Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tassia Ludmila Teles Martins
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98CFXY
Resumo: Foram realizados dois ensaios com o objetivo de determinar o valor nutritivo dos subprodutos do processamento industrial do leite e do biodiesel, quais sejam, soro de leite e glicerina, para tal, foram realizadas provas de consumo voluntário e digestibilidade aparente, além dos balanços nitrogenado e da energia. Foram utilizados 25 borregos, mestiços alojados em gaiolas metabólicas em cada ensaio. Os teores na matéria seca dos subprodutos testados foram zero; 5; 10; 15 e 20% para o soro de leite e de zero; 3; 6; 9 e 12% para a glicerina, em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições por tratamentos, sendo que o grupo testemunha foi comum aos dois ensaios. Observou-se que o consumo de matéria seca em gramas por animal foi maior para os animais dos tratamentos 5 e 10% de inclusão de soro de leite. Os consumos de proteína bruta, matéria mineral, carboidratos totais e nutrientes digestíveis totais também acompanharam o consumo de matéria seca, sendo maiores para os animais dos tratamentos 5 e 10% de soro de leite. Os crescentes teores de inclusão de soro não influenciaram nenhum coeficiente de digestibilidade. Para o consumo de energia bruta os animais dos tratamentos 5 e 10% de soro de leite foram maiores; quanto ao consumo de energia digestível, metabolizável e balanço energético, a inclusão de 20% de soro de leite apresentou os menores valores. A adição de soro de leite favoreceu o balanço nitrogenado. Os balanços energético e nitrogenado apresentaram-se positivos em todas as inclusões. Não se observou diferença no consumo de água, relativo ao consumo de matéria seca e ao peso metabólico (P>0,05). O consumo de água, em valor absoluto, e o balanço hídrico apresentaram resposta quadrática decrescente. A inclusão de soro em dietas para borregos deve situar próximo a 10% de inclusão. O consumo de matéria seca em gramas e em função do peso vivo não foi alterado (P<0,05) com as diferentes inclusões da glicerina. O consumo de matéria mineral por unidade de tamanho metabólico, aumentou com teor de 6% de glicerina sendo que o consumo de matéria mineral, em gramas por dia, também foi significativo para todos os tratamentos. A inclusão de 6% de glicerina proporcionou maior consumo de proteína bruta. A inclusão de glicerina nas rações proporcionou resposta quadrática para o consumo de extratoetéreo, tendo resposta quadrática para o consumo de matéria mineral por unidade de tamanho metabólico. Os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes avaliados não foram alterados pelos teores crescentes de inclusão da glicerina. Houve maiores retenções de nitrogênio para os tratamentos 0, 3 e 9%, tendo estes apresentado menores perdas urinárias de nitrogênio. O balanço energético e proteico foi positivo em todas as rações testadas. O balanço nitrogenado foi maior para os teores 0 e 9% de inclusão. Os consumos de água, relativo ao peso vivo, peso metabólico e ao consumo de matéria seca não foram afetados pela adição de glicerina, assim também o balanço hídrico. Inclusõesde glicerina nas dietas não resultaram em alterações no consumo e digestibilidade de nutrientes e no consumo de água. A inclusão da glicerina pode ser feita em teores de até 12% na matéria seca em dietas para borregos.
id UFMG_6b9966745ff429e93367e86a5bb4df74
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-98CFXY
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Iran BorgesAna Luiza Costa Cruz BorgesIraides Ferreira Furusho GarciaTassia Ludmila Teles Martins2019-08-10T18:01:37Z2019-08-10T18:01:37Z2013-02-21http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98CFXYForam realizados dois ensaios com o objetivo de determinar o valor nutritivo dos subprodutos do processamento industrial do leite e do biodiesel, quais sejam, soro de leite e glicerina, para tal, foram realizadas provas de consumo voluntário e digestibilidade aparente, além dos balanços nitrogenado e da energia. Foram utilizados 25 borregos, mestiços alojados em gaiolas metabólicas em cada ensaio. Os teores na matéria seca dos subprodutos testados foram zero; 5; 10; 15 e 20% para o soro de leite e de zero; 3; 6; 9 e 12% para a glicerina, em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições por tratamentos, sendo que o grupo testemunha foi comum aos dois ensaios. Observou-se que o consumo de matéria seca em gramas por animal foi maior para os animais dos tratamentos 5 e 10% de inclusão de soro de leite. Os consumos de proteína bruta, matéria mineral, carboidratos totais e nutrientes digestíveis totais também acompanharam o consumo de matéria seca, sendo maiores para os animais dos tratamentos 5 e 10% de soro de leite. Os crescentes teores de inclusão de soro não influenciaram nenhum coeficiente de digestibilidade. Para o consumo de energia bruta os animais dos tratamentos 5 e 10% de soro de leite foram maiores; quanto ao consumo de energia digestível, metabolizável e balanço energético, a inclusão de 20% de soro de leite apresentou os menores valores. A adição de soro de leite favoreceu o balanço nitrogenado. Os balanços energético e nitrogenado apresentaram-se positivos em todas as inclusões. Não se observou diferença no consumo de água, relativo ao consumo de matéria seca e ao peso metabólico (P>0,05). O consumo de água, em valor absoluto, e o balanço hídrico apresentaram resposta quadrática decrescente. A inclusão de soro em dietas para borregos deve situar próximo a 10% de inclusão. O consumo de matéria seca em gramas e em função do peso vivo não foi alterado (P<0,05) com as diferentes inclusões da glicerina. O consumo de matéria mineral por unidade de tamanho metabólico, aumentou com teor de 6% de glicerina sendo que o consumo de matéria mineral, em gramas por dia, também foi significativo para todos os tratamentos. A inclusão de 6% de glicerina proporcionou maior consumo de proteína bruta. A inclusão de glicerina nas rações proporcionou resposta quadrática para o consumo de extratoetéreo, tendo resposta quadrática para o consumo de matéria mineral por unidade de tamanho metabólico. Os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes avaliados não foram alterados pelos teores crescentes de inclusão da glicerina. Houve maiores retenções de nitrogênio para os tratamentos 0, 3 e 9%, tendo estes apresentado menores perdas urinárias de nitrogênio. O balanço energético e proteico foi positivo em todas as rações testadas. O balanço nitrogenado foi maior para os teores 0 e 9% de inclusão. Os consumos de água, relativo ao peso vivo, peso metabólico e ao consumo de matéria seca não foram afetados pela adição de glicerina, assim também o balanço hídrico. Inclusõesde glicerina nas dietas não resultaram em alterações no consumo e digestibilidade de nutrientes e no consumo de água. A inclusão da glicerina pode ser feita em teores de até 12% na matéria seca em dietas para borregos.Two experiments were made to determine the nutritive value of the milk and biodiesel by-product: whey and glycerin, respectively, for that digestibility and intake trials were made, as well as was determinate the nitrogen and energy balance. The levels of the byproducts zero; 5; 10; 15 e 20% for the whey and zero; 3; 6; 9 e 12% for the glycerin, in a randomly assignment design, with five repetitions by treatment. The animals with no inclusion of whey and glycerin were the same ones for both evaluations. It was showed that the dry matter intake in grams for body weight by animal was higher for the animals from the 5 and 10% levels of inclusion of whey. The protein, mineral, total carbohydrates and total digestible nutrients showed the same behavior of the dry matter intake and were higher for the animals of the 5 and 10% treatment. The increasing levels of whey did not alter any of the digestibility coefficients. The energy intake for the animals from the 5 and 10% levels of inclusion was higher than the other treatments; as for the digestible, metabolizable energy and energy balance were lower in the inclusion of 20% of whey in diet. The addition of whey improved the nitrogen balance. The energy and nitrogen balances were positive in all inclusions. The water intake, water intake in function of metabolic weight and related to the dry matter intake were not affected by the inclusion of whey. The water intake and the hydric balance showed a quadratic decreasing response. The inclusion of whey for the lambs should be near to 10% of the diet. The dry matter intake in grams and in function of the body weight was not affected by the different inclusions of glycerin. The mineral intake in function of the metabolic weight was higher for the 6% of addition of glycerin and the mineral intake in grams by day was also affected by all the inclusions. The 6% of inclusion of glycerin led to higher protein intake. The inclusion of glycerin in the rations led to a quadratic response for ether extract intake and for the mineral matter intake in function f metabolic weight. The digestibility coefficients of the nutrients evaluated were not affected by the increasing levels of glycerin. There were higher nitrogen retentions for the 0, 3 and 9% treatments and the same ones showed lower urinary losses of nitrogen. The energy and protein balance were positive in all the rations tested. The nitrogen balance was higher for the 0 and 9% levels of inclusion. The water intake in absolute, related to body weight, metabolic weight and related to the dry matter intake were not affected by the addition of the glycerin, as well as the hydric balance. Inclusion of glycerin in diets did not alter in the digestibility and intake of nutrients and the water intake. The glycerin can be added in levels until 12% in the diet.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGOvelha Alimentação e raçõesGlicerinaSoro de leiteNutrição animalDieta líquidaOvinosSubprodutosSoro de leite e glicerina veiculados à água para borregosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_1.pdfapplication/pdf354363https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-98CFXY/1/disserta__o_final_1.pdfe5526129dbdc7d0de14d0f49db0eaa80MD51TEXTdisserta__o_final_1.pdf.txtdisserta__o_final_1.pdf.txtExtracted texttext/plain157841https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-98CFXY/2/disserta__o_final_1.pdf.txt2417b4cdea27e05cc44204dd3d59479eMD521843/BUOS-98CFXY2019-11-14 03:40:20.229oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-98CFXYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:40:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
title Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
spellingShingle Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
Tassia Ludmila Teles Martins
Dieta líquida
Ovinos
Subprodutos
Ovelha Alimentação e rações
Glicerina
Soro de leite
Nutrição animal
title_short Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
title_full Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
title_fullStr Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
title_full_unstemmed Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
title_sort Soro de leite e glicerina veiculados à água para borregos
author Tassia Ludmila Teles Martins
author_facet Tassia Ludmila Teles Martins
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Iran Borges
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ana Luiza Costa Cruz Borges
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Iraides Ferreira Furusho Garcia
dc.contributor.author.fl_str_mv Tassia Ludmila Teles Martins
contributor_str_mv Iran Borges
Ana Luiza Costa Cruz Borges
Iraides Ferreira Furusho Garcia
dc.subject.por.fl_str_mv Dieta líquida
Ovinos
Subprodutos
topic Dieta líquida
Ovinos
Subprodutos
Ovelha Alimentação e rações
Glicerina
Soro de leite
Nutrição animal
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ovelha Alimentação e rações
Glicerina
Soro de leite
Nutrição animal
description Foram realizados dois ensaios com o objetivo de determinar o valor nutritivo dos subprodutos do processamento industrial do leite e do biodiesel, quais sejam, soro de leite e glicerina, para tal, foram realizadas provas de consumo voluntário e digestibilidade aparente, além dos balanços nitrogenado e da energia. Foram utilizados 25 borregos, mestiços alojados em gaiolas metabólicas em cada ensaio. Os teores na matéria seca dos subprodutos testados foram zero; 5; 10; 15 e 20% para o soro de leite e de zero; 3; 6; 9 e 12% para a glicerina, em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições por tratamentos, sendo que o grupo testemunha foi comum aos dois ensaios. Observou-se que o consumo de matéria seca em gramas por animal foi maior para os animais dos tratamentos 5 e 10% de inclusão de soro de leite. Os consumos de proteína bruta, matéria mineral, carboidratos totais e nutrientes digestíveis totais também acompanharam o consumo de matéria seca, sendo maiores para os animais dos tratamentos 5 e 10% de soro de leite. Os crescentes teores de inclusão de soro não influenciaram nenhum coeficiente de digestibilidade. Para o consumo de energia bruta os animais dos tratamentos 5 e 10% de soro de leite foram maiores; quanto ao consumo de energia digestível, metabolizável e balanço energético, a inclusão de 20% de soro de leite apresentou os menores valores. A adição de soro de leite favoreceu o balanço nitrogenado. Os balanços energético e nitrogenado apresentaram-se positivos em todas as inclusões. Não se observou diferença no consumo de água, relativo ao consumo de matéria seca e ao peso metabólico (P>0,05). O consumo de água, em valor absoluto, e o balanço hídrico apresentaram resposta quadrática decrescente. A inclusão de soro em dietas para borregos deve situar próximo a 10% de inclusão. O consumo de matéria seca em gramas e em função do peso vivo não foi alterado (P<0,05) com as diferentes inclusões da glicerina. O consumo de matéria mineral por unidade de tamanho metabólico, aumentou com teor de 6% de glicerina sendo que o consumo de matéria mineral, em gramas por dia, também foi significativo para todos os tratamentos. A inclusão de 6% de glicerina proporcionou maior consumo de proteína bruta. A inclusão de glicerina nas rações proporcionou resposta quadrática para o consumo de extratoetéreo, tendo resposta quadrática para o consumo de matéria mineral por unidade de tamanho metabólico. Os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes avaliados não foram alterados pelos teores crescentes de inclusão da glicerina. Houve maiores retenções de nitrogênio para os tratamentos 0, 3 e 9%, tendo estes apresentado menores perdas urinárias de nitrogênio. O balanço energético e proteico foi positivo em todas as rações testadas. O balanço nitrogenado foi maior para os teores 0 e 9% de inclusão. Os consumos de água, relativo ao peso vivo, peso metabólico e ao consumo de matéria seca não foram afetados pela adição de glicerina, assim também o balanço hídrico. Inclusõesde glicerina nas dietas não resultaram em alterações no consumo e digestibilidade de nutrientes e no consumo de água. A inclusão da glicerina pode ser feita em teores de até 12% na matéria seca em dietas para borregos.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-02-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T18:01:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T18:01:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98CFXY
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98CFXY
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-98CFXY/1/disserta__o_final_1.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-98CFXY/2/disserta__o_final_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e5526129dbdc7d0de14d0f49db0eaa80
2417b4cdea27e05cc44204dd3d59479e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589320933638144