Os mapas das pedras brilhantes: a cartografia dos sertanistas, dos engenheiros militares e dos padres matemáticos sobre o Distrito Diamantino do Serro do Frio (1714-1771)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carmem Marques Rodrigues
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A3GHWE
Resumo: Ricas minas de pedras brilhantes foram descobertas nos sertões do Serro do Frio a partir da década de 1720, sendo a descoberta dos diamantes oficializada em 1729. Então, a Coroa portuguesa começou a sistematizar suas ações no sertão, com o objetivo de racionalizar a administração da mineração. Nesse contexto, os mapas se transformaram em instrumentos necessários e fundamentais, pois, construídos de acordo com os métodos ensinados nas academias militares e seguindo as convenções gráficas sistematizadas ao longo do século XVIII, foram instrumentos essenciais para a materialização das políticas reais para os diamantes. Por outro lado, ainda antes da descoberta oficial das pedras, os sertões do Serro do Frio também foram o objeto principal dos roteiros e mapas sertanistas. Essas representações tinham um caráter pragmático e/ou político. De forma prática, eram roteiros descritivos dos caminhos, rios, ribeirões e córregos do Serro do Frio que levavam às riquezas do ouro e dos diamantes, além de também trazer pistas do caminho para a serra das Esmeraldas. De forma política, eram um recurso utilizado pelos sertanistas para solicitar mercês e concretizar suas ações de descobrimentos. Essas duas formas de representação do Serro do Frio a oficial e a dos sertanistas -, apesar de aparentemente desconectadas, mantiveram um intenso diálogo, proporcionando a troca de métodos de construção cartográfica e principalmente de informações sobre o território, o que fez com que determinadas entidades geográficas perdurassem ou desaparecessem ao longo da história do Distrito Diamantino.
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