Perfil da mulher em situação de violência por parceiro íntimo em dois municípios brasileiros

• Autor(a) principal: Flávia Furtado Calixto
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/57216
• topic: violência contra a mulher; violência por parceiro íntimo; fatores de risco; saúde mental; pesquisa SAUVI; Violência contra a Mulher; Violência por Parceiro Íntimo; Fatores de Risco; Saúde Mental; Dissertação Acadêmica

Este trabalho analisa o perfil de violência por parceiro íntimo (VPI) entre mulheres de dois municípios – Betim e Belo Horizonte – do Estado de Minas Gerais, na faixa etária de 20 a 59 anos, para compreender fatores que aumentam o risco de VPI e, assim, possa permitir uma ação preventiva por profissionais de saúde quando do atendimento de uma população, podendo ser igualmente importante para nortear a elaboração e implantação de programas mais eficientes de políticas públicas para o combate à violência e de garantia da saúde global dos indivíduos. A metodologia usada foi o estudo transversal com base nos dados do Inquérito SAUVI – Saúde e Violência – dos municípios de Betim e Belo Horizonte. Foram elegíveis, para a análise, questionários respondidos por mulheres nos dois municípios entre os anos de 2014 e 2015. Condições sociodemográficas, variáveis relativas à saúde mental e ao uso de álcool e outras drogas, foram utilizadas como variáveis associadas à violência perpetrada. Foram realizadas análises uni-variada e bivariada, com construção de box plots, e análise multivariada, utilizando modelo de regressão logística binária. Os principais resultados obtidos com a regressão logística do presente estudo foram que as mulheres, cuja renda familiar é de até dois salários mínimos, têm 1,85 vezes, ou 85,5%, mais chances de sofrer VPI do que uma mulher com família que possua renda de mais de dois salários. Além disso, as mulheres em situação de VPI, que são mães, têm 1,48 vezes, ou 48,2%, mais chances de sofrer VPI que aquelas que não tenham filhos.