A vivência dos jovens de periferia nos espaços urbanos de Belo Horizonte

• Autor(a) principal: Nattyelle Laura Baêta Brandão Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42179
• topic: Juventudes; Periferia; Cotidiano; Vulnerabilidade Social; Vivências; Espaço urbano; Lazer - aspectos sociais; Jovens da cidade; Interação social - jovens

Este estudo se detém na análise do uso dos espaços urbanos por jovens em condição de vulnerabilidade social, habitantes de periferia da cidade de Belo Horizonte. O objetivo foi compreender de que forma esses sujeitos vivenciam os espaços urbanos (além da escola e da residência) a partir de seus cotidianos, identificando também as expectativas traçadas, as limitações e restrições que encontram para usufruir desses espaços urbanos. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo-exploratório que utilizou como técnica de coleta de dados entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados quatorze jovens de 13 a 18 anos, residentes da Vila Santa Rosa, cujas famílias eram cadastradas na base de dados do CADÚnico do CRAS Santa Rosa. Os principais achados apontam para a forma adaptada de diversos usos dos espaços urbanos pelos jovens, a demanda pela oportunidade de trabalho, e a ausência de atividades programadas no cotidiano para além do vínculo com a escola. As práticas de socialização representam os usos principais dos espaços urbanos, sendo a possibilidade do encontro o que desperta maior interesse para frequentar um espaço, seguido pela oportunidade de vivenciar atividades de esporte e lazer e em terceiro lugar, a qualidade da infraestrutura física acessível no local. Os relatos também explicitam a carência de equipamentos públicos de esporte, cultura, lazer e convivência, o difícil acesso ao transporte público local, além da manutenção da ordem segregacionista de uso dos espaços públicos centrais da cidade. Espera-se que os achados desta pesquisa contribuam para a elaboração de políticas públicas voltadas para o jovem de periferia, assim como fomentem a discussão acerca do assunto de planejamento urbano e juventudes.