Geologia e alteração hidrotermal do depósito aurífero Tucano, NE do Cráton Amazônico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriel Aragão Rodrigues Soares
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/60949
Resumo: O depósito aurífero Tucano (1,8 Moz com teor médio de 1,7 g/t; Great Panther Mining public NI 43-101 report 2022), localizado no sudeste do Escudo das Guianas, é um depósito de ouro orogênico estruturalmente controlado por zona de cisalhamento e equilibrado sob condições metamórficas de fácies anfibolito em nível crustal médio. Mármore e formação ferrífera bandada (BIF) são as principais rochas hospedeiras da mineralização, constituindo o intervalo metassedimentar químico do greenstone belt paleoproterozoico Serra do Navio, de orientação NW-SE. Condições de pico metamórfico são estimadas em temperaturas de 570-640 °C e pressões de 4,1 ± 0.6 kbars. Alteração hidrotermal é caracterizada por paragêneses cálcio-silicáticas substituindo minerais metamórficos e transformando a trama da rocha precursora. A fase inicial de alteração (550-600 °C) é dada pela paragênese quartzo-clinopiroxênio-granada ± biotita, turmalina, ilmenita, manifestada sob a forma de veios, lentes e agregados irregulares. A frequente identificação de veios boudinados ou com dobras assimétricas posiciona esse estágio como pré- a cedo-cinemático. O estágio de alteração principal (480-590 °C) é caracterizado pela paragênese anfibólio-flogopita-magnetita-pirrotita ± calcita, com extensiva substituição das paragêneses metamórficas e da alteração hidrotermal inicial. Intensa percolação de fluidos nesse estágio resultou em grandes volumes de rocha alterada, segmentadas em zonas distal de largura variada (desde poucos mm em mármore até cerca de 10 m em BIF) e proximal mais estreitas (comumente < 2 m), com BIF exibindo mineralogia comparativamente menos diversa, tipicamente desprovido de granada e filossilicatos. No alvo TAP C, objeto do estudo, pirrotita é o sulfeto predominante, com traços de calcopirita. Outras fases, como loellingita, arsenopirita e esfalerita, são documentadas exclusivamente em mármore e indicam condições de fluido reduzidas. As texturas exibidas pelos minerais hidrotermais posicionam o estágio principal de alteração como sin- a tardi-tectônico. Ouro visível é encontrado em equilíbrio com sulfetos e loellingita assim como com silicatos e óxidos sem contato direto com sulfetos. Isso sugere que a deposição de ouro se deu não somente por sulfetação das rochas hospedeiras, mas também possivelmente por pequenas flutuações de fO2 sem imediata desestabilização de sulfeto no fluido. Diques e stocks de muscovita leucogranito com granada são estéreis e não exibem deformação associada à zona de cisalhamento e são interpretados como posteriores ao evento mineralizador. A assinatura geoquímica Au-Ag-S-Te-Na ± W-Bi-Se-V-Cu-P do fluido mineralizador é compatível com depósitos de ouro orogênico hipozonais descritos na literatura, exceto por Se, V e P. Se exibe altíssima correlação positiva com Te (R = 0.91), havendo sido possivelmente extraído junto com este e S de folhelhos negros piritosos metamorfizados. Adição de V é refletida na abundância de magnetita hidrotermal, cujo significativo volume em zona de alteração proximal é característica singular deste depósito. A alta correlação positiva entre P e W (R = 0.72) também sugere uma fonte comum para ambos os elementos. O depósito de ouro Tucano é, portanto, um sistema mineral do tipo orogênico hipozonal com destacada alteração sódica e desenvolvido sob condições relativamente reduzidas e de baixa atividade de enxofre, como sugerido pela persistência de localmente abundante magnetita hidrotermal em zona proximal.
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Alteração hidrotermal é caracterizada por paragêneses cálcio-silicáticas substituindo minerais metamórficos e transformando a trama da rocha precursora. A fase inicial de alteração (550-600 °C) é dada pela paragênese quartzo-clinopiroxênio-granada ± biotita, turmalina, ilmenita, manifestada sob a forma de veios, lentes e agregados irregulares. A frequente identificação de veios boudinados ou com dobras assimétricas posiciona esse estágio como pré- a cedo-cinemático. O estágio de alteração principal (480-590 °C) é caracterizado pela paragênese anfibólio-flogopita-magnetita-pirrotita ± calcita, com extensiva substituição das paragêneses metamórficas e da alteração hidrotermal inicial. Intensa percolação de fluidos nesse estágio resultou em grandes volumes de rocha alterada, segmentadas em zonas distal de largura variada (desde poucos mm em mármore até cerca de 10 m em BIF) e proximal mais estreitas (comumente < 2 m), com BIF exibindo mineralogia comparativamente menos diversa, tipicamente desprovido de granada e filossilicatos. No alvo TAP C, objeto do estudo, pirrotita é o sulfeto predominante, com traços de calcopirita. Outras fases, como loellingita, arsenopirita e esfalerita, são documentadas exclusivamente em mármore e indicam condições de fluido reduzidas. As texturas exibidas pelos minerais hidrotermais posicionam o estágio principal de alteração como sin- a tardi-tectônico. Ouro visível é encontrado em equilíbrio com sulfetos e loellingita assim como com silicatos e óxidos sem contato direto com sulfetos. Isso sugere que a deposição de ouro se deu não somente por sulfetação das rochas hospedeiras, mas também possivelmente por pequenas flutuações de fO2 sem imediata desestabilização de sulfeto no fluido. Diques e stocks de muscovita leucogranito com granada são estéreis e não exibem deformação associada à zona de cisalhamento e são interpretados como posteriores ao evento mineralizador. A assinatura geoquímica Au-Ag-S-Te-Na ± W-Bi-Se-V-Cu-P do fluido mineralizador é compatível com depósitos de ouro orogênico hipozonais descritos na literatura, exceto por Se, V e P. Se exibe altíssima correlação positiva com Te (R = 0.91), havendo sido possivelmente extraído junto com este e S de folhelhos negros piritosos metamorfizados. Adição de V é refletida na abundância de magnetita hidrotermal, cujo significativo volume em zona de alteração proximal é característica singular deste depósito. A alta correlação positiva entre P e W (R = 0.72) também sugere uma fonte comum para ambos os elementos. O depósito de ouro Tucano é, portanto, um sistema mineral do tipo orogênico hipozonal com destacada alteração sódica e desenvolvido sob condições relativamente reduzidas e de baixa atividade de enxofre, como sugerido pela persistência de localmente abundante magnetita hidrotermal em zona proximal.The Tucano gold deposit (1.8 Moz at 1.7 g/t; Great Panther Mining public NI 43-101 report 2022) in the southeastern portion of the Guiana Shield, is a shear-zone hosted orogenic gold deposit equilibrated under amphibolite facies conditions at mid crustal levels. Main host rocks are marble and banded iron formation (BIF), belonging to the chemical metasedimentary interval of the NW-SE trending, paleoproterozoic Serra do Navio greenstone belt. Peak metamorphic conditions are estimated at temperatures of 570-640 °C and pressures of 4.1 ± 0.6 kbars. Hydrothermal alteration is characterized by skarn-type calc-silicate assemblages replacing metamorphic minerals and overprinting precursors’ fabric. The onset of alteration (550-600 °C) is given by a quartz-clinopyroxene-garnet ± biotite, tourmaline, ilmenite, manifested as veins, lenses and patchy aggregates. The common observation of boudinaged or assymetrically folded veins places the early alteration stage as pre- to early kinematic. The gold-bearing main alteration stage is characterized by the dominant amphibole-phlogopite-magnetite-pyrrhotite ± calcite assemblage, with widespread replacement of peak metamorphic and early hydrothermal assemblages. Enhanced fluid flow at this stage resulted in large volumes of altered rocks assembled into a distal zone of variable width (from few mm in marble up until 10 m in BIF) and a typically narrower proximal zone (usually < 2 m), with BIF alteration assemblage comparatively less varied, usually lacking garnet and phyllosilicates. The ore assemblage at the studied central TAP C orebody is largely dominated by pyrrhotite, with trace chalcopyrite. Additional species, such as loellingite, arsenopyrite and sphalerite are exclusive to the marble host rock and indicate reduced fluid conditions. Ore textures constrain the main stage alteration as syn- to late-tectonic. Visible gold is found in equilibrium with sulfide-arsenide assemblages as well as associated with silicate-oxide minerals with no direct contact with sulfides. This suggests that gold deposition was not only due to sulfidation of the host rocks, but possibly also as a result of small fO2 fluctuations with no immediate sulfur destabilization in the ore fluid. Garnet-bearing muscovite leucogranite dikes and stocks are unmineralized and did not take up shear strain, thus interpreted as postdating the mineralization event. The Au-Ag-S-Te-Na ± W-Bi-Se-V-Cu-P fluid geochemical signature is largely compatible with hypozonal orogenic gold deposits worldwide, except for Se, V and P. Se has a very strong positive correlation with Te (R = 0.91), having possibly been sourced alongside S and Te from sulfidic metapelitic rocks. V gain is reflected in the abundance of V-bearing hydrothermal magnetite, of which high abundances in proximal alteration zone are a unique feature of this deposit. The strong positive correlation between P and W (R = 0.72) also suggests a common source for both elements. The Tucano gold deposit is thus a hypozonal orogenic gold system featuring sodic alteration and developed under relatively reduced conditions and low sulfur activity, as attested by the persistence of locally abundant hydrothermal magnetite in the proximal zone.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilIGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessGeologia econômicaMinérios de ouro – GeologiaFácies (Geologia)Alteração hidrotermal – AmapáTucanoouro orogênicozona de cisalhamentofácies anfibolitopirrotitaGeologia e alteração hidrotermal do depósito aurífero Tucano, NE do Cráton AmazônicoGeological setting and hydrothermal alteration at the Tucano gold deposit, NE Amazon Cratoninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação - Gabriel Soares - Geologia e alteração hidrotermal do depósito aurífero Tucano, NE do Cráton Amazônico.pdfDissertação - Gabriel Soares - Geologia e alteração hidrotermal do depósito aurífero Tucano, NE do Cráton Amazônico.pdfapplication/pdf35351274https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60949/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Gabriel%20Soares%20-%20Geologia%20e%20altera%c3%a7%c3%a3o%20hidrotermal%20do%20dep%c3%b3sito%20aur%c3%adfero%20Tucano%2c%20NE%20do%20Cr%c3%a1ton%20Amaz%c3%b4nico.pdf5ca14cff301a8ac20b55f93d857806dfMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60949/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60949/3/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD531843/609492023-11-14 10:23:46.305oai:repositorio.ufmg.br:1843/60949TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-11-14T13:23:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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