Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/35292 |
Resumo: | Esta dissertação trabalha o conceito de imaginário espacial mediante a articulação entre Cornelius Castoriadis e Henri Lefebvre. Castoriadis afirma que a sociedade é instituída imaginariamente a partir de uma matriz de sentido instituída por essa mesma sociedade. Lefebvre propõe que o espaço social é a manifestação das relações sociais. Este estudo, então, postula que a sociedade, o conjunto das relações sociais instituídas, institui-se imaginariamente e se manifesta em espaço social com base em uma matriz interpretativa da realidade que confere sentido tanto às relações sociais instituídas como à sua manifestação em espaço social: o imaginário espacial. Este último é um modo socialmente partilhado de dar sentido à realidade, ordenando-a em instituições sociais, relações sociais e espaço social. Tendo em vista a relevância do conceito e o tratamento muito variado que lhe é dedicado, esta pesquisa buscou elaborá-lo a partir dos marcos teóricos eleitos. Acredita-se que, com base na leitura conjunta de Castoriadis e Lefebvre, torna-se possível afirmar que o modo como a sociedade institui suas práticas sociais e espaciais é apenas um modo possível, mas não o único. Na sequência, pela análise de algumas experiências diante do conceito de imaginário espacial aqui elaborado, este trabalho apresenta indícios desse imaginário e o analisa diante das noções de heteronomia e autonomia. Supõe-se que a pretensa 'naturalidade' com que a sociedade entende a produção de si mesma e de seu espaço é traço de heteronomia e está relacionada à autonomização do momento imaginário de sua instituição. Essa autonomização mascararia o fato de que o imaginário espacial instituído é uma construção social passível de transformação. Propõe-se, portanto, que a autonomização de um imaginário espacial já estabelecido é empecilho à prática da autonomia pela sociedade, obstando a modificação de si mesma, o que dificulta a realização da justiça social e da promoção da qualidade de vida, alcançáveis pela abertura da sociedade à autoinstituição permanente de si mesma. Ao final, sugere-se que é tarefa dos arquitetos e urbanistas criar instrumentos que auxiliem a sociedade a exercer sua autonomia sobre a produção de seu próprio espaço e sobre a instituição de suas relações sociais. |
id |
UFMG_6900652f83ef4778e927885c524a04de |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/35292 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Silke Kapphttp://lattes.cnpq.br/2978010340044417Silke KappRita de Cássia Lucena VellosoJoão Bosco Moura Tonucci FilhoGlauco Bruce Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/0915496327255422Alexandre Mesquita Silva Bomfim2021-03-19T15:17:39Z2021-03-19T15:17:39Z2019-07-01http://hdl.handle.net/1843/35292Esta dissertação trabalha o conceito de imaginário espacial mediante a articulação entre Cornelius Castoriadis e Henri Lefebvre. Castoriadis afirma que a sociedade é instituída imaginariamente a partir de uma matriz de sentido instituída por essa mesma sociedade. Lefebvre propõe que o espaço social é a manifestação das relações sociais. Este estudo, então, postula que a sociedade, o conjunto das relações sociais instituídas, institui-se imaginariamente e se manifesta em espaço social com base em uma matriz interpretativa da realidade que confere sentido tanto às relações sociais instituídas como à sua manifestação em espaço social: o imaginário espacial. Este último é um modo socialmente partilhado de dar sentido à realidade, ordenando-a em instituições sociais, relações sociais e espaço social. Tendo em vista a relevância do conceito e o tratamento muito variado que lhe é dedicado, esta pesquisa buscou elaborá-lo a partir dos marcos teóricos eleitos. Acredita-se que, com base na leitura conjunta de Castoriadis e Lefebvre, torna-se possível afirmar que o modo como a sociedade institui suas práticas sociais e espaciais é apenas um modo possível, mas não o único. Na sequência, pela análise de algumas experiências diante do conceito de imaginário espacial aqui elaborado, este trabalho apresenta indícios desse imaginário e o analisa diante das noções de heteronomia e autonomia. Supõe-se que a pretensa 'naturalidade' com que a sociedade entende a produção de si mesma e de seu espaço é traço de heteronomia e está relacionada à autonomização do momento imaginário de sua instituição. Essa autonomização mascararia o fato de que o imaginário espacial instituído é uma construção social passível de transformação. Propõe-se, portanto, que a autonomização de um imaginário espacial já estabelecido é empecilho à prática da autonomia pela sociedade, obstando a modificação de si mesma, o que dificulta a realização da justiça social e da promoção da qualidade de vida, alcançáveis pela abertura da sociedade à autoinstituição permanente de si mesma. Ao final, sugere-se que é tarefa dos arquitetos e urbanistas criar instrumentos que auxiliem a sociedade a exercer sua autonomia sobre a produção de seu próprio espaço e sobre a instituição de suas relações sociais.This dissertation studies the concept of spatial imaginary through the articulation between Cornelius Castoriadis and Henri Lefebvre. Castoriadis affirms that society is imaginarily instituted from a matrix of meaning instituted by that same society. Lefebvre proposes that social space is the manifestation of social relations. This study, then, postulates that society, which is the set of instituted social relations, institutes itself imaginatively and manifests itself in social space based on an interpretative matrix of reality that gives meaning to both established social relations and its manifestation in social space: the spatial imaginary. The latter is a socially shared way of making sense of reality by ordering it in social institutions, social relations, and social space. Considering the relevance of the concept and the very varied treatment that is dedicated to it, this research sought to elaborate it from the theoretical frameworks chosen. It is believed that, based on the joint reading of Castoriadis and Lefebvre, it is possible to affirm that the way in which society establishes its social and spatial practices is only one possible way, but not the only one. After this, through the analysis of some experiments considering the concept of spatial imaginary elaborated here, this work presents signs of this imaginary and analyzes it within the notions of heteronomy and autonomy. It is assumed that the alleged 'naturalness' with which society understands the production of itself and its space is a trait of heteronomy and is related to the autonomization of the imaginary moment of its institution. This autonomization would mask the fact that the spatial imaginary instituted is a social construction that can be transformed. It is proposed, therefore, that the autonomization of an already established spatial imaginary is an obstacle to the practice of autonomy by society, hindering the modification of itself, which hampers the achievement of social justice and the promotion of quality of life, achievable by the openness of society to permanent selfinstitution. In the end, it is suggested that it is the task of architects and urban planners to create instruments that help society to exercise its autonomy over the production of its own space and the institution of its social relations.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Arquitetura e UrbanismoUFMGBrasilARQ - ESCOLA DE ARQUITETURAPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrIntCornelius CastoriadisHenri LefebvreImaginário socialProdução do espaçoImaginário espacialAutonomiaUma articulação entre Castoriadis e Lefebvreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAlexandre Bomfim - Dissertação - Em busca do imaginário espacial.pdfAlexandre Bomfim - Dissertação - Em busca do imaginário espacial.pdfapplication/pdf5448805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35292/1/Alexandre%20Bomfim%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Em%20busca%20do%20imagin%c3%a1rio%20espacial.pdfe7b659d8e44c623858cdd3d091018783MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35292/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/352922021-03-19 12:17:39.065oai:repositorio.ufmg.br:1843/35292TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-19T15:17:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
title |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
spellingShingle |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre Alexandre Mesquita Silva Bomfim Cornelius Castoriadis Henri Lefebvre Imaginário social Produção do espaço Imaginário espacial Autonomia |
title_short |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
title_full |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
title_fullStr |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
title_full_unstemmed |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
title_sort |
Uma articulação entre Castoriadis e Lefebvre |
author |
Alexandre Mesquita Silva Bomfim |
author_facet |
Alexandre Mesquita Silva Bomfim |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Silke Kapp |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2978010340044417 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Silke Kapp |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Rita de Cássia Lucena Velloso |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
João Bosco Moura Tonucci Filho |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Glauco Bruce Rodrigues |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0915496327255422 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Alexandre Mesquita Silva Bomfim |
contributor_str_mv |
Silke Kapp Silke Kapp Rita de Cássia Lucena Velloso João Bosco Moura Tonucci Filho Glauco Bruce Rodrigues |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cornelius Castoriadis Henri Lefebvre Imaginário social Produção do espaço Imaginário espacial Autonomia |
topic |
Cornelius Castoriadis Henri Lefebvre Imaginário social Produção do espaço Imaginário espacial Autonomia |
description |
Esta dissertação trabalha o conceito de imaginário espacial mediante a articulação entre Cornelius Castoriadis e Henri Lefebvre. Castoriadis afirma que a sociedade é instituída imaginariamente a partir de uma matriz de sentido instituída por essa mesma sociedade. Lefebvre propõe que o espaço social é a manifestação das relações sociais. Este estudo, então, postula que a sociedade, o conjunto das relações sociais instituídas, institui-se imaginariamente e se manifesta em espaço social com base em uma matriz interpretativa da realidade que confere sentido tanto às relações sociais instituídas como à sua manifestação em espaço social: o imaginário espacial. Este último é um modo socialmente partilhado de dar sentido à realidade, ordenando-a em instituições sociais, relações sociais e espaço social. Tendo em vista a relevância do conceito e o tratamento muito variado que lhe é dedicado, esta pesquisa buscou elaborá-lo a partir dos marcos teóricos eleitos. Acredita-se que, com base na leitura conjunta de Castoriadis e Lefebvre, torna-se possível afirmar que o modo como a sociedade institui suas práticas sociais e espaciais é apenas um modo possível, mas não o único. Na sequência, pela análise de algumas experiências diante do conceito de imaginário espacial aqui elaborado, este trabalho apresenta indícios desse imaginário e o analisa diante das noções de heteronomia e autonomia. Supõe-se que a pretensa 'naturalidade' com que a sociedade entende a produção de si mesma e de seu espaço é traço de heteronomia e está relacionada à autonomização do momento imaginário de sua instituição. Essa autonomização mascararia o fato de que o imaginário espacial instituído é uma construção social passível de transformação. Propõe-se, portanto, que a autonomização de um imaginário espacial já estabelecido é empecilho à prática da autonomia pela sociedade, obstando a modificação de si mesma, o que dificulta a realização da justiça social e da promoção da qualidade de vida, alcançáveis pela abertura da sociedade à autoinstituição permanente de si mesma. Ao final, sugere-se que é tarefa dos arquitetos e urbanistas criar instrumentos que auxiliem a sociedade a exercer sua autonomia sobre a produção de seu próprio espaço e sobre a instituição de suas relações sociais. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-07-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-03-19T15:17:39Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-03-19T15:17:39Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/35292 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/35292 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.pt_BR.fl_str_mv |
Programa Institucional de Internacionalização – CAPES - PrInt |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35292/1/Alexandre%20Bomfim%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Em%20busca%20do%20imagin%c3%a1rio%20espacial.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35292/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e7b659d8e44c623858cdd3d091018783 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801676881530978304 |