Escolaridade em Moçambique: diferenciais regionais e determinantes, 2003
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MCCR-6VTGM2 |
Resumo: | Desde 1975, ano da independência nacional, do ponto de vista quantitativo, Moçambique tem registrado, ainda que de forma tímida e pouco consistente, melhorias em alguns indicadores educacionais, como por exemplo, o analfabetismo e a freqüência escolar. Entretanto, a despeito dessa melhoria geral, verificam-se desigualdades regionais nas oportunidades educacionais.Este trabalho tem por objetivo analisar o nível e o padrão dessa desigualdade tendo com referência alguns fatores familiares. Outrossim, visa apontar os principais determinantes familiares e socioeconômicos da freqüência escolar, do analfabetismo e da progressão escolar.Os resultados indicam diferenças regionais na relação entre os fatores familiares e os indicadores educacionais analisados, sendo a região Norte a mais desfavorecida em termos de oportunidades educacionais. Nela, as crianças oriundas de famílias de baixo nível educacional e econômico são as mais penalizadas. Entretanto, as que residem no Sul parece não serem tão penalizados na sua escolaridade como conseqüência do baixo nível educacional e socioeconômico familiar.Com relação à análise dos determinantes, os resultados mostram um forte efeito dos fatores socioeconômicos, nomeadamente, escolaridade da mãe, escolaridade do chefe e nível econômico familiar nos indicadores educacionais. Paralelamente a estes, fatores de estrutura familiar e culturais, tais como, a orfandade, nível de parentesco com chefe do domicílio, sexo do chefe do domicílio e língua materna, de forma robusta, também demonstram ter impacto considerável sobre os indicadores educacionais. Em relação à língua materna, filhos de mães cuja língua materna é o português desfrutam de melhores indicadores educacionais. Todavia, quando se analisa a interação da língua materna com a escolaridade da mãe, a língua materna não parece ser tão importante para explicar as diferenças educacionais. |
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