Cinética da angiogênese inflamatória induzida por implante de esponja na musculatura abdominal em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pollyana Ribeiro Castro
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8ZSPVJ
Resumo: Lesões no músculo esquelético que compõe a parede abdominal são condições médicas comuns e a implantação de materiais sintéticos ou biológicos para reparar defeitos músculo-fasciais é um procedimento médico adotado atualmente. Propusemos caracterizar a dinâmica do recrutamento de células inflamatórias, da formação de neovasos, produção de citocinas e fibrogênese no músculo esquelético abdominal, em resposta a implantes de esponja de poliéster-poliuretano em camundongos. Aos 2, 4, 7 e 10º dias após implantação, o tecido muscular abaixo da matriz de esponja foi removido para a avaliação da resposta angiogênica (teor de hemoglobina, fator de crescimento do endotélio vascular e análise morfométrica do número de vasos) e inflamação (atividade de mieloperoxidase e da N-acetil--D- glicosaminidase e citocinas). Além disso, a fibrogênese do músculo foi determinada pelos níveis de deposição de colágeno e conteúdo de TGF-1. Observou-se um aumento no conteúdo de hemoglobina, na taxa de difusão da fluoresceína sódica (indicativo do fluxo sanguíneo) e do número de vasos no músculo abdominal contendo a matriz sintética em comparação com o músculo intacto. O pico do recrutamento de neutrófilos no músculo ocorreu no segundo dia pós-implante, seguido pelo acúmulo de macrófagos no quarto dia pós-implante. Os níveis das citocinas VEGF, TNF-, CCL2/JE foram maiores no músculo lesionado, em comparação com o músculo intacto e atingiu um pico logo após o implante da esponja (dia 2 a 4). Os níveis de colágeno foram maiores nos músculos de animais implantados em comparação aos músculos de animais não implantados (dia 2). A técnica de implante em conjunto com os parâmetros inflamatórios e vasculares utilizados neste estudo revelou eventos inflamatórios, angiogênicos e fibrogênicos, além de sugerir alguns mecanismos associados com respostas músculo-esqueléticas frente a materiais sintéticos implantados neste tecido.
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