O Turismo é colonizador. Bases comunitárias para um turismo libertador – experiências decoloniais na Amazônia Brasileira e na Savana Africana.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eduardo de Ávila Coelho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/48803
Resumo: O que é o turismo? Como se deu, e se dá, o viajar? O que ambos têm em comum com o colonizar? De que forma os processos históricos de formação do mundo moderno também constituíram o turismo moderno? Estas e outras tantas inquietações surgiram na cabeça do turismólogo-viajante no decorrer de viagens por lugares que sofriam os processos de ‘modernização’, com a chegada das noções de ‘conservação’, reserva, safari, ecoturismo e, com todos esses, as regras de manejo, bem como os próprios turistas. De todos os destinos desse incessável caminhar – por América, Europa, África – a Amazônia e a Tanzânia foram escolhidas para demorar mais um pouco, aprofundar o pensar e atentar o olhar. As experiências de viagens se sobrepunham em fluxos paralelos de investigação, que se retroalimentavam, pois se assemelhavam em diversos pontos: comunidades tradicionais que habitam espaços de natureza preservada transformados em áreas protegidas (que permitem a permanência dessas populações) e onde um tipo característico de turismo se desenvolve ou começa a se desenvolver. Uma série de situações se desenrolam a partir dos seguintes cenários: Amazônia brasileira, Reservas Amanã e Mamirauá, idas e vindas no período entre 2009 e 2020; Tanzânia, Ngorongoro / Serengeti, durante uma viagem de seis meses pela África, em 2014. Ribeirinhos, caboclos, indígenas, maasai e turistas interagem historicamente e aos olhos do pesquisador-viajante, herdando e construindo processos que possuem raízes nos distintos momentos coloniais pelos quais passaram e seguem passando os dois continentes. E novas dúvidas surgem: como se inserem nesses contextos as comunidades? Quais as cosmologias locais se aplicam às noções de natureza, conservação, encontro e hospitalidade? Como as comunidades ditas tradicionais se organizam no contexto de áreas legalmente protegidas? De quais formas o turismo afeta e influencia essas cosmologias e relações? Quais as possibilidades para as populações locais se apropriarem dos procedimentos e mecanismos para afirmarem seu empoderamento e, assim, se libertarem? Pode o turismo ser uma ferramenta para libertar, ou é sempre um instrumento para colonizar? O caminhar que serviu de inspiração para o pesquisar, me levou a refletir sobre estes e outros questionamentos, sempre tentando compreender as visões de mundo e apoiar as iniciativas das comunidades.
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De todos os destinos desse incessável caminhar – por América, Europa, África – a Amazônia e a Tanzânia foram escolhidas para demorar mais um pouco, aprofundar o pensar e atentar o olhar. As experiências de viagens se sobrepunham em fluxos paralelos de investigação, que se retroalimentavam, pois se assemelhavam em diversos pontos: comunidades tradicionais que habitam espaços de natureza preservada transformados em áreas protegidas (que permitem a permanência dessas populações) e onde um tipo característico de turismo se desenvolve ou começa a se desenvolver. Uma série de situações se desenrolam a partir dos seguintes cenários: Amazônia brasileira, Reservas Amanã e Mamirauá, idas e vindas no período entre 2009 e 2020; Tanzânia, Ngorongoro / Serengeti, durante uma viagem de seis meses pela África, em 2014. Ribeirinhos, caboclos, indígenas, maasai e turistas interagem historicamente e aos olhos do pesquisador-viajante, herdando e construindo processos que possuem raízes nos distintos momentos coloniais pelos quais passaram e seguem passando os dois continentes. E novas dúvidas surgem: como se inserem nesses contextos as comunidades? Quais as cosmologias locais se aplicam às noções de natureza, conservação, encontro e hospitalidade? Como as comunidades ditas tradicionais se organizam no contexto de áreas legalmente protegidas? De quais formas o turismo afeta e influencia essas cosmologias e relações? Quais as possibilidades para as populações locais se apropriarem dos procedimentos e mecanismos para afirmarem seu empoderamento e, assim, se libertarem? Pode o turismo ser uma ferramenta para libertar, ou é sempre um instrumento para colonizar? O caminhar que serviu de inspiração para o pesquisar, me levou a refletir sobre estes e outros questionamentos, sempre tentando compreender as visões de mundo e apoiar as iniciativas das comunidades.What is tourism? How did 'travel’ take place, and how it takes place currently? What do both – tourism and travel – have in common with colonization? How did the historical processes of formation of the modern world also constituted modern tourism? These and many other concerns arose in the mind of the researcher-traveler during trips to places that underwent the processes of 'modernization', with the arrival of the notions of 'conservation', reserves, safari, ecotourism and, with all these, the rules of management as well as tourists. Of all the destinations of this incessant journey – through America, Europe, Africa – the Amazon and Tanzania were chosen to stop for longer and deepen observation. Travel experiences overlapped in parallel research flows, which fed back into each other, as they were similar in several points: traditional communities that inhabit spaces of preserved nature transformed into protected areas (which allow these populations to remain) and where a characteristic type of tourism develops or starts to develop. A series of situations unfold from the following scenarios: Brazilian Amazon, Amanã and Mamirauá Reserves, comings and goings in the period between 2009 and 2020; Tanzania, Ngorongoro / Serengeti, during a six-month trip through Africa in 2014. Riverine people, caboclos, indigenous people, Maasai and tourists interact historically and in the eyes of the researcher-traveler, inheriting and building processes that have roots in the different colonial moments through which the two continents have passed and continue to pass. And new doubts arise: how do communities fit into these contexts? Which local cosmologies apply to the notions of nature, conservation, encounter and hospitality? How are the so-called traditional communities organized in the context of legally protected areas? In what ways does tourism affect and influence these cosmologies and relationships? What are the possibilities for local populations to appropriate the procedures and mechanisms to assert their empowerment and, thus, liberate themselves? Can tourism be a tool to liberate, or is it always an instrument to colonize? The path that inspired the research, tried to reflect on these and other questions, always trying to understand communities’ worldviews and support their initiatives.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessTurismoLiberdadeViagensAmazônia – Descrições e viagensTanzânia – Descrições e viagensViagemAmazôniaTanzâniaColonialidadeTurismo LibertadorO Turismo é colonizador. Bases comunitárias para um turismo libertador – experiências decoloniais na Amazônia Brasileira e na Savana Africana.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCOELHO, E. - Tese Turismo colonizador (2022)_FINAL.pdfCOELHO, E. - Tese Turismo colonizador (2022)_FINAL.pdfapplication/pdf26946890https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48803/1/COELHO%2c%20E.%20-%20Tese%20Turismo%20colonizador%20%282022%29_FINAL.pdf504e2e597f079623f61ca88dfc605ab8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48803/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48803/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/488032023-01-10 08:04:36.208oai:repositorio.ufmg.br:1843/48803TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-01-10T11:04:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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