Percepção da qualidade de vida em idosos com e sem a presença de sintomas depressivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3UHUT |
Resumo: | Com o envelhecimento populacional, surgiu a preocupação de garantir uma melhor qualidade de vida aos anos finais da vida. A depressão, ainda fonte de controvérsia na literatura, vai gradativamente deixando de ser vista como um fenômeno normativo do envelhecimento e passa a ser vista como uma alteração no curso do desenvolvimento normal. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram avaliar percepção da qualidade de vida geral e por domínios específicos utilizando o World Health Organization Quality of Life brief (WHOQOL-brief) em idosos com e sem a presença de sintomas depressivos, avaliados pela Center Epidemiologic Survey-Depression (CES-D) e, investigar a possível influência de variáveis sócio-demográficas nessa relação, superando algumas deficiências encontradas em trabalhos anteriores que estudaram o assunto, em uma amostra comunitária de idosos residentes na cidade de Juiz de Fora, MG e pertencentes ao projeto Estudos do Processo do Envelhecimento Saudável da Universidade Federal de Juiz de Fora. Quanto à metodologia, o presente estudo constitui-se num estudo transversal de amostra comunitária em que os instrumentos foram aplicados por meio de entrevistas nas residências dos idosos participantes. Adotando-se para a CES-D o ponto de corte de 11 validado para a população idosa brasileira residente na comunidade, em 369 sujeitos. Os resultados apontaram que a média de idade da amostra foi 73,37 anos (DP = 8,57) composta por 73,6% de mulheres, idosos casados (49,0%) e com até sete anos de estudo (56,1%). Apresentaram sintomas depressivos 36,9% da amostra. A percepção da qualidade de vida tanto geral quanto por domínios foi diferente e estatisticamente significativa entre os dois grupos (idosos sem e com sintomas depressivos). Quando levadas em consideração as variáveis sócio-demográficas, também houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos para: gênero, idade, anos de estudo e renda. A regressão múltipla logística para a CES-D apontou que as principais variáveis explicativas do modelo foram gênero (2,884), o domínio 3, das Relações sociais (0,979), o domínio 2 ou domínio Psicológico (0,931) e a questão geral de qualidade de vida (0,946). Conclui-se que a feminilização da velhice é uma realidade para a amostra em questão e que as mulheres apresentam mais sintomas depressivos que os homens. A percepção da qualidade de vida em todos os domínios e nas duas questões gerais é alterada na presença de sintomas depressivos. Levando-se em consideração as variáveis sócio-demográficas, a percepção da qualidade de vida também é alterada, sendo a percepção na questão geral de qualidade de vida e nos domínios Físico, do Meio ambiente e das relações sociais para os idosos sem sintomas depressivos; e, na questão de saúde geral e no domínio Meio ambiente para os idosos com sintomas depressivos. Finalmente, gênero, a questão geral de qualidade de vida e os domínios, Psicológico e das Relações sociais, foram os que mais estiveram relacionados com a presença de sintomas depressivos. |
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Elizabeth do NascimentoSimone Lima de Macedo2019-08-12T16:32:13Z2019-08-12T16:32:13Z2006-08-28http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3UHUTCom o envelhecimento populacional, surgiu a preocupação de garantir uma melhor qualidade de vida aos anos finais da vida. A depressão, ainda fonte de controvérsia na literatura, vai gradativamente deixando de ser vista como um fenômeno normativo do envelhecimento e passa a ser vista como uma alteração no curso do desenvolvimento normal. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram avaliar percepção da qualidade de vida geral e por domínios específicos utilizando o World Health Organization Quality of Life brief (WHOQOL-brief) em idosos com e sem a presença de sintomas depressivos, avaliados pela Center Epidemiologic Survey-Depression (CES-D) e, investigar a possível influência de variáveis sócio-demográficas nessa relação, superando algumas deficiências encontradas em trabalhos anteriores que estudaram o assunto, em uma amostra comunitária de idosos residentes na cidade de Juiz de Fora, MG e pertencentes ao projeto Estudos do Processo do Envelhecimento Saudável da Universidade Federal de Juiz de Fora. Quanto à metodologia, o presente estudo constitui-se num estudo transversal de amostra comunitária em que os instrumentos foram aplicados por meio de entrevistas nas residências dos idosos participantes. Adotando-se para a CES-D o ponto de corte de 11 validado para a população idosa brasileira residente na comunidade, em 369 sujeitos. Os resultados apontaram que a média de idade da amostra foi 73,37 anos (DP = 8,57) composta por 73,6% de mulheres, idosos casados (49,0%) e com até sete anos de estudo (56,1%). Apresentaram sintomas depressivos 36,9% da amostra. A percepção da qualidade de vida tanto geral quanto por domínios foi diferente e estatisticamente significativa entre os dois grupos (idosos sem e com sintomas depressivos). Quando levadas em consideração as variáveis sócio-demográficas, também houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos para: gênero, idade, anos de estudo e renda. A regressão múltipla logística para a CES-D apontou que as principais variáveis explicativas do modelo foram gênero (2,884), o domínio 3, das Relações sociais (0,979), o domínio 2 ou domínio Psicológico (0,931) e a questão geral de qualidade de vida (0,946). Conclui-se que a feminilização da velhice é uma realidade para a amostra em questão e que as mulheres apresentam mais sintomas depressivos que os homens. A percepção da qualidade de vida em todos os domínios e nas duas questões gerais é alterada na presença de sintomas depressivos. Levando-se em consideração as variáveis sócio-demográficas, a percepção da qualidade de vida também é alterada, sendo a percepção na questão geral de qualidade de vida e nos domínios Físico, do Meio ambiente e das relações sociais para os idosos sem sintomas depressivos; e, na questão de saúde geral e no domínio Meio ambiente para os idosos com sintomas depressivos. Finalmente, gênero, a questão geral de qualidade de vida e os domínios, Psicológico e das Relações sociais, foram os que mais estiveram relacionados com a presença de sintomas depressivos.The concerning to guarantee one a better quality of life to the final years appeared as a consequence of the population aging. The depression is still a source of controversy in literature and it is gradually not seen as a normative phenomenon of the aging process but starts being seen as a change in the course of the normal development. In this sense the interest on investigating the perception of the quality of life in aged appears. However, the literature directed to this subject frequently investigates institutionalized aged people or the ones who look for health care, and they do not consider aged from all different aged groups, usually generating tendentious results in favor of the depression, negative ones for the quality of life and lack of definition related to the behavior of these variables when the age and other sociodemographic variables are considered. The aims of this work were to evaluate the perception of the quality of general life and specific domains of the brief Whoqol, considering aged with and without depressive symptoms evaluated by the CES-D and to investigate the possible influence of sociodemographic variables in a resident communitarian sample in the city of Juiz de Fora, MG belonging to the project PENSA of the UFJF. The results had pointed that the average of age of the sample was 73,37 years (DP = 8,57) formed by 73,6% of women, married aged people (49.0%) and up to seven years of study (56.1%). From 369 citizens, 36.9% presented depressive symptoms, adopting to the CES-D the cut-off point of ¡Ý11 validated for the aged Brazilian population resident in the community. Both the perception of the general quality of life as well as specific domains were different and statistically significant in both groups (aged with and without depressive symptoms). When taken in consideration the sociodemographic variables, there were also statistically significant differences between the two groups for: gender, age, numbers of years of study and income. The logistic multiple regression for the CES-D pointed that the main explanatory variables of the model had been gender (2,884), the domain 3, of the social relations (0,979), the domain 2 or Psychological domain (0,931) and the general issue of quality of life (0,946). One concludes that the feminization of the old age people is a reality for the sample in question and that the women present more depressive symptoms that the men. The perception of the quality of life in all domains and the two general questions are modified in the presence of depressive symptoms. Taking in consideration the sociodemographic variables, the perception of the quality of life is also modified, being the perception in the general question of quality of life and in the physical, environmental and social relations domains for the aged ones without depressive symptoms; and in the issue of general health and the environmental domain for the aged ones with depressive symptoms. Finally, gender, the general question of quality of life and the psychological and social relations domains were the most related ones to the presence of depressive symptoms.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGIdososQualidade de vidaDepressao em idososPsicologiaEnvelhecimentoPercepção da Qualidade de Vida Geral e Por DomíniosIdososWHOQOL-BRIEFPercepção da Saúde GeralCES-DVariáveis Sócio-DemográficasPercepção da qualidade de vida em idosos com e sem a presença de sintomas depressivosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALi_a_xix_come_o__1_.pdfapplication/pdf171756https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3UHUT/1/i_a_xix_come_o__1_.pdf696b5d8abc9c0252f3402ec5f39e130aMD51corpo.pdfapplication/pdf1836629https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3UHUT/2/corpo.pdf1efd79b9714aa131f7420579a4786a4cMD52TEXTi_a_xix_come_o__1_.pdf.txti_a_xix_come_o__1_.pdf.txtExtracted texttext/plain25840https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3UHUT/3/i_a_xix_come_o__1_.pdf.txt4aa1661c3bb36688568452cfc5104dd4MD53corpo.pdf.txtcorpo.pdf.txtExtracted texttext/plain308794https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3UHUT/4/corpo.pdf.txtea2769aa52bef1b8a8c0c8b595e7ca1fMD541843/BUOS-B3UHUT2019-11-14 18:32:54.773oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B3UHUTRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:32:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Com o envelhecimento populacional, surgiu a preocupação de garantir uma melhor qualidade de vida aos anos finais da vida. A depressão, ainda fonte de controvérsia na literatura, vai gradativamente deixando de ser vista como um fenômeno normativo do envelhecimento e passa a ser vista como uma alteração no curso do desenvolvimento normal. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram avaliar percepção da qualidade de vida geral e por domínios específicos utilizando o World Health Organization Quality of Life brief (WHOQOL-brief) em idosos com e sem a presença de sintomas depressivos, avaliados pela Center Epidemiologic Survey-Depression (CES-D) e, investigar a possível influência de variáveis sócio-demográficas nessa relação, superando algumas deficiências encontradas em trabalhos anteriores que estudaram o assunto, em uma amostra comunitária de idosos residentes na cidade de Juiz de Fora, MG e pertencentes ao projeto Estudos do Processo do Envelhecimento Saudável da Universidade Federal de Juiz de Fora. Quanto à metodologia, o presente estudo constitui-se num estudo transversal de amostra comunitária em que os instrumentos foram aplicados por meio de entrevistas nas residências dos idosos participantes. Adotando-se para a CES-D o ponto de corte de 11 validado para a população idosa brasileira residente na comunidade, em 369 sujeitos. Os resultados apontaram que a média de idade da amostra foi 73,37 anos (DP = 8,57) composta por 73,6% de mulheres, idosos casados (49,0%) e com até sete anos de estudo (56,1%). Apresentaram sintomas depressivos 36,9% da amostra. A percepção da qualidade de vida tanto geral quanto por domínios foi diferente e estatisticamente significativa entre os dois grupos (idosos sem e com sintomas depressivos). Quando levadas em consideração as variáveis sócio-demográficas, também houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos para: gênero, idade, anos de estudo e renda. A regressão múltipla logística para a CES-D apontou que as principais variáveis explicativas do modelo foram gênero (2,884), o domínio 3, das Relações sociais (0,979), o domínio 2 ou domínio Psicológico (0,931) e a questão geral de qualidade de vida (0,946). Conclui-se que a feminilização da velhice é uma realidade para a amostra em questão e que as mulheres apresentam mais sintomas depressivos que os homens. A percepção da qualidade de vida em todos os domínios e nas duas questões gerais é alterada na presença de sintomas depressivos. Levando-se em consideração as variáveis sócio-demográficas, a percepção da qualidade de vida também é alterada, sendo a percepção na questão geral de qualidade de vida e nos domínios Físico, do Meio ambiente e das relações sociais para os idosos sem sintomas depressivos; e, na questão de saúde geral e no domínio Meio ambiente para os idosos com sintomas depressivos. Finalmente, gênero, a questão geral de qualidade de vida e os domínios, Psicológico e das Relações sociais, foram os que mais estiveram relacionados com a presença de sintomas depressivos. |
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