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Lygia Paccini LustosaDanielle Aparecida Gomes PereiraMarcella Guimaraes AssisLuciana Campanha VersianiEsther Kévle Moreira de Lima2019-08-13T19:07:31Z2019-08-13T19:07:31Z2017-03-02http://hdl.handle.net/1843/BUOS-APWQ3GO Brasil, país em desenvolvimento, passa pelos processos de transição nutricional que proporcionam aumento do número de pessoas obesas. O envelhecimento em si já potencializa o armazenamento de tecido adiposo e a obesidade na velhice se comporta de forma paradoxal, hora como fator de proteção, hora como fator de risco. A forma como a obesidade pode estar associada ao processo de envelhecimento demanda investigação, pois essa associação é aparentemente complexa. Inclusive as características sociais de cada município podem estar relacionadas à obesidade e a forma como ela interage com o envelhecer de cada indivíduo. Por outro lado, a capacidade funcional, reflexo da autonomia e independência do indivíduo em realizar suas atividades cotidianas, associa-se a fatores extrínsecos como o social, mas também a fatores intrínsecos, como a senescência ou a própria obesidade. A atividade física, por sua vez auxilia na prevenção de comorbidades e na melhoria da eficiência do sistema cardiorrespiratório, podendo estar associada ou não a obesidade e/ou a fatores externos, como a diferença de comportamento entre municípios devido às questões sociais, econômicas e abordagens políticas de cada um. No intuito de investigar a obesidade e a possível associação com a capacidade funcional e o nível de atividade física no processo de envelhecimento em diferentes municípios, o estudo teve como objetivo verificar a proporção de obesos nos municípios de Belo Horizonte e Diamantina e, comparar a capacidade funcional e o nível de atividade física com a obesidade nos idosos comunitários segundo o local que residiam. Dessa forma, o estudo foi exploratório, observacional, no qual foi realizado um processo de busca ativa e coleta de dados com idosos obesos e eutróficos, com idade igual ou superior a 60 anos, comunitários, sem distinção de raça ou sexo. O protocolo do estudo consistiu na aplicação de um questionário estruturado que investigou questões sociais, econômicas e hábitos de vida, incluindo o gasto energético por meio do Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire (MLTAQ), avaliação do índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura (CC), relação da cintura para o quadril (RCQ) e o Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) para avaliar a capacidade funcional dos participantes. O estudo foi realizado em duas cidades de Minas Gerais, região sudeste do país, Belo Horizonte (BH) e Diamantina, com características sócio-econômicas e perfil urbano distintos. A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov e análise visual de gráficos de dispersão. A comparação da capacidade funcional (ISWT), nível de atividade física (MLTAQ) e, das medidas antropométricas (CC e da RCQ) entre os municípios e entre obesos e eutróficos foi realizada pela Análise de variância (ANOVA) Two-way, com post hoc de Bonferroni. Para comparar a proporção de idosos obesos e não obesos entre os municípios foi utilizado o teste Qui-quadrado. Em todos os testes foi considerado alfa de 5% e o intervalo de confiança (IC) de 95%. Os resultados do estudo evidenciaram que o nível de atividade física não foi diferente entre as amostras dos dois municípios ou entre os grupos de obesos e eutróficos. Quanto à obesidade global não houve diferença na proporção de idosos obesos entre os municípios, contudo, os indicadores da obesidade central, CC e RCQ, apresentaram valores maiores em Diamantina, cidade com maior índice de analfabetismo e menor renda, quando comparada com BH, cidade 100% urbanizada e menor índice de pobreza humano (IPH). A capacidade funcional, por sua vez foi maior em BH, quando comparada com Diamantina, visto que a amostra apresentou maior média da distância percorrida no ISWT. Contudo, não houve diferença da capacidade funcional entre idosos obesos e eutróficos. Os achados do estudo não evidenciaram diferenças entre a obesidade e o nível de atividade física, mas sugeriu que características socioeconômicas dos municípios podem influenciar a capacidade funcional dos seus respectivos idosos, visto que a cidade com menor renda e escolaridade apresentou menor capacidade funcional, assim como maior acúmulo de gordura na região central do corpo.Brazil, a developing country, goes through the nutritional transition processes that increase the number of obese people. Aging itself already potentiates the storage of adipose tissue and obesity in old age behaves paradoxically, time as a protection factor, time as a risk factor. The way obesity can be associated with the aging process demands research, as this association is apparently complex. Even the subcultures and social characteristics of each municipality may be related to obesity and how it interacts with the aging of each individual. On the other hand, functional capacity, reflecting the individual's autonomy and independence in carrying out its daily activities, is associated with extrinsic factors such as social factors, but also with intrinsic factors such as senescence or obesity itself. Physical activity, in turn, helps to prevent comorbidities and improve the efficiency of the cardiorespiratory system that may or may not be associated with obesity and/or external factors, such as the difference in behavior between municipalities due to the subculture. In order to investigate obesity and the possible association with functional capacity and level of physical activity in the aging process in different municipalities, the study aimed to verify the proportion of obese people in the municipalities of Belo Horizonte and Diamantina and to compare the functional capacity and the level of physical activity with obesity in the community elderly according to the place they lived. Thus, the study was exploratory, observational, in which a process of active search and data collection was performed with obese and eutrophic elderly individuals, aged 60 years and over, community members, regardless of race or gender. The study protocol consisted on the application of a structured questionnaire that investigated social, economic and lifestyle issues, including energy expenditure through the Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire (MLTAQ), body mass index (BMI) evaluation, waist circumference (WC), waist to hip ratio (WHR), and Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) to assess participants' functional capacity. The study was carried out in two cities of Minas Gerais, southeastern region of the country, Belo Horizonte (BH) and Diamantina, with distinct socio-economic characteristics and urban profile. The normality of the data was verified through the Kolmogorov-Smirnov test and visual analysis of scatter plots. Comparison of functional capacity (ISWT), level of physical activity (MLTAQ), and anthropometric measures (WC and WHR) among municipalities and between obese and eutrophic was performed through Analysis of Variance (ANOVA) Two-way, with post hoc of Bonferroni. To compare the proportion of obese and non-obese elderly among the municipalities, the Chi-square test was used. In all tests, it were considered alpha of 5% and a 95% of confidence interval (CI). The results of the study showed that the level of physical activity was not different between the samples of the two municipalities or between the obese and eutrophic groups. Regarding global obesity, there was no difference in the proportion of obese elderly people among the municipalities. However, the indicators of central obesity, WC and WHR presented higher values in Diamantina, city with higher illiteracy rate and lower income, when compared to BH, city 100% urbanized and with lower human poverty index (HPI). The functional capacity, in turn, was higher in BH, when compared to Diamantina, since the sample had the highest average of the distance covered in the ISWT. However, there was no difference in functional capacity between obese and eutrophic elderly. The findings of the study did not show differences between obesity and the level of physical activity, but suggested that socioeconomic characteristics of the municipalities can influence the functional capacity of their respective elderly, since the city with lower income and schooling presented lower functional capacity, as well as greater accumulation of fat in the central region of the body.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGExercícios físicosAptidão física em idososIdosos Saúde e higieneCapacidade motoraObesidadeSaúde do IdosoExercícioIdosoAtividade MotoraObesidadeObesidade, capacidade funcional e nível de atividade física em idosos comunitários de Belo Horizonte e Diamantinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmestrado_esther_lima_02_05_2017.pdfapplication/pdf1928563https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-APWQ3G/1/mestrado_esther_lima_02_05_2017.pdf3b67d970b99e391482ea3e1115c472b1MD51TEXTmestrado_esther_lima_02_05_2017.pdf.txtmestrado_esther_lima_02_05_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain137413https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-APWQ3G/2/mestrado_esther_lima_02_05_2017.pdf.txt926aa7c8433b15bbbd384b292deeb756MD521843/BUOS-APWQ3G2019-11-14 13:40:46.655oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-APWQ3GRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:40:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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