Atriz-produtora: poder e criação
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/45232 https://orcid.org/0000-0002-3277-1593 |
Resumo: | Nesse artigo defendo que o poder de autoria e de intervenção criativa que atrizes e atores encontram em produções teatrais está diretamente relacionado à participação destas artistas em instâncias gerenciais dos projetos e organizações com as quais se envolvem. Este trabalho deriva de minha pesquisa de doutorado cuja metodologia se baseou na análise de dados etnográficos (realização de entrevistas com artistas teatrais que possuem dez anos ou mais de trajetória, do Brasil, México, Chile e Argentina) e autoetnográficos (vinculados às minhas próprias experiências como atriz e produtora). Argumento que dentro de um modelo de produção que defino como teatro menor há, por parte de atrizes e atores, o desejo de fundar núcleos teatrais no qual possam se dedicar exclusivamente à criação, sem que precisem ocupar cargos de função administrativa. Tal desejo, no entanto, não chega a se concretizar em nenhuma das iniciativas que estudei. Minha hipótese é a de que fatores econômicos relacionados aos modelos produtivos escolhidos pelos artistas, os quais não são voltados ao consumo massivo, bem como o fato de atrizes e atores serem também autores de suas obras, corroboram para que tal desejo não seja alcançado. Este último fator é crucial no ponto de vista aqui defendido, pois o processo de tomada de decisões, que no caso de grupos teatrais define parâmetros criativos e as lógicas de funcionamento da organização, é, ele mesmo, uma função gerencial. |
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2022-09-16T13:14:11Z2022-09-16T13:14:11Z202091122525-6572http://hdl.handle.net/1843/45232https://orcid.org/0000-0002-3277-1593Nesse artigo defendo que o poder de autoria e de intervenção criativa que atrizes e atores encontram em produções teatrais está diretamente relacionado à participação destas artistas em instâncias gerenciais dos projetos e organizações com as quais se envolvem. Este trabalho deriva de minha pesquisa de doutorado cuja metodologia se baseou na análise de dados etnográficos (realização de entrevistas com artistas teatrais que possuem dez anos ou mais de trajetória, do Brasil, México, Chile e Argentina) e autoetnográficos (vinculados às minhas próprias experiências como atriz e produtora). Argumento que dentro de um modelo de produção que defino como teatro menor há, por parte de atrizes e atores, o desejo de fundar núcleos teatrais no qual possam se dedicar exclusivamente à criação, sem que precisem ocupar cargos de função administrativa. Tal desejo, no entanto, não chega a se concretizar em nenhuma das iniciativas que estudei. Minha hipótese é a de que fatores econômicos relacionados aos modelos produtivos escolhidos pelos artistas, os quais não são voltados ao consumo massivo, bem como o fato de atrizes e atores serem também autores de suas obras, corroboram para que tal desejo não seja alcançado. Este último fator é crucial no ponto de vista aqui defendido, pois o processo de tomada de decisões, que no caso de grupos teatrais define parâmetros criativos e as lógicas de funcionamento da organização, é, ele mesmo, uma função gerencial.In this paper, I defend that the power of authorship and creative intervention that actresses and actors find in theatrical productions is directly related to their participation in managerial instances of the projects and organizations with which they are involved. This paper derives from my doctoral research, for which the methodology consisted of the analysis of ethnographic data (interviews with theater artists with ten or more years of experience from Brazil, Mexico, Chile, and Argentina) and autoethnographic (linked to my own experiences as an actress and producer). I argue that within a production model that I define as minor theater, there is a desire from actors and actresses to create theatrical nuclei in which they can dedicate themselves exclusively to creation, without having to assume any administrative functions. Such a desire, however, did not become a reality in any of the initiatives I studied. I hypothesize that economic factors related to the productive models chosen by these artists, with a perspective not focused on mass consumption, as well as the fact that actresses and actors are also the authors of their works, corroborate that this desire is not achieved. This last factor is crucial to the point of view defended here, since the decision-making process, which for theater groups defines the creative parameters and the organization's operating logic, is itself a managerial function.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorFAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São PauloporUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilEBA - DEPARTAMENTO DE FOTOGRAFIASimpósio Internacional Reflexões Cênicas ContemporâneasArtistas e teatroTeatro - Produção e direçãoTeatroAtriz-produtoraTeatro menorProdução teatralEconomia criativaAtriz-produtora: poder e criaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttps://www.cocen.unicamp.br/revistadigital/index.php/simposiorfc/article/view/700Heloisa Marina da Silvaapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45232/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALAtriz-produtora.pdfAtriz-produtora.pdfapplication/pdf1435008https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45232/2/Atriz-produtora.pdf838c8bd9fd17ba60526648bc30c74f9bMD521843/452322022-09-16 10:14:11.835oai:repositorio.ufmg.br:1843/45232TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-16T13:14:11Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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