposiçãoarquivomuseumuseu imagináriopinturafotografiaPintura para catálogos: Notas sobre o arquivamento da arteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALnunes_ha_pintura_para_catalogos_2010_ebook.pdfapplication/pdf7955000https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/JSSS-86JQ52/1/nunes_ha_pintura_para_catalogos_2010_ebook.pdf495dd468404b0889eca5c152870a1ae6MD51TEXTnunes_ha_pintura_para_catalogos_2010_ebook.pdf.txtnunes_ha_pintura_para_catalogos_2010_ebook.pdf.txtExtracted texttext/plain478900https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/JSSS-86JQ52/2/nunes_ha_pintura_para_catalogos_2010_ebook.pdf.txt0ab9a9499ead20b864f5e03f9c9f9016MD521843/JSSS-86JQ522019-11-14 09:59:19.902oai:repositorio.ufmg.br:1843/JSSS-86JQ52Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:59:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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