Mortes de trabalhadores durante a crise sanitária Covid-19: Minas Gerais, 2019-2021

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Débora Meier
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/61830
https://orcid.org/0000-0003-1097-2543
Resumo: A Covid-19, doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, emergiu na China em dezembro de 2019 e rapidamente se espalhou por todo o mundo. A infecção foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março de 2020. Desde então, o distanciamento social, entre outras medidas de proteção, foi adotado para desestruturar a cadeia de transmissão do vírus. Contudo, as desigualdades nas oportunidades para se valer dessa medida de proteção foram constatadas. O presente estudo examinou as chances de desligamento por morte de empregados celetistas em Minas Gerais, no período de 2019 a 2021, de acordo com as características sociodemográficas e ocupacionais da força de trabalho registrada no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo - CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A hipótese central diz respeito à variação da chance de desligamento por morte em atividades consideradas essenciais no período pandêmico e pós-pandêmico. Estudo transversal utilizou dados secundários disponíveis para acesso no site do MTE. A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) foram tomadas como referência para examinar a hipótese principal. As covariáveis de interesse foram sexo, idade, escolaridade, raça/cor, renda. A distribuição do total de empregados registrados e daqueles desligados por morte, em 2019, 2020 e 2021, foi descrita de acordo com os grandes grupos e subgrupos da CBO. Modelos probabilísticos estimados por regressão logística (RL) binária foram usados para avaliar as chances de desligamento por morte. Foram desenvolvidas RL geral por natureza da ocupação e específicas por subgrupos ocupacionais de três grupos ocupacionais estruturados para fins do estudo, sendo os seguintes: setor saúde, setor essencial fora da saúde e setor não essencial. Homens, pessoas mais velhas, com menor nível de escolaridade e de raça/cor branca tiveram maior chance de desligamento por morte. Esse resultado foi mantido em todos os modelos nos três grupos ocupacionais de interesse. Em relação à natureza da ocupação, trabalhadores dos setores saúde e essencial fora da saúde tiveram maior chance de desligamento por morte. No setor saúde, médicos, trabalhadores da enfermagem e cuidadores tiveram maior chance de desligamento por morte. No setor essencial fora da saúde, a maior chance de desligamento por morte foi observada entre os operadores de utilidades (operadores de máquinas a vapor, de instalações de captação e tratamento de água, esgoto e gases) nos três períodos estudados. A taxa de variação da incidência de desligamentos por morte foi considerada marcador próximo da proporção de mortes causadas direta e indiretamente pela Covid-19. Foi observado aumento dessa taxa no período pandêmico, em relação ao período pré-pandêmico. O perfil sociodemográfico da amostra desligada por morte, em 2020 e 2021, é convergente com os estudos sobre mortalidade causada direta e indiretamente pelo SARS-CoV-2, à exceção do resultado sobre raça/cor branca. Essas evidências serão pistas tanto para fomentar o debate sobre as desigualdades nas oportunidades de proteção durante crises sanitárias, quanto impulsionar a formulação de estratégias para reverter a situação de vulnerabilidade dos trabalhadores de setores considerados essenciais.
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O presente estudo examinou as chances de desligamento por morte de empregados celetistas em Minas Gerais, no período de 2019 a 2021, de acordo com as características sociodemográficas e ocupacionais da força de trabalho registrada no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo - CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A hipótese central diz respeito à variação da chance de desligamento por morte em atividades consideradas essenciais no período pandêmico e pós-pandêmico. Estudo transversal utilizou dados secundários disponíveis para acesso no site do MTE. A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) foram tomadas como referência para examinar a hipótese principal. As covariáveis de interesse foram sexo, idade, escolaridade, raça/cor, renda. A distribuição do total de empregados registrados e daqueles desligados por morte, em 2019, 2020 e 2021, foi descrita de acordo com os grandes grupos e subgrupos da CBO. Modelos probabilísticos estimados por regressão logística (RL) binária foram usados para avaliar as chances de desligamento por morte. Foram desenvolvidas RL geral por natureza da ocupação e específicas por subgrupos ocupacionais de três grupos ocupacionais estruturados para fins do estudo, sendo os seguintes: setor saúde, setor essencial fora da saúde e setor não essencial. Homens, pessoas mais velhas, com menor nível de escolaridade e de raça/cor branca tiveram maior chance de desligamento por morte. Esse resultado foi mantido em todos os modelos nos três grupos ocupacionais de interesse. Em relação à natureza da ocupação, trabalhadores dos setores saúde e essencial fora da saúde tiveram maior chance de desligamento por morte. No setor saúde, médicos, trabalhadores da enfermagem e cuidadores tiveram maior chance de desligamento por morte. No setor essencial fora da saúde, a maior chance de desligamento por morte foi observada entre os operadores de utilidades (operadores de máquinas a vapor, de instalações de captação e tratamento de água, esgoto e gases) nos três períodos estudados. A taxa de variação da incidência de desligamentos por morte foi considerada marcador próximo da proporção de mortes causadas direta e indiretamente pela Covid-19. Foi observado aumento dessa taxa no período pandêmico, em relação ao período pré-pandêmico. O perfil sociodemográfico da amostra desligada por morte, em 2020 e 2021, é convergente com os estudos sobre mortalidade causada direta e indiretamente pelo SARS-CoV-2, à exceção do resultado sobre raça/cor branca. Essas evidências serão pistas tanto para fomentar o debate sobre as desigualdades nas oportunidades de proteção durante crises sanitárias, quanto impulsionar a formulação de estratégias para reverter a situação de vulnerabilidade dos trabalhadores de setores considerados essenciais.Covid-19, an infectious disease caused by the SARS-CoV-2 virus, emerged in China in December 2019 and quickly spread worldwide. The infection was declared a pandemic by the World Health Organization (WHO) on March 11, 2020. Since then, several protective measures have been recommended in order to decrease the transmission of the virus. Among the measures recommended by the WHO, social distancing was adopted to disrupt the virus transmission chain. However, inequalities in opportunities to avail of the protective measure have been documented. The present study examined the odds of shutdown due to death of celetal employees in Minas Gerais, in the period from 2019 to 2021, according to the sociodemographic and occupational characteristics of the population registered in the General Cadastre for the Employed and Unemployed (Novo - CAGED), of the Ministry of Labor and Employment (MTE). The central hypothesis concerns the greater odds of shutdown due to death in activities considered essential. This cross-sectional study used secondary data available for access on the MTE website. The National Classification of Economic Activities (CNAE) and the Brazilian Classification of Occupations (CBO) were used as reference to examine the main hypothesis. The covariates of interest were gender, age, education, race/color, and income. The distribution of total registered employees and those dismissed due to death in 2019, 2020, and 2021 was described according to the major groups and subgroups of the CBO. Probabilistic models estimated by binary logistic regression (LR) were used to assess the odds of shutdown due to death. General RL were developed by nature of occupation and specific by occupational subgroups of three occupational groups structured for the purposes of the study, as follows: health sector, essential sector outside of health and non-essential sector. Men, older people, with a lower level of and people of white race/color had a higher odd of shutdown due to death. This result was maintained in all models in the three occupational groups of interest. Regarding the nature of the occupation, workers in the health and non-health essential sectors had a higher odd of shutdown due to death. In the health sector, physicians, nursing workers, and caregivers had the highest odds of being dismissed due to death. In the non-health essential sector, the highest odds of shutdown due to death was evidenced among utility operators (steam machine operators, water, sewage and gas capture and treatment facilities) in the three periods studied. The rate of change in the incidence of shutdown due to death was considered a marker close to the proportion of deaths directly and indirectly caused by Covid-19. An increase in this rate was observed in the pandemic period, in relation to the pre-pandemic period. The sociodemographic profile of the sample shutdowned due to death, in 2020 and 2021, is consistent with studies on mortality directly and indirectly caused by SARS-CoV-2, with the exception of the result on white race/color. This evidence will be clues both to foment the debate on inequalities in protection opportunities during health crises, and to boost the formulation of strategies to reverse the vulnerable situation of workers in sectors considered essential.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEmpregoPandemiasMortalidadeDistanciamento FísicoDistanciamento FísicoCOVID-19SARS-CoV-2OcupaçãoPandemiaMortalidadeDistanciamento socialNovo-CAGEDCovid-19SARS-CoV-2Mortes de trabalhadores durante a crise sanitária Covid-19: Minas Gerais, 2019-2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALMortes de trabalhadores durante a crise sanitária Covid 19. 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