Ingestão e estado nutricional de selênio de fenilcetonúricos de 4 a 10 anos de idade em tratamento no serviço especial de genética do Hospital das Clínicas da UFMG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Michelle Rosa Andrade Alves
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84JH9J
Resumo: O objetivo principal do estudo foi avaliar a ingestão alimentar e o estado nutricional de selênio em pacientes com fenilcetonúria (PKU). Foram avaliados prospectivamente 54 pacientes fenilcetonúricos, com idades entre quatro e dez anos de idade, diagnosticados e tratados precocemente e sem doenças associadas. O estudo foi realizado em duas fases, ou seja, antes e após uso de mistura de aminoácidos complementada com selênio. A coleta de dados para a segunda fasedo estudo ocorreu, no mínimo, 90 dias após a utilização da mistura de aminoácidos complementada com o mineral. O estado nutricional de selênio foi avaliado por meio de análise de parâmetros bioquímicos e alimentares. Para avaliar a ingestão alimentar de selênio foi aplicado, na primeira fase, um Questionário de Freqüência Alimentar Quantitativo (QFAQ) adaptado para a população em estudo. Quanto aos parâmetros bioquímicos foram coletadas amostras de sangue para análise deselênio sérico, glutationa peroxidase (GPX) no eritrócito, tiroxina livre (T4L) no soro e fenilalanina (phe) sanguínea, antes e após o uso de mistura de aminoácidos complementada com selênio. A média de idade das crianças foi de 7,0 ± 1,8 anos e 35,2% eram do sexo feminino. O tempo médio de complementação de selênio em fórmula especial foi de 122,2 ± 25,1 dias. A mistura de aminoácidos complementada com o mineral representou 72,9% da oferta diária de selênio. Após a complementação de selênio, a concentração sérica média de selênio sérico e GPX no eritrócito tiveram um aumento significativo (p<0,05) com correlação significativa (p<0,05) entre esses dois parâmetros antes e após a complementação com o mineral. A ingestão média de selênio aumentou significativamente (p<0,001) alcançando o recomendado pela DRI. A concentração média de T4 Livre no soro dos pacientes estava normal, apesar de nove pacientes terem dosagens acima do limite máximo de referência. Houve uma redução significativa (p<0,001) dessas concentrações em todos os pacientes após o uso da mistura de aminoácidos complementada com selênio. Foi encontrada correlação estatisticamente significativa entre as concentrações de selênio sérico e GPX nos eritrócitos e as concentrações de T4L antes do uso da mistura de aminoácidos complementada com o mineral. Os resultados deste trabalho demonstraram que a complementação de selênio por meio de substituto protéico foi eficaz, portanto, justifica-se a recomendação, complementação e a continuidade do uso de substitutos protéicoscomplementados com selênio no tratamento da PKU.
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Para avaliar a ingestão alimentar de selênio foi aplicado, na primeira fase, um Questionário de Freqüência Alimentar Quantitativo (QFAQ) adaptado para a população em estudo. Quanto aos parâmetros bioquímicos foram coletadas amostras de sangue para análise deselênio sérico, glutationa peroxidase (GPX) no eritrócito, tiroxina livre (T4L) no soro e fenilalanina (phe) sanguínea, antes e após o uso de mistura de aminoácidos complementada com selênio. A média de idade das crianças foi de 7,0 ± 1,8 anos e 35,2% eram do sexo feminino. O tempo médio de complementação de selênio em fórmula especial foi de 122,2 ± 25,1 dias. A mistura de aminoácidos complementada com o mineral representou 72,9% da oferta diária de selênio. Após a complementação de selênio, a concentração sérica média de selênio sérico e GPX no eritrócito tiveram um aumento significativo (p<0,05) com correlação significativa (p<0,05) entre esses dois parâmetros antes e após a complementação com o mineral. 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Os resultados deste trabalho demonstraram que a complementação de selênio por meio de substituto protéico foi eficaz, portanto, justifica-se a recomendação, complementação e a continuidade do uso de substitutos protéicoscomplementados com selênio no tratamento da PKU.The aim of the study was to evaluate nutritional condition and alimentary intake of selenium in 54 patients prospectively presenting Phenylketonuria (PKU). Patients are between 4 and 10 years and they have been early diagnosed, treated and no related diseases were found. The study has been carried out in two phases, before and after utilizing a mixture of amino acids supplemented with selenium. Data collection for the second phase was carried out at least 90 days after the mixture introduction. Selenium nutritional status was evaluated through the analysis of alimentary and biochemical parameters. During the first phase, a form (QFFQ) quantitative foodfrequency questionnaire was used in order to evaluate selenium intake adapted for people on target. In relation to the biochemical parameters, selenium serum and free thyroxin (T4L) dosing was carried out, as well as eritrocitary Glutathione peroxidase (GPX) dosing in both phases of the study. The average age of the PKU children participating in the study was, 7,0 ± 1,8 years, 32% female gender. The average period of selenium supplementation was about 122,2 ± 25,1 days. From the total 72,9% of the daily mineral administration was made up by the amino acid composed supplemented with the mineral content during the time it was used. Results showed asignificant increase in the selenium serum concentrations (p<0,05), as well as GPX concentrations on erythrocyte after the mineral supplementation. In addition, a remarkable co-relation (p<0,05) between these two parameters was noticed. Selenium average ingestion increased significantly (p<0,001) reaching DRI recommendation. Free T4 serum concentrations were normal, despite the serum concentration of free T4 were above the maximum reference limit in nine of the patients. After supplementation none of them presented alterations on hormonaldosing. The average concentration of this hormone showed normal on both phases, but significant reduction of those concentration (p<0,001) were noticed after supplementation with selenium. Results showed statistically a significant co-relation between the average selenium serum concentrations and eritrocitary GPX, as well as between that dosage and concentrations of free T4 before supplementation with selenium and amino acids. Results on this study showed supplementation withselenium by means of proteinic substitute effective, therefore, making it reasonable for supplementation and continuous maintenance of selenium ingestion recommendable for treating PKU.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFenilcetonúriasGlutationa transferaseNutrição da criançaDoenças da tireóideDoenças metabólicas/terapiaSelênioPeroxidaseHormôniosDoenças metabólicasPediatriaselênioglutationa peroxidasefenilcetonúriahormônios tireoidianosIngestão e estado nutricional de selênio de fenilcetonúricos de 4 a 10 anos de idade em tratamento no serviço especial de genética do Hospital das Clínicas da UFMGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmichelle_rosa_andrade_alves.pdfapplication/pdf1339301https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-84JH9J/1/michelle_rosa_andrade_alves.pdf0cda4506d3d9e29eb1067d3284d3d612MD51TEXTmichelle_rosa_andrade_alves.pdf.txtmichelle_rosa_andrade_alves.pdf.txtExtracted texttext/plain153921https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-84JH9J/2/michelle_rosa_andrade_alves.pdf.txt47f4e711e875bb47a5c516a974b0c416MD521843/ECJS-84JH9J2019-11-14 15:23:27.897oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-84JH9JRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:23:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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