Início tardio da terapia anti-retroviral entre pacientes acompanhados em dois serviços públicos de referência para o HIV/Aids em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jose Roberto Maggi Fernandes
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7FSPCM
Resumo: Introdução: A terapia anti-retroviral (TARV) para pacientes com HIV/aids resultou em melhorias na qualidade de vida e aumento da sobrevida de pacientes com HIV/aids. O momento ideal de início da TARV tem sido motivo de debates. Estudos apontam que o início tardio da TARV para pacientes com contagem de Linfócitos T CD4+ (LTCD4) menor do que200 células/mm ocasiona aumento das taxas de 3 mortalidade e de progressão para aids. Diversos consensos têm recomendado o início do tratamento para todo indivíduo com LTCD4 menor do que 350 células/mm3 ou presença de manifestações clínicas de imunodeficiência grave. Entretanto, apesar das recomendações dos consensos e do acesso gratuito e universal à TARV, ao monitoramento e ao acompanhamento especializado para pacientes infectados peloHIV no Brasil, os anti-retrovirais (ARV) são iniciados em uma fase avançada da doença para grande parte dos pacientes. Objetivo: Verificar a prevalência do início tardio da TARV entre indivíduos infectados pelo HIV e seus fatores associados, em Belo Horizonte (MG), Brasil,2001-2003. Métodos: Estudo de corte transversal com 310 pacientes inscritos em dois serviços públicos de referência, com indicação para TARV segundo as recomedações do Ministério da Saúde. O atraso no início da TARV foi avaliado por meio de dados obtidos de prontuários médicos e de entrevista basal semi-estruturada realizada no momento da primeira prescrição de ARV. Início tardio da TARV foi definido como ter contagem de LTCD4 menor do que 200 células/mm3 ou apresentar alguma manifestação clínica associada ao HIV indicativa de imunodeficiência grave no momento da primeira prescrição de anti-retrovirais (Categoria C; CDC, 1992). A magnitude de associação foi estimada pela odds ratio, com intervalo de confiança de 95%. Análise multivariada foi conduzida por regressão logística. O nível de significância considerado foi 0,05. Resultados: Dentre os 310 participantes, a maioria era do sexo masculino (63,9%) e não possuía plano de saúde (76,1%). Cerda de 37% dos indivíduos encontravam-se desempregados. Mais de um quarto dos indivíduos iniciaramacompanhamento em serviços de saúde 90 dias após diagnóstico de infecção pelo HIV e 75,2% iniciaram a TARV em menos de 4 meses após a primeira consulta médica. A maioria dos entrevistados (63,5%) relatou a realização de anti-HIV por indicação de algum profissional de saúde. Mais da metade dos indivíduos não realizou contagem de carga viral para HIV antes o início da TARV, como recomendado. A prevalência de início tardio da TARV foi de 68,4%. A análise multivariada indicou que desemprego, realizar anti-HIV por indicação de profissional de saúde, realizar menos de 2 consultas no serviço até 6 meses antes do início da TARV e tempo entre primeira consulta por causa do HIV e início da TARVmenor do que 120 dias estiveram associados de forma independente com início tardio da TARV. Conclusões: Foi consideravelmente alta a prevalência do início tardio da TARV. A associação entre desemprego e início dos ARV na fase avançada da doença pode indicar dificuldade de acesso a exames diagnósticos e dificuldade de manter acompanhamento clínico regular. Além disso, a realização do teste anti-HIV por indicação de profissional de saúde pode sugerir uma dificuldade de percepção de risco por esta população. Por último, aassociação das variáveis realizar menos de duas consultas nos seis meses antes da TARV e tempo menor que 120 dias entre a primeira consulta e início dos ARV com o evento aponta para uma apresentação tardia dos pacientes nos serviços de saúde. Deve-se considerar apossibilidade de realização rotineira do anti-HIV nos serviços de saúde para todo paciente de 13 a 64 anos, visando o diagnóstico precoce e, conseqüentemente, o início do acompanhamento e tratamento anti-retroviral em tempo adequado para aqueles com resultado positivo, assim como estudos que investiguem o custo-benefício desta medida. Estas estratégias devem ser conjugadas com um adequado acolhimento dos indivíduos nos serviços e aconselhamento para mudanças de comportamentos de risco.
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Entretanto, apesar das recomendações dos consensos e do acesso gratuito e universal à TARV, ao monitoramento e ao acompanhamento especializado para pacientes infectados peloHIV no Brasil, os anti-retrovirais (ARV) são iniciados em uma fase avançada da doença para grande parte dos pacientes. Objetivo: Verificar a prevalência do início tardio da TARV entre indivíduos infectados pelo HIV e seus fatores associados, em Belo Horizonte (MG), Brasil,2001-2003. Métodos: Estudo de corte transversal com 310 pacientes inscritos em dois serviços públicos de referência, com indicação para TARV segundo as recomedações do Ministério da Saúde. O atraso no início da TARV foi avaliado por meio de dados obtidos de prontuários médicos e de entrevista basal semi-estruturada realizada no momento da primeira prescrição de ARV. Início tardio da TARV foi definido como ter contagem de LTCD4 menor do que 200 células/mm3 ou apresentar alguma manifestação clínica associada ao HIV indicativa de imunodeficiência grave no momento da primeira prescrição de anti-retrovirais (Categoria C; CDC, 1992). A magnitude de associação foi estimada pela odds ratio, com intervalo de confiança de 95%. Análise multivariada foi conduzida por regressão logística. O nível de significância considerado foi 0,05. Resultados: Dentre os 310 participantes, a maioria era do sexo masculino (63,9%) e não possuía plano de saúde (76,1%). Cerda de 37% dos indivíduos encontravam-se desempregados. Mais de um quarto dos indivíduos iniciaramacompanhamento em serviços de saúde 90 dias após diagnóstico de infecção pelo HIV e 75,2% iniciaram a TARV em menos de 4 meses após a primeira consulta médica. A maioria dos entrevistados (63,5%) relatou a realização de anti-HIV por indicação de algum profissional de saúde. Mais da metade dos indivíduos não realizou contagem de carga viral para HIV antes o início da TARV, como recomendado. A prevalência de início tardio da TARV foi de 68,4%. A análise multivariada indicou que desemprego, realizar anti-HIV por indicação de profissional de saúde, realizar menos de 2 consultas no serviço até 6 meses antes do início da TARV e tempo entre primeira consulta por causa do HIV e início da TARVmenor do que 120 dias estiveram associados de forma independente com início tardio da TARV. Conclusões: Foi consideravelmente alta a prevalência do início tardio da TARV. A associação entre desemprego e início dos ARV na fase avançada da doença pode indicar dificuldade de acesso a exames diagnósticos e dificuldade de manter acompanhamento clínico regular. Além disso, a realização do teste anti-HIV por indicação de profissional de saúde pode sugerir uma dificuldade de percepção de risco por esta população. Por último, aassociação das variáveis realizar menos de duas consultas nos seis meses antes da TARV e tempo menor que 120 dias entre a primeira consulta e início dos ARV com o evento aponta para uma apresentação tardia dos pacientes nos serviços de saúde. Deve-se considerar apossibilidade de realização rotineira do anti-HIV nos serviços de saúde para todo paciente de 13 a 64 anos, visando o diagnóstico precoce e, conseqüentemente, o início do acompanhamento e tratamento anti-retroviral em tempo adequado para aqueles com resultado positivo, assim como estudos que investiguem o custo-benefício desta medida. Estas estratégias devem ser conjugadas com um adequado acolhimento dos indivíduos nos serviços e aconselhamento para mudanças de comportamentos de risco.Introduction: The development of combination antiretroviral therapy (ART) has improved the quality of life and survival of patients living with HIV/AIDS. Many authors have shown that patients initiating ART with a CD4+ lymphocyte-T count (CD4 count) lower than 200 cells/mm is 3 associated with higher mortality rates and faster development of AIDS. Various guidelin s have recommended initiating ART for every patient with CD4 count lower than 350 cells/mm3 or clinical symptoms of severe immunodepression. Although the well-defined recommendations for ART initiation and the free access to ART and the availability of specialized clinical care for HIV-infected patients in Brazil, ART has been initiated in an advanced clinical stage for a significant proportion of patients. Objective: To verify the prevalence of delayed ART initiation and associated factors among HIV-infected in Belo Horizonte (MG), Brazil, 2001-2003. Methods: Cross-sectional study with 310 patientsenrolled in two public health centers who were initiating ART according to the Brazilian Ministry of Health guidelines. Delayed ART initiation was evaluated using data extracted from medical chart and semi-structured interview applied just after the first antiretroviral prescription. We defined delayed ART as initiating treatment with CD4 count lower than 200 cells/mm3 or clinical symptoms of HIV-associated severe immunodepression at the time of first antiretroviral prescription (Clinical category C; CDC, 1992). The magnitude of the associations was estimated using odds ratio with confidence interval of 95%. Multivariateanalysis was conducted using logistic regression. Level of significance considered was 0.05. Results: Among the 310 participants, most of them were male (63.9%) and did not have health insurance (76.1%). Approximately 37% of them were unemployed. More than one quartile of the individuals initiated clinical follow-up in the health services 90 days after being diagnosed with HIV infection and 75.2% started ART less than 4 months after the first medical visit. Most of the interviewees (63.5%) reported being tested for HIV because of health professional advice. More than one half of participants have no record of HIV-viral load before initiating ART as recommended. The prevalence of delayed ART initiation vas 68.4%. Multivariate analysis indicated that unemployment, being tested for HIV because of health professional advice, to have less than two medical visits during six months prior to ART initiation and time between first medical visit in the service and ART initiation less than120 days were independently associated with delayed ART initiation. Conclusions: The prevalence of delayed ART initiation was remarkably high in our sample. The association between unemployment and delayed ART initiation can indicate difficulty of access to laboratory monitoring and regular clinical follow-up. Moreover, being tested for HIV because of health professional advice suggests low self-perception for acquiring HIV infection by these participants. Finally, the association of variables such as less than two medical visits during the six months prior to ART initiation and time between first medical visit in the service and ART initiation lower than 120 days with the event could reflect late initiation of care for HIV/aids. Our results suggest that every patient 13 to 64 years-old should be offered HIV testing as this action could increase the rate of early HIV infection diagnosis and, consequently, those patients who tested positive could benefit from follow-up and antiretroviral therapy at adequate time. More studies evaluating the cost-benefit of that actionare necessary. These strategies should be done together with an adequate sheltering of the patients at the health services and counseling regarding risk behavior changes.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTerapia anti-retroviral de alta atividadeSíndrome de imunodeficiência adquirida/quimioterapiaLinfócitos T CD4-PositivosAnti-retrovirais/uso terapêuticoSíndrome de imunodeficiência adquirida/diagnósticoHIV/AidsTerapia anti-retroviralLinfócitos T CD4+Início tardioInício tardio da terapia anti-retroviral entre pacientes acompanhados em dois serviços públicos de referência para o HIV/Aids em Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALvolume_final.pdfapplication/pdf372998https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7FSPCM/1/volume_final.pdf069c3cb562f9071fed83f8cf7353f5fcMD51TEXTvolume_final.pdf.txtvolume_final.pdf.txtExtracted texttext/plain103280https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7FSPCM/2/volume_final.pdf.txt2f9fa13b39af9d422a9f85894ac7c17cMD521843/ECJS-7FSPCM2019-11-14 16:28:53.555oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7FSPCMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:28:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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