Propagação de trincas por fadiga na zona fundida de soldas obtidas em único passe com altíssima energia de soldagem através do processo SAW com adição de arame frio em um aço EH36

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiz Henrique Soares Barbosa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3EFSN
Resumo: A soldagem ao arco submerso com elevado aporte térmico e mais de um arame tem sido usada para a união de chapas de grande espessura, visando a redução do número de passes e o consequente aumento da produtividade na indústria naval e de petróleo. Características favoráveis adicionais como penetração elevada e relativa facilidade de produção de soldas com bom acabamento e sem descontinuidades contribuem para que este processo seja largamente aplicado. Mas o uso de aportes térmicos muito elevados leva à formação de uma poça de fusão de grandes dimensões e grande volume de metal líquido, submetendo a região da solda a ciclos térmicos de longa duração com baixas velocidades de resfriamento. Isso favorece a formação de estruturas de solidificação grossas que, ao final do resfriamento, resulta em uma microestrutura constituída principalmente por ferrita primária com grande tamanho de grão e baixa resistência mecânica. O presente trabalho avaliou o crescimento de trincas por fadiga em metais de solda feitos com aportes térmicos superiores a 10kJ/mm. Foram feitas soldas de um único passe em um aço EH36 com 25mm de espessura variando a composição química do metal de adição. A microestrutura, propriedades mecânicas de tração, dureza foram medidas e curvas de crescimento de trincas por fadiga foram construídas considerando a propagação da trinca no sentido longitudinal à solda. Para todas as condições testadas, as taxas de propagação foram similares às do metal base na Região II. Contudo, as soldas apresentaram limiar de propagação das trincas superior ao do metal base e este limiar foi aumentado, para as soldas feitas com maior aporte térmico, pelo uso de um metal de adição contendo molibdênio. Isto foi atribuído à presença de uma maior quantidade de ferrita acicular nesta solda.
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