Influência do calor sobre a máxima fase estável do lactato, concentração fixa de 4mM e limiar anaeróbio individual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cristiano Lino Monteiro de Barros
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/KMCG-7ZXHFP
Resumo: A máxima fase estável do lactato (MFEL) é considera por alguns autores como opadrão ouro da aptidão aeróbia. É bem estabelecido que a lactatemia é maior emexercícios realizados no calor, embora o mecanismo responsável por tal respostaainda não esteja bem definido, sendo que alguns autores considerem a maiorconcentração de adrenalina no calor, como a principal causa. A MFEL já foiestudada em diversas situações experimentais, no entanto, ainda não se sabe se atemperatura ambiente influencia a MFEL. Desta forma, o objetivo do presente estudofoi verificar a influência do calor sobre a MFEL e a intensidade da MFEL (MFELw). Aamostra foi composta por nove homens jovens, estudantes de educação física (24,2± 2,5 anos; 74,99 ± 7,40 kg; 178,7 ± 4,0 cm; 48,07 ± 4,63 mLkg-1min-1). A MFEL foideterminada em cicloergômetro, dentro de uma câmara ambiental, em duassituações: quente (temperatura seca de 40°C; MFEL-40) e temperada (temperaturaseca de 22°C; MFEL-22), ambas com umidade relativa do ar a 50%. Em cadasituação experimental os voluntários realizaram um teste progressivo máximo (P22ºCe P40ºC) seguido de três a cinco testes submáximos (Tsub). Tanto o P22ºC quanto oP40ºC iniciaram com uma potência de 60W e tiveram acréscimos de 15W a cada trêsminutos. Os Tsub tiveram duração de 30 minutos, com a intensidade inicialcorrespondente a 3,5mM determinada nos testes máximos. As intensidadessubseqüentes foram ajustadas de acordo com o resultado do primeiro Tsub. A MFELfoi determinada pela maior intensidade na qual a concentração sangüínea de lactato([Lac]) não variou mais do que 1mM entre o minuto 10 e 30 de exercício. A MFEL-22foi maior do que a MFEL-40 (5,60 ± 0,26 e 4,22 ± 0,48 mM, respectivamente;p<0,05) e, além disso, não houve correlação significativa entre a MFEL-22 e aMFEL-40 (r= 0,13). A MFELw foi maior no ambiente temperado quando comparadaao ambiente quente (180 ± 32 e 148 ± 33W, respectivamente; p<0,05). A MFELw-22°C apresentou uma correlação significativa com a MFELw-40°C (r=0,80, p<0,05).Os resultados mostraram que o maior acúmulo de lactato no calor promove aredução da MFELw e que ajustes na carga de treinamento devem ser feitos quandoa MFEL é utilizada como critério para determinação da intensidade do treinamento.
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A MFEL foideterminada em cicloergômetro, dentro de uma câmara ambiental, em duassituações: quente (temperatura seca de 40°C; MFEL-40) e temperada (temperaturaseca de 22°C; MFEL-22), ambas com umidade relativa do ar a 50%. Em cadasituação experimental os voluntários realizaram um teste progressivo máximo (P22ºCe P40ºC) seguido de três a cinco testes submáximos (Tsub). Tanto o P22ºC quanto oP40ºC iniciaram com uma potência de 60W e tiveram acréscimos de 15W a cada trêsminutos. Os Tsub tiveram duração de 30 minutos, com a intensidade inicialcorrespondente a 3,5mM determinada nos testes máximos. As intensidadessubseqüentes foram ajustadas de acordo com o resultado do primeiro Tsub. A MFELfoi determinada pela maior intensidade na qual a concentração sangüínea de lactato([Lac]) não variou mais do que 1mM entre o minuto 10 e 30 de exercício. A MFEL-22foi maior do que a MFEL-40 (5,60 ± 0,26 e 4,22 ± 0,48 mM, respectivamente;p<0,05) e, além disso, não houve correlação significativa entre a MFEL-22 e aMFEL-40 (r= 0,13). A MFELw foi maior no ambiente temperado quando comparadaao ambiente quente (180 ± 32 e 148 ± 33W, respectivamente; p<0,05). A MFELw-22°C apresentou uma correlação significativa com a MFELw-40°C (r=0,80, p<0,05).Os resultados mostraram que o maior acúmulo de lactato no calor promove aredução da MFELw e que ajustes na carga de treinamento devem ser feitos quandoa MFEL é utilizada como critério para determinação da intensidade do treinamento.Maximal lactate steady state (MLSS) is considered by some authors as the goldstandard of endurance capacity. It is well established that the blood lactateconcentration (BLC) is higher in exercise performed in the heat and although themechanism responsible for this response is not clear, some authors point out thathigher blood adrenaline concentration may be the main cause. The MLSS has beenwidely studied in various experimental situations. However, the influence of ambienttemperature on MLSS has not been established yet. Thus, the purpuse of this studywas to verify the influence of heat on MLSS and MLSS intensity (MLSSw). Nineyoung male physical education students (24.2 ± 2.5 years; 74.99 ± 7.40 kg; 178.7 ±4.0 cm; 48.07 ± 4.63 mLkg-1min-1) volunteered for the study. MLSS was determinedon a cycle ergometer, inside of an environmental chamber in two experimentalsituations: hot (dry bulb temperature 40°C; MFEL-40) and temperate (dry bulbtemperature 22°C; MFEL-22), both with a relative humidity of 50%. In eachexperimental situation, the subjects performed a graded exercise test (P22ºC e P40ºC)and three to five submaximal tests (Tsub). Both the P22ºC and the P40ºC started with apower output of 60W and had increments of 15W every three minutes. The Tsub were30min long, and the first load was the intensity corresponding to 3,5mM of lactatedetermined in the graded exercise tests. The following intensities were adjustedaccording to the result of the first Tsub. The MLSS was determined as the highestintensity maintained in which the BLC did not increase more than 1mM betweenminutes 10 and 30 of exercise. MLSS-22 was higher than MLSS-40 (5.60 ± 0.26 e4.22 ± 0.48 mM, respectively; p<0.05) and no significant correlation was foundbetween MLSS-22 and MLSS-40 (r= 0.13). The MLSSw was higher in the temperatewhen compared to the hot environment (180 ± 32 e 148 ± 33W, respectively;p<0.05). The MLSSw-22 presented a high correlation with MLSS-40 (r=0.80, p<0.05).The results show that a higher lactate accumulation in the heat reduces the MLSSwand that adjustments in the training load should be done when the MLSS is used asthe criteria to determine the intensity of training sessions.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGExercícios físicos Aspectos fisiológicosLimiar anaeróbioMediçãoLactatosCalorEducação físicacalormáxima fase estável do lactatolimiar anaeróbio individualInfluência do calor sobre a máxima fase estável do lactato, concentração fixa de 4mM e limiar anaeróbio individualinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_cristiano_lino_1.pdfapplication/pdf450795https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCG-7ZXHFP/1/disserta__o_cristiano_lino_1.pdf683e0a99b3020a190ccaab1e605e247cMD51TEXTdisserta__o_cristiano_lino_1.pdf.txtdisserta__o_cristiano_lino_1.pdf.txtExtracted texttext/plain164184https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCG-7ZXHFP/2/disserta__o_cristiano_lino_1.pdf.txt54b3d1c0fe271bfa291225708f9ad9c2MD521843/KMCG-7ZXHFP2019-11-14 12:05:46.393oai:repositorio.ufmg.br:1843/KMCG-7ZXHFPRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:05:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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