Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wellington Araujo Mendes Junior
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/51431
Resumo: O objetivo desta tese é investigar a variabilidade fonética atestada na produção de formas de plural do Inglês como Segunda Língua (IL2) por falantes brasileiros. A produção de tais formas é avaliada a partir de dois aspectos: (1) alternância de sequências [Cs±] ~ [Cis±] em final de palavra (e.g. cakes [keɪks] ~ *[keɪkis]) e (2) vozeamento da sibilante final (e.g. jobs [dʒɔbz] ~ *[dʒɔps]). Com o intuito de avaliar se uma mudança sonora em curso na língua materna (L1) influencia produções sonoras na segunda língua (L2), também investigamos sequências [Cs±] em emergência no Português Brasileiro (PB), e.g. crepes ['kɾɛ.pis] ~ [kɾɛps] e cheques ['ʃɛ.kis] ~ [ʃɛks]. Este estudo baseia-se, sobretudo, nas predições da Teoria dos Exemplares (JOHNSON, 1997; PIERREHUMBERT, 2001; BYBEE, 2001, 2008, 2016) e da Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos (VERSPOOR; DE BOT; LOWIE, 2011). Também são considerados estudos sobre os efeitos da ortografia na produção sonora em L2 (DELATORRE, 2006; SILVEIRA, 2007; COLANTONI et al., 2015). Metodologicamente, este trabalho se pauta nos pressupostos da Fonologia de Laboratório (PIERREHUMBERT; BECKMAN; LADD, 2000). Os dados foram coletados a partir de gravações da produção oral de vinte falantes brasileiros de inglês como segunda língua. Foram utilizados testes de leitura e de contagem de figuras para as investigações de ambas as línguas. A análise estatística dos dados foi realizada com os testes qui-quadrado de Pearson (χ²), Wilcoxon e Kruskal-Wallis. De modo geral, os resultados indicam que sequências [Cs±] são robustas no PB e no IL2, apontando para a influência de dados empíricos da L1 na produção de padrões sonoros da L2, conforme prevê a Teoria de Exemplares. Em termos de ortografia, os resultados indicam que sequências [Cs±] do inglês são favorecidas pelo padrão ortográfico <Ces> independentemente da presença de input escrito, sugerindo que os falantes têm acesso a padrões ortográficos pré-ativados na cognição. Adicionalmente, constatou-se que o desvozeamento de encontros consonantais em limite de palavra se encontra em curso tanto no PB quanto no IL2. Especificamente no IL2, observamos que os indivíduos fazem uso de dois padrões fonológicos da L1: por vezes vozeiam as sibilantes devido à vogal em sequência (e.g. bags are [bӕɡzɑːr]) e por vezes não as vozeiam devido à dessonorização consonantal (e.g. bags are [bӕksɑːr]), conduzindo à produção de formas-alvo e não alvo. Em termos de Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos, sugerimos que há uma competição entre o contexto fonológico seguinte e o fenômeno de dessonorização consonantal. Os resultados também se alinham às premissas da Teoria de Exemplares, que prevê que o detalhe fonético fino - seja ele associado a padrões sonoros estáveis, alofônicos ou emergentes - é utilizado para a construção das representações fonológicas da L2.
id UFMG_648681d5345d2a5ddaffe875fddc7745
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/51431
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Thaïs Cristófaro Alves da Silvahttp://lattes.cnpq.br/7930553282818807Ubiratã Kickhöfel AlvesClerton BarbosaMaria Mendes CantoniDaniela Mara Lima Oliveira Guimarãeshttps://lattes.cnpq.br/5379564954532489Wellington Araujo Mendes Junior2023-03-31T14:28:55Z2023-03-31T14:28:55Z2023-02-10http://hdl.handle.net/1843/51431O objetivo desta tese é investigar a variabilidade fonética atestada na produção de formas de plural do Inglês como Segunda Língua (IL2) por falantes brasileiros. A produção de tais formas é avaliada a partir de dois aspectos: (1) alternância de sequências [Cs±] ~ [Cis±] em final de palavra (e.g. cakes [keɪks] ~ *[keɪkis]) e (2) vozeamento da sibilante final (e.g. jobs [dʒɔbz] ~ *[dʒɔps]). Com o intuito de avaliar se uma mudança sonora em curso na língua materna (L1) influencia produções sonoras na segunda língua (L2), também investigamos sequências [Cs±] em emergência no Português Brasileiro (PB), e.g. crepes ['kɾɛ.pis] ~ [kɾɛps] e cheques ['ʃɛ.kis] ~ [ʃɛks]. Este estudo baseia-se, sobretudo, nas predições da Teoria dos Exemplares (JOHNSON, 1997; PIERREHUMBERT, 2001; BYBEE, 2001, 2008, 2016) e da Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos (VERSPOOR; DE BOT; LOWIE, 2011). Também são considerados estudos sobre os efeitos da ortografia na produção sonora em L2 (DELATORRE, 2006; SILVEIRA, 2007; COLANTONI et al., 2015). Metodologicamente, este trabalho se pauta nos pressupostos da Fonologia de Laboratório (PIERREHUMBERT; BECKMAN; LADD, 2000). Os dados foram coletados a partir de gravações da produção oral de vinte falantes brasileiros de inglês como segunda língua. Foram utilizados testes de leitura e de contagem de figuras para as investigações de ambas as línguas. A análise estatística dos dados foi realizada com os testes qui-quadrado de Pearson (χ²), Wilcoxon e Kruskal-Wallis. De modo geral, os resultados indicam que sequências [Cs±] são robustas no PB e no IL2, apontando para a influência de dados empíricos da L1 na produção de padrões sonoros da L2, conforme prevê a Teoria de Exemplares. Em termos de ortografia, os resultados indicam que sequências [Cs±] do inglês são favorecidas pelo padrão ortográfico <Ces> independentemente da presença de input escrito, sugerindo que os falantes têm acesso a padrões ortográficos pré-ativados na cognição. Adicionalmente, constatou-se que o desvozeamento de encontros consonantais em limite de palavra se encontra em curso tanto no PB quanto no IL2. Especificamente no IL2, observamos que os indivíduos fazem uso de dois padrões fonológicos da L1: por vezes vozeiam as sibilantes devido à vogal em sequência (e.g. bags are [bӕɡzɑːr]) e por vezes não as vozeiam devido à dessonorização consonantal (e.g. bags are [bӕksɑːr]), conduzindo à produção de formas-alvo e não alvo. Em termos de Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos, sugerimos que há uma competição entre o contexto fonológico seguinte e o fenômeno de dessonorização consonantal. Os resultados também se alinham às premissas da Teoria de Exemplares, que prevê que o detalhe fonético fino - seja ele associado a padrões sonoros estáveis, alofônicos ou emergentes - é utilizado para a construção das representações fonológicas da L2.The aim of this thesis is to investigate the phonetic variability attested during the production of plural forms in English as a Second Language by Brazilian speakers. Production of such forms is evaluated from two aspects: (1) alternation of word-final [Cs±] ~ [Cis±] sequences (e.g. cakes [keɪks] ~ *[keɪkis]) and (2) sibilant voicing (e.g. jobs [dʒɔbz] ~ *[dʒɔps]). In order to assess whether an ongoing L1 sound change influences L2 productions, we also investigated emerging [Cs±] sequences in Brazilian Portuguese (BP), e.g. crepes [kɾɛpis] ~ [kɾɛps] and cheques [ʃɛkis] ~ [ʃɛks]. This study is mainly grounded on the assumptions of Exemplars Theory (JOHNSON, 1997; PIERREHUMBERT, 2001; BYBEE, 2001, 2008, 2016) and Complex Dynamic Systems Theory (VERSPOOR; DE BOT; LOWIE, 2011). Studies on the effects of orthography on L2 speech are also considered (DELATORRE, 2006; SILVEIRA, 2007; COLANTONI et al., 2015). Methodologically, this work is based on the premises of Laboratory Phonology (PIERREHUMBERT; BECKMAN; LADD, 2000). Data collection involved speech recordings of twenty Brazilian speakers of L2 English. Reading and picture counting tests were adtopted for the investigations of both languages. Statistical analyses were performed using Pearson's chi-square (χ²), Wilcoxon and Kruskal-Wallis tests. Overall, results indicate that [Cs±] sequences are robust in both BP and L2 English, pointing to the influence of empirical L1 data on the production of L2 sound patterns, as predicted by Exemplars Theory. In terms of orthography, results indicate that English [Cs±] sequences are favored by the orthographic pattern <Ces> regardless of the presence of written input, suggesting that speakers have access to pre-activated spelling patterns in their cognition. Additionally, it was found that word-final devoicing constitutes an ongoing sound change in both BP and L2 English. We also found that L2 learners tend to borrow two phonological patterns from their L1: sometimes they voice sibilants due to a following word-initial vowel (e.g. bags are [bӕɡzɑːr]) and sometimes they do not voice sibilants due to word-final devoicing (e.g. bags are [ bӕksɑːr]), leading to the production of both target and non-target forms. In terms of Complex Dynamic Systems Theory, we suggest that there is a competition between the following phonological environment and the phenomenon of word-final devoicing. Results are also in line with the assumptions of Exemplars Theory, which predicts that fine phonetic detail - be it associated with stable, allophonic or emerging sound patterns - is used to build L2 phonological representations.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua inglesa – FonéticaLíngua inglesa – Estudo e ensino – Falantes estrangeirosLíngua inglesa – FlexãoAquisição de segunda linguagemVariabilidade fonéticaMudança sonoraInglêsTeoria de ExemplaresTeoria dos Sistemas Dinâmicos ComplexosVariabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda línguaPhonetic variability in the production of plural forms of English as a Second Languageinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALVariabilidade fonética na produção de formas de plural do Inglês como Segunda Língua.pdfVariabilidade fonética na produção de formas de plural do Inglês como Segunda Língua.pdfapplication/pdf5652566https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51431/3/Variabilidade%20fon%c3%a9tica%20na%20produ%c3%a7%c3%a3o%20de%20formas%20de%20plural%20do%20Ingl%c3%aas%20como%20Segunda%20L%c3%adngua.pdff5ee11fb8823f6521a1f56211b9d2e5aMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51431/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/514312023-03-31 11:28:55.719oai:repositorio.ufmg.br:1843/51431TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-03-31T14:28:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Phonetic variability in the production of plural forms of English as a Second Language
title Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
spellingShingle Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
Wellington Araujo Mendes Junior
Variabilidade fonética
Mudança sonora
Inglês
Teoria de Exemplares
Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos
Língua inglesa – Fonética
Língua inglesa – Estudo e ensino – Falantes estrangeiros
Língua inglesa – Flexão
Aquisição de segunda linguagem
title_short Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
title_full Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
title_fullStr Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
title_full_unstemmed Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
title_sort Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua
author Wellington Araujo Mendes Junior
author_facet Wellington Araujo Mendes Junior
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Thaïs Cristófaro Alves da Silva
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7930553282818807
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ubiratã Kickhöfel Alves
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Clerton Barbosa
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria Mendes Cantoni
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Daniela Mara Lima Oliveira Guimarães
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv https://lattes.cnpq.br/5379564954532489
dc.contributor.author.fl_str_mv Wellington Araujo Mendes Junior
contributor_str_mv Thaïs Cristófaro Alves da Silva
Ubiratã Kickhöfel Alves
Clerton Barbosa
Maria Mendes Cantoni
Daniela Mara Lima Oliveira Guimarães
dc.subject.por.fl_str_mv Variabilidade fonética
Mudança sonora
Inglês
Teoria de Exemplares
Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos
topic Variabilidade fonética
Mudança sonora
Inglês
Teoria de Exemplares
Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos
Língua inglesa – Fonética
Língua inglesa – Estudo e ensino – Falantes estrangeiros
Língua inglesa – Flexão
Aquisição de segunda linguagem
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Língua inglesa – Fonética
Língua inglesa – Estudo e ensino – Falantes estrangeiros
Língua inglesa – Flexão
Aquisição de segunda linguagem
description O objetivo desta tese é investigar a variabilidade fonética atestada na produção de formas de plural do Inglês como Segunda Língua (IL2) por falantes brasileiros. A produção de tais formas é avaliada a partir de dois aspectos: (1) alternância de sequências [Cs±] ~ [Cis±] em final de palavra (e.g. cakes [keɪks] ~ *[keɪkis]) e (2) vozeamento da sibilante final (e.g. jobs [dʒɔbz] ~ *[dʒɔps]). Com o intuito de avaliar se uma mudança sonora em curso na língua materna (L1) influencia produções sonoras na segunda língua (L2), também investigamos sequências [Cs±] em emergência no Português Brasileiro (PB), e.g. crepes ['kɾɛ.pis] ~ [kɾɛps] e cheques ['ʃɛ.kis] ~ [ʃɛks]. Este estudo baseia-se, sobretudo, nas predições da Teoria dos Exemplares (JOHNSON, 1997; PIERREHUMBERT, 2001; BYBEE, 2001, 2008, 2016) e da Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos (VERSPOOR; DE BOT; LOWIE, 2011). Também são considerados estudos sobre os efeitos da ortografia na produção sonora em L2 (DELATORRE, 2006; SILVEIRA, 2007; COLANTONI et al., 2015). Metodologicamente, este trabalho se pauta nos pressupostos da Fonologia de Laboratório (PIERREHUMBERT; BECKMAN; LADD, 2000). Os dados foram coletados a partir de gravações da produção oral de vinte falantes brasileiros de inglês como segunda língua. Foram utilizados testes de leitura e de contagem de figuras para as investigações de ambas as línguas. A análise estatística dos dados foi realizada com os testes qui-quadrado de Pearson (χ²), Wilcoxon e Kruskal-Wallis. De modo geral, os resultados indicam que sequências [Cs±] são robustas no PB e no IL2, apontando para a influência de dados empíricos da L1 na produção de padrões sonoros da L2, conforme prevê a Teoria de Exemplares. Em termos de ortografia, os resultados indicam que sequências [Cs±] do inglês são favorecidas pelo padrão ortográfico <Ces> independentemente da presença de input escrito, sugerindo que os falantes têm acesso a padrões ortográficos pré-ativados na cognição. Adicionalmente, constatou-se que o desvozeamento de encontros consonantais em limite de palavra se encontra em curso tanto no PB quanto no IL2. Especificamente no IL2, observamos que os indivíduos fazem uso de dois padrões fonológicos da L1: por vezes vozeiam as sibilantes devido à vogal em sequência (e.g. bags are [bӕɡzɑːr]) e por vezes não as vozeiam devido à dessonorização consonantal (e.g. bags are [bӕksɑːr]), conduzindo à produção de formas-alvo e não alvo. Em termos de Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos, sugerimos que há uma competição entre o contexto fonológico seguinte e o fenômeno de dessonorização consonantal. Os resultados também se alinham às premissas da Teoria de Exemplares, que prevê que o detalhe fonético fino - seja ele associado a padrões sonoros estáveis, alofônicos ou emergentes - é utilizado para a construção das representações fonológicas da L2.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-03-31T14:28:55Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-03-31T14:28:55Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-02-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/51431
url http://hdl.handle.net/1843/51431
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51431/3/Variabilidade%20fon%c3%a9tica%20na%20produ%c3%a7%c3%a3o%20de%20formas%20de%20plural%20do%20Ingl%c3%aas%20como%20Segunda%20L%c3%adngua.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51431/4/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f5ee11fb8823f6521a1f56211b9d2e5a
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676766250532864