spelling |
Adriane Mesquita de MedeirosAda Avila AssuncaoAda Avila AssuncaoAna Cristina Cortes GamaLeticia Caldas TeixeiraLuciana Daniella Lages2019-08-10T04:12:48Z2019-08-10T04:12:48Z2017-03-13http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AP2S4WIntrodução: Dentre as morbidades associadas à atividade docente estão os problemas de voz que provocam limitações no desempenho do trabalho e afastam o professor das salas de aula. A literatura registra a relevância desses problemas para a categoria e diferenças na prevalência entre homens e mulheres. Objetivos: verificar a produção científica nos últimos dez anos sobre a frequência e os fatores associados às faltas ao trabalho por problemas de voz e descrever diferenças, quanto a questões de gênero, entre professores da Educação Básica no Brasil que se afastaram do trabalho por esse motivo. Métodos: Revisão bibliográfica de artigos no período de 2005 a 2015 e estudo transversal com amostra estratificada e selecionada por escolha aleatória simples de professores da Educação Básica do Brasil. A coleta de dados ocorreu em entrevistas telefônicas no período de outubro de 2015 a março de 2016. Foi realizada análise descritiva e inferencial para verificar a ausência dos professores por problema de voz, segundo o gênero, e verificar a associação com as características sociodemográficas e relacionadas ao trabalho. Resultados: Na revisão da literatura foram encontrados 15 artigos de estudos transversais e quantitativos. A frequência de faltas ao trabalho por problemas de voz entre professores variou entre 3,5% a 63%. Os fatores associados a essas faltas foram: sexo feminino queixa vocal durante a formação profissional, relatos de violência, depressão ou ansiedade, problemas respiratórios, impacto negativo e gravidade dos distúrbios da voz na vida do professor. Os resultados da pesquisa de campo mostraram que entre os professores que faltaram ao trabalho por problemas de voz (n=1029) 328 eram homens (31,9 %) e 701 mulheres (68,1%). Entre mulheres e homens predominaram, respectivamente, aqueles com idade de até 44 anos (66,4% e 75,1%). A maioria dos professores que faltaram tinham companheiros e um ou mais filhos, não havendo diferença estatisticamente significante entre homens e mulheres. Em relação ao número de filhos menores de 10 anos de idade, a proporção de homens foi maior (39,7% vs 29,6% p=0,005), tendo eles, informado, contudo, realizar tarefas domésticas com menor frequência que as mulheres (40,9% vs 72,0% p<0,001). A proporção de homens com carga horária de trabalho superior a 40 horas semanais (35,2% vs 28,7% p=0,013) foi maior que a de mulheres. Mais professores do sexo masculino relataram trabalhar em mais de uma escola (63,6% vs 55,3% p=0,016) e exercer atividade em outro setor (19,3% contra 7,8% p<0,001), além de receberem mais de três salários mínimos na escola sorteada (41,3% vs 30,1% p=0,001). Os resultados mostraram associação entre as faltas ao trabalho por problema de voz de professoras e professores com as variáveis faixa etária, frequência de realização de tarefas domésticas, número de filhos menores de 10 anos, trabalhar em outra escola, total de horas semanais de trabalho em escolas, trabalhar em outro setor e remuneração. Conclusão: Há considerável aumento de publicações científicas sobre o tema, mas ainda existem lacunas sobre a prevalência de faltas ao trabalho por problemas de voz e fatores associados. As ausências por esses problemas acometem principalmente as professoras. Houve diferença estatisticamente significativa entre professores quanto aos aspectos sociodemográficos, de trabalho e emprego. Professores homens que se afastaram de suas atividades docentes por causa da voz apresentaram características da vida pessoal e de trabalho distintas das professoras. As configurações das identidades masculina e feminina influenciam na divisão do trabalho entre professores e professoras e indicam a contribuição das questões de gênero no adoecimento e na decisão de faltar ao trabalho por problema de voz.Introduction: Among the morbidities associated with teaching activity are the voice problems which can cause limitations in work performance and keep the teacher away from the classrooms. The literature shows the relevance of these problems in this category and points out differences in the prevalence between men and women. Objectives: To verify the scientific production in the last ten years about the frequency and factors associated with absences from work due to voice problems and to describe differences between teachers of Basic Education in Brazil who have left work for this reason. Methods: Bibliographic review of articles from 2005 to 2015 and a cross-sectional study with stratified sample selected by simple random selection of Brazilian Basic Education teachers. Data collection was performed between October 2015 and March 2016 through telephone interviews. Descriptive analysis with numerical synthesis and percentage and chi-square test were performed for verifying associations with gender. Results: In the literature review 15 cross-sectional and quantitative studies articles were found. The frequency of teacher absences due to voice problems ranged from 7 to 63%. Factors associated with these faults were: female gender, vocal complaint during professional training, reports of violence, depression or anxiety, respiratory problems, negative impact and severity of voice disorders in the teacher's life. Field survey results showed that among teachers who missed work because of voice problems (n=1039) 328 were men (31.9%) and 701 women (68.1%). Considering age, those aged up to 44 years (66.4% women and 75.1% men) have predominated. Most of the missing teachers had companions and one or more children. There was no difference statistically significant in gender. In relation to the number of children younger than 10 yearsold, the proportion of men was higher (39.7% vs 29.6%, p = 0.005). However, they eported to have performed household tasks less frequently than women did (40.9% vs. 72,0%, p <0.001). The proportion of men having workload up to 40 hours per week (35.2% vs 28.7% p = 0.013) was higher than the womens. The number of male teachers who reported to work in more than one school (63.6% vs 55.3% p = 0.016),was higher. This group has also reported to have another professional activity in a different sector (19.3% vs. 7.8% p <0.001), and to receivei more than three minimum wages in the selected school (41.3% vs 30.1% p = 0.001). The results have shown association between the absences of male and female teachers, and teachers' voice problems for the variables: age group, frequency of household tasks, number of children under 10 years old, to work in another school, total weekly hours of work in schools, to work in another sector and remuneration. Conclusion: There is a considerable increase in scientific publications on the subject, but there are still gaps in the prevalence of work-related absences due to voice problems and associated factors. The absences for these problems affect mainly the female teachers. There was a statistically significant difference among teachers regarding sociodemographic, work and employment aspects. Male teachers who moved away from their teaching activities because of their voice presented characteristics of personal and working life distinct from the teachers. The configurations of masculine and feminine identities influence the division of labor between male and female teacher indicate the contribution of gender issues in illness and the decision to absent from work due to voice problem.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFonoaudiologiaDistúrbios da vozIdentidade de gêneroDocentesAbsenteísmoRecorte de gênero, problemas de voz e faltas dos professores ao trabalho nas Escolas da Educação Básica no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_luciana_moselli.pdfapplication/pdf2068566https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AP2S4W/1/disserta__o_final_luciana_moselli.pdfbd32d96d52f2698ea3522c889d4b1f64MD51TEXTdisserta__o_final_luciana_moselli.pdf.txtdisserta__o_final_luciana_moselli.pdf.txtExtracted texttext/plain132088https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AP2S4W/2/disserta__o_final_luciana_moselli.pdf.txt10cc786e5a7fc26e829c5b6e5ba8342bMD521843/BUOS-AP2S4W2020-01-30 16:52:08.272oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AP2S4WRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-30T19:52:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
|