"Vivendo no mundo imaterial": serviços, trabalho e conhecimento no capitalismo em metamorfoses permanentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcela Emediato
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/54662
Resumo: O declínio do modelo fordista de organização da produção e do trabalho, somado ao rápido desenvolvimento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e à popularização do uso de tecnologias associadas como a Internet, os microcomputadores, o smartphone etc., culminaram em uma série de elaborações que buscaram compreender a diversidade de fenômenos que estavam emergindo. Nesse processo, o debate em torno do conceito de serviços tem mostrado ser capaz de aglutinar uma série de discussões que vão desde a estrutura produtiva da economia, até percepções sobre o papel do trabalho e de que maneira ele tem sido modificado com as novas tecnologias. A presente dissertação foi elaborada pela tentativa de contribuir com a compreensão de fenômenos decorrentes de novos tipos de tecnologia e transformações na produção e que, de alguma forma, estão relacionados à prestação de serviços. Desse modo, buscou responder à seguinte questão: como as mudanças nos serviços permitem compreender as transformações na organização da produção e no processo de trabalho desde a década de 1970 à luz das formas sociais do processo de produção? Esse problema de pesquisa busca atender ao objetivo principal de demonstrar a relevância da análise da forma social da produção como maneira de compreender as mudanças tecnológico-informacionais-digitais que se intensificaram nas últimas décadas, entendendo melhor seus nexos internos, sua processualidade, sua multiplicidade de significados, assim como suas consequências. A consideração para além do aspecto técnico-material das características econômicas é necessária sob a percepção de que há uma união do processo técnico-material e de suas formas sociais, que caracteriza a relação entre as pessoas na economia capitalista. A partir disso, torna-se possível observar a maneira pela qual o processo de trabalho e o progresso técnico são conformados pelas formas e funções básicas dessa economia específica. Há uma multiplicação de trabalhos concretos subsumidos de maneira real ao capital, assim como novos polos de extração de valor, com novas mercadorias e novas formas de controle sobre o processo de trabalho, possibilitadas principalmente pelas TICs e pelo seu uso em plataformas, desde o Uber até a Indústria 4.0 ou a Amazon Web Services. Isso tem levado a uma diversificação dessas aplicações a formas de barateamento e economia do uso de capital constante, inserida em uma dinâmica constante de buscas por lucros extraordinários. Nesse sentido, surgem estratégias para garantir essa posição de vantagem, ganhando destaque o uso de mecanismos de proteção à propriedade intelectual que garantem a extração de renda de mercadorias “conhecimento” por meio de monopólios.
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A presente dissertação foi elaborada pela tentativa de contribuir com a compreensão de fenômenos decorrentes de novos tipos de tecnologia e transformações na produção e que, de alguma forma, estão relacionados à prestação de serviços. Desse modo, buscou responder à seguinte questão: como as mudanças nos serviços permitem compreender as transformações na organização da produção e no processo de trabalho desde a década de 1970 à luz das formas sociais do processo de produção? Esse problema de pesquisa busca atender ao objetivo principal de demonstrar a relevância da análise da forma social da produção como maneira de compreender as mudanças tecnológico-informacionais-digitais que se intensificaram nas últimas décadas, entendendo melhor seus nexos internos, sua processualidade, sua multiplicidade de significados, assim como suas consequências. A consideração para além do aspecto técnico-material das características econômicas é necessária sob a percepção de que há uma união do processo técnico-material e de suas formas sociais, que caracteriza a relação entre as pessoas na economia capitalista. A partir disso, torna-se possível observar a maneira pela qual o processo de trabalho e o progresso técnico são conformados pelas formas e funções básicas dessa economia específica. Há uma multiplicação de trabalhos concretos subsumidos de maneira real ao capital, assim como novos polos de extração de valor, com novas mercadorias e novas formas de controle sobre o processo de trabalho, possibilitadas principalmente pelas TICs e pelo seu uso em plataformas, desde o Uber até a Indústria 4.0 ou a Amazon Web Services. Isso tem levado a uma diversificação dessas aplicações a formas de barateamento e economia do uso de capital constante, inserida em uma dinâmica constante de buscas por lucros extraordinários. Nesse sentido, surgem estratégias para garantir essa posição de vantagem, ganhando destaque o uso de mecanismos de proteção à propriedade intelectual que garantem a extração de renda de mercadorias “conhecimento” por meio de monopólios.The decline of the Fordist model of organizing production and labor, coupled with the rapid development of Information and Communication Technologies (ICTs) and the popularization of the use of associated technologies such as the Internet, microcomputers, and smartphones, culminated in a series of elaborations that sought to understand the diversity of phenomena that were emerging. In this process, one topic gained prominence: services. The debate envolving the concept of services has shown itself capable of bringing together a series of discussions ranging from the productive structure of the economy to perceptions about the role of labor and how it has been modified by new technologies. This dissertation was prepared in an attempt to contribute to the understanding of phenomena arising from new types of technology and transformations in production that are in some way related to the provision of services. In this way, it sought to answer the following question: how have the changes in services allowed us to understand the transformations in the organization of production and in the labor process since the 1970s in light of the social forms of the production process? This research problem seeks to meet the main objective of demonstrating the relevance of the analysis of the social form of production as a way of understanding the technological-informational-digital changes that have intensified in recent decades, better understanding their internal nexuses, processuality, multiplicity of meanings, and consequences. Consideration beyond the technical-material aspect of economic characteristics is necessary under the perception that there is a union of the technical-material process and its social forms that characterize the relationship between people in the capitalist economy. From this, it becomes possible to observe how the labor process and technical progress are shaped by the basic forms and functions of the capitalist economy. There is a multiplication of forms of real subsumption of labor under capital, as well as new poles of value extraction, with new commodities and new forms of control over labor processes, made possible mainly by ICTs and their use in platforms from Uber to Industry 4.0, or Amazon Web Services. This has led to the diversification of these applications to forms of cheapening and saving the use of constant capital, inserted in a constant dynamic of searches for extra profits. In this sense, strategies arise to ensure this position of advantage, with the use of intellectual property protection mechanisms that guarantee the extraction of "knowledge" rent from commodities through monopolies gaining prominence.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEconomiaTeoria do trabalho como base do valorTrabalhoServiçosTrabalhoTrabalho imaterialConhecimentoTeoria do valor"Vivendo no mundo imaterial": serviços, trabalho e conhecimento no capitalismo em metamorfoses permanentes"Living in the immaterial world": services, labor and knowledge in capitalism under permanent metamorphosesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALVivendo no Mundo Imaterial - Versão Final.pdfVivendo no Mundo Imaterial - Versão Final.pdf"Vivendo no mundo imaterial": serviços, trabalho e conhecimento no capitalismo em metamorfoses permanentesapplication/pdf1461193https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54662/1/Vivendo%20no%20Mundo%20Imaterial%20-%20Vers%c3%a3o%20Final.pdf9f26565c91762eb9af8f9b3656d002caMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54662/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54662/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/546622023-06-07 15:50:28.121oai:repositorio.ufmg.br:1843/54662TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-06-07T18:50:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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