Metilfenidato de liberação imediata para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em adultos: revisão sistemática

• Autor(a) principal: Raissa Carolina Fonseca Candido
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BB9HPE
• topic: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; Revisão Sistemática; Metilfenidato; Metilfenidato; Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é definido como um transtorno de saúde mental, caracterizado por três sintomas principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade, que afetam negativamente vida do indivíduo. Os sintomas tendem a diminuir com o envelhecimento, mas podem persistir na adolescência e vida adulta, bem como surgir apenas nessa fase da vida. O tratamento farmacológico é considerado a primeira opção terapêutica para adultos com transtorno moderado ou grave, e o metilfenidato é o fármaco de primeira escolha. O uso do metilfenidato para o tratamento de adultos com TDAH é pouco documentado na literatura, e as evidências disponíveis são controversas, não sendo possível definir precisamente os benefícios e danos associados ao seu uso. Esse trabalho examinou o perfil de benefícios e danos do metilfenidato de liberação imediata para o tratamento do TDAH em adultos. Foi realizada uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, conforme a metodologia preconizada pela Cochrane para estudos de intervenção. Foram incluídos oito estudos envolvendo 515 participantes, com idades entre 18 e 60 anos. As doses de metilfenidato utilizadas variaram entre 5 mg/dia e 45 mg/dia e duração do tratamento entre 6 semanas a 6 meses. Em cinco estudos conclui-se que o uso de metilfenidato em pacientes adultos diagnósticos com TDAH está associado a algum benefício. Contudo, todos os estudos incluídos apresentaram alto ou indefinido risco de viés e importantes limitações. Soma-se a isso a grande heterogeneidade encontrada entre os estudos no delineamento e na mensuração do desfecho. Logo, conclui-se que não há evidências suficientes e conclusivas sobre a eficácia e segurança do uso do metilfenidato em indivíduos adultos com TDAH.