Potencial das folhas de Rudgea viburnoides (Cham.) Benth (RUBIACEAE) no tratamento da obesidade e suas alterações metabólicas induzidas por dieta em camundongos Balb/c

• Autor(a) principal: Juliana Morais Amaral de Almeida
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8MRHJC
• topic: Rudgea viburnoides; nutracêuticos; obesidade; Carboidratos Metabolismo; Plantas medicinais; Obesidade; Alimentos funcionais

A obesidade é definida como uma doença multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura e a uma inflamação crônica de baixa intensidade. Algumas substâncias químicas presentes em plantas são associadas com a prevenção ou o tratamento da obesidade. A Rudgea viburnoides (congonha, congonha-de-bugre ou bugre), espécie comum do Cerrado, é rica em substâncias polifenólicas, flavonoides esaponinas. Muitos estudos evidenciam que estas substâncias apresentam potencial antiinflamatório e antiobesogênico. O objetivo desse estudo foi avaliar se as folhas de R. viburnoides eram capazes de tratar a obesidade e modular a disfunção metabólica e inflamatória observada nos animais alimentados com dieta rica em carboidratos. Folhas da planta foram coletadas, secas, moídas e submetidas à extração com solução hidroalcóolica à 70%. O extrato foi obtido após evaporação completa do solvente. Os animais foram alimentados com dieta rica em carboidratos (HC) ou dieta controle (C) por 8 semanas. Após este período, a dieta HC foi suplementada durante 4 semanascom três diferentes doses 40, 80 e 160 mg/Kg do extrato bruto da planta. Os animais alimentados com dieta HC apresentaram maior adiposidade, menores tolerância oral à glicose e sensibilidade à insulina, maior índice HOMA-IR e menor índice HOMA-,maiores concentrações de citocinas (TNF-, IL-6) e quimiocina (CCL2) proinflamatórias no fígado e tecido adiposo, maior concentração de resistina e adiponectina em relação aos animais alimentados com dieta controle. Nos animais que receberam o extrato bruto da planta na menor dose, mesmo apresentando adiposidade similar aos animais HC, observou-se reversão da intolerância à glicose e insensibilidade à insulina, menor índice HOMA-IR e maior índice HOMA-, menoresconcentrações de citocinas (TNF-, IL-6) e quimiocina (CCL2) pro-inflamatórias no fígado e tecido adiposo, menor concentração de resistina e nenhuma alteração do perfil de adiponectina. A tratamento com R.viburnoides melhorou a tolerância oral à glicose e a sensibilidade à insulina, assim como a inflamação sistêmica e local dos animais alimentados com dieta HC.