Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling 2022-05-27T22:26:17Z2022-05-27T22:26:17Z201712352422594-5149http://hdl.handle.net/1843/42066Discussões e achados a partir dos clássicos autores advindos da Sociologia da Infância (Prout, com o seu conceito de “agência”, Corsaro sobre a “reprodução interpretativa”, Qvortrup com a “categoria estrutural” e Sarmento, sobre as “culturas infantis”) vem fomentando o uso da “etnografia” ou “perspectivas etnográficas” como métodos das pesquisas com crianças. Tais possibilidades metodológicas se mostram relevantes para as pesquisas no campo interdisciplinar dos Estudos da Infância. No entanto, o processo de chegada ou entrada no campo parece ser pouco discutido nos textos de metodologia de pesquisa ou mesmo nos estudos empíricos. O objetivo deste trabalho é discutir a experiência de se chegar ao campo de nossas pesquisas com crianças. Trata-se de duas pesquisas nível doutorado, com objetivos bem distintos e que se encontram na fase final do processo de chegada no campo. Ambas são de natureza qualitativa, utilizam como metodologia de pesquisa a perspectiva etnográfica e possuem dispositivos metodológicos muito semelhantes: observação participante, registro em diário de campo com posterior expansão de notas, registros em mídia (fotos, áudios e vídeos) e utilização de desenhos das crianças. Com o mesmo rigor metodológico, tratamos as conversas (ditas) informais como fontes férteis na rotina das pesquisas. As duas pesquisas são realizadas em escolas distintas que pertencem à Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte: uma Unidade Municipal de Educação Infantil e uma Escola Municipal de Ensino Fundamental. Em uma das pesquisas, o objetivo é entender os usos e as apropriações da cidade pelas crianças (5 anos) que circulam por ela no tempo/espaço institucional da Educação Infantil; enquanto que na outra, o objetivo é entender as práticas de cuidado com as crianças recém-chegadas ao Ensino Fundamental de tempo integral (6 anos). Inicialmente cabe destacar que entrar na vida de outras pessoas representa a possibilidade de se tornar um “intruso”, portanto faz-se necessário obter “permissão”, que vai além da que é dada sob as formas de consentimento habituais. Nesse sentido, a entrada inicial e sua permanência no campo foram negociadas com as crianças e com os adultos das escolas, mas percebemos que tal entrada é, de fato, rotineira. Afinal, a escola se faz dia após dia e precisamos estar atentos como ela se encontra naquele dia que a visitamos, respeitando que ambos, crianças e adultos, podem estar em um dia menos ou mais favorável para observarmos nossos objetos de pesquisa. Uma vez bem vindos, os desafios, as tensões, os anseios e as sensações foram se constituindo para nós pesquisadores. Elencamos três categorias para discuti-los, mas que se encontram imbricadas, sendo uma maneira apenas de organizar tais achados até o momento: 1) tensões e sentimentos dos pesquisadores; 2) a relação com os adultos; 3) a relação com as crianças. No primeiro, a alegria de iniciar o campo se sentindo no lugar certo, mas também incertezas, insegurança com algumas situações e cansaço. Já no segundo tópico, destacamos o acolhimento em ambas as escolas, o diálogo constante e a frequente indicação de que éramos “mais um adulto ali”, mas também o sentimento de invisibilidade em certos momentos, talvez pelo ritmo acelerado da escola. Quanto ao terceiro, a ansiedade de conhecer as crianças se materializou rapidamente em uma aproximação positiva e divertida, com a cautela de não nos posicionarmos nesta relação somente (pois em certos momentos, precisamos intervir) na figura disciplinar do adulto. Espera-se que, com as discussões apontadas, possamos contribuir com os estudos que tem como foco as experiências das crianças e de seus pares na escola, que são anunciadas na relação com os adultos, sejam eles os responsáveis, pais, pesquisadores, professores, coordenadores, funcionários e direção.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilCP - CENTRO PEDAGOGICO - 1o.GRAUCongresso de Estudos da Infância: Diálogos ContemporâneosEducação infantilEnsino fundamentalEspaços públicosInfânciasExperiênciasPesquisaEducaçãoA chegada no campo de pesquisa: entre os bem-vindos e os desafios para anunciar as experiências das infânciasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttps://ed7178e9-e07a-4aa1-ae14-943c8bef7bb0.filesusr.com/ugd/11e5f9_128aa6da86544d6ba077db2e5d4e3663.pdfTúlio CamposAline Regina Gomesapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42066/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALA chegada no campo de pesquisa_entre os bem-vindos e os desafios para anunciar as experiências das infâncias.pdfA chegada no campo de pesquisa_entre os bem-vindos e os desafios para anunciar as experiências das infâncias.pdfapplication/pdf170233https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42066/2/A%20chegada%20no%20campo%20de%20pesquisa_entre%20os%20bem-vindos%20e%20os%20desafios%20para%20anunciar%20as%20experi%c3%aancias%20das%20inf%c3%a2ncias.pdf43d7b00d1a9ae602305f905aa5ff860aMD521843/420662022-05-27 19:26:18.207oai:repositorio.ufmg.br:1843/42066TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-27T22:26:18Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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