Influências da composição e estrutura da paisagem sobre a qualidade da água em múltiplas extensões espaciais na unidade hidrológica do Rio Doce em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: João Pedro dos Santos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36487
Resumo: A degradação de ambientes aquáticos promove a contaminação das águas implicando em piora na qualidade dos ecossistemas. A bacia do rio Doce possui um histórico de degradação ambiental, principalmente com a expansão industrial e a agropecuária intensiva. Ademais, em 2015, a barragem de rejeito de Fundão (Samarco, BHP Billiton e Vale) se rompeu lançando rejeitos de minério sobre os cursos d’água da bacia, alterando abruptamente seu contexto socioambiental e se tornando um dos maiores desastres ambientais da história brasileira. O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre características da paisagem e a qualidade da água na porção mineira da bacia do rio Doce a partir de diferentes extensões espaciais. Para isso, foram analisados modelos estatísticos que mostraram a relação entre parâmetros da qualidade da água e o uso e cobertura da terra e métricas de paisagem para os anos de 2008, 2013 e 2018. Foram utilizadas três extensões espaciais: subbacia, que corresponde a toda área de drenagem a montante do ponto de monitoramento; ripária, que corresponde a uma zona tampão de 200 m para cada lado do curso d’água a montante do ponto de monitoramento; e local que corresponde uma zona tampão de 200 m para cada lado do curso d’água a montante do ponto de monitoramento dentro de um raio de 2 km. Os parâmetros utilizados correspondem ao monitoramento dos períodos chuvoso e seco em 64 estações, sendo eles: bário total, nitrato, sólidos totais e turbidez. A relação entre as variáveis foi avaliada por meio da regressão linear múltipla que permitiu construir e selecionar os modelos com os melhores ajustes e identificar as variáveis que possuíram os maiores pesos sobre os modelos. Os modelos que apresentaram a melhor capacidade explicativa foram da extensão espacial subbacia (R²aj = 0,20-0,57; mediana: R²aj = 0,35) e ripária (R²aj = 0,23-0,48; mediana: R²aj = 0,39), em detrimento da extensão local (R²aj = 0,07-0,47; mediana: R²aj = 0,23). Atividades humanas como a agropecuária, a urbanização, o plantio de eucalipto e a mineração foram associadas com a piora na qualidade da água em todas as extensões analisadas. De modo oposto, a presença de manchas de vegetação natural demonstrou funcionar como controladoras da qualidade da água. O estudo reforça a necessidade urgente de se conter o desmatamento e a degradação nas áreas próximas aos cursos d’água e de toda a bacia hidrográfica. Saberes ancestrais de Quilombolas e dos Povos Originários são o centro para como devemos nos relacionar com os rios, as matas e tudo que há na terra devido suas trajetórias de bionteração – relações de respeito mútuo com o ecossistema. Além disso, a proteção da mata ripária precisa considerar áreas de preservação mais abrangentes do que é previsto na legislação brasileira. A abordagem metodológica apresenta limitações, contudo, reforça a necessidade de mais estudos que contraponham o discurso desenvolvimentista das instituições públicas e privadas que degradam a bacia do rio Doce e seus territórios.
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Para isso, foram analisados modelos estatísticos que mostraram a relação entre parâmetros da qualidade da água e o uso e cobertura da terra e métricas de paisagem para os anos de 2008, 2013 e 2018. Foram utilizadas três extensões espaciais: subbacia, que corresponde a toda área de drenagem a montante do ponto de monitoramento; ripária, que corresponde a uma zona tampão de 200 m para cada lado do curso d’água a montante do ponto de monitoramento; e local que corresponde uma zona tampão de 200 m para cada lado do curso d’água a montante do ponto de monitoramento dentro de um raio de 2 km. Os parâmetros utilizados correspondem ao monitoramento dos períodos chuvoso e seco em 64 estações, sendo eles: bário total, nitrato, sólidos totais e turbidez. A relação entre as variáveis foi avaliada por meio da regressão linear múltipla que permitiu construir e selecionar os modelos com os melhores ajustes e identificar as variáveis que possuíram os maiores pesos sobre os modelos. Os modelos que apresentaram a melhor capacidade explicativa foram da extensão espacial subbacia (R²aj = 0,20-0,57; mediana: R²aj = 0,35) e ripária (R²aj = 0,23-0,48; mediana: R²aj = 0,39), em detrimento da extensão local (R²aj = 0,07-0,47; mediana: R²aj = 0,23). Atividades humanas como a agropecuária, a urbanização, o plantio de eucalipto e a mineração foram associadas com a piora na qualidade da água em todas as extensões analisadas. De modo oposto, a presença de manchas de vegetação natural demonstrou funcionar como controladoras da qualidade da água. O estudo reforça a necessidade urgente de se conter o desmatamento e a degradação nas áreas próximas aos cursos d’água e de toda a bacia hidrográfica. Saberes ancestrais de Quilombolas e dos Povos Originários são o centro para como devemos nos relacionar com os rios, as matas e tudo que há na terra devido suas trajetórias de bionteração – relações de respeito mútuo com o ecossistema. Além disso, a proteção da mata ripária precisa considerar áreas de preservação mais abrangentes do que é previsto na legislação brasileira. A abordagem metodológica apresenta limitações, contudo, reforça a necessidade de mais estudos que contraponham o discurso desenvolvimentista das instituições públicas e privadas que degradam a bacia do rio Doce e seus territórios.The degradation of aquatic environments promotes water contamination, implying a worsening in the quality of ecosystems. The Doce River basin has a history of environmental degradation, mainly because industrial expansion and intensive farming. Furthermore, in 2015, the Fundão tailings dam (Samarco, BHP Billiton and Vale) broke up launching ore tailings over the basin's water courses, abruptly changing its socio-environmental context and becoming one of the biggest environmental disasters in brazilian history. The objective of this study was to analyze the relationship between landscape characteristics and water quality in the Doce River basin (MG) using multiple spatial extensions. For this, statistical models were analyzed and they showed the relationship between water quality parameters and land use/land cover and landscape metrics for 2008, 2013 and 2018. Three spatial extensions were used: sub-basin, which corresponds to the entire drainage area upstream of the monitoring point; riparian, corresponding to a 200 m buffer of the watercourse upstream of the monitoring point; and local corresponding to a 200 m buffer of the watercourse upstream of the monitoring point within a 2 km radius. The parameters used correspond to the monitoring of the wet and dry seasons in 64 stations, namely: total barium, nitrate, total solids and turbidity. The relationship between the variables was verified using multiple linear regression which allowed to build and select models with the best fit and the identification of the variables that had the highest weights on the models. The models that showed the best explanatory capacity were the sub-basin (R²aj = 0.20-0.57; median: R²aj = 0.35) and riparian (R²aj = 0.23-0.48; median: R²aj = 0.39). Human activities such as agriculture, urbanization, eucalyptus forests and mining were associated with the worsening of water quality in all analyzed areas. On the other hand, the presence of patches of natural vegetation has been shown to function as water quality controllers. The study reinforces the urgent need to contain deforestation and degradation in areas close to water courses and the entire hydrographic basin. Ancestral knowledge of Quilombolas and Native Peoples is the center for how we should relate to rivers, forests and everything on earth due to their trajectory of bionteraction – relations of mutual respect with the ecosystem. In addition, the protection of riparian forest needs to consider more comprehensive preservation areas than is demanded by Brazilian legislation. The methodological approach has limitations, however, reinforces the need for more studies that contrast the developmental speech of public and private institutions that degrade the Doce River basin and its territories.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas AmbientaisUFMGBrasilIGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessModelagem de dados – Aspectos ambientaisÁgua – Qualidade – Doce, Rio, Bacia (MG e ES)Ecologia paisagística – Doce, Rio, Bacia (MG e ES)Qualidade da águaMétricas de paisagemExtensões espaciaisInfluências da composição e estrutura da paisagem sobre a qualidade da água em múltiplas extensões espaciais na unidade hidrológica do Rio Doce em Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissert_vers-fin.pdfdissert_vers-fin.pdfdissertacaoapplication/pdf8336887https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36487/1/dissert_vers-fin.pdfca7063390a32fadd591990858365aa51MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36487/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36487/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/364872021-06-16 11:29:22.756oai:repositorio.ufmg.br:1843/36487TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-16T14:29:22Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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