Convívio e presença como dramaturgia: a dimensão da materialidade e do encontro nas criações da Companhia Brasileira de Teatro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/JSSS-9EGMC8 |
Resumo: | O objetivo desta dissertação é discutir as articulações da presença e do convívio como elementos da dramaturgia num contexto em que ganham relevo na cena teatral contemporânea pela valorização das especificidades ontológicas do teatro como estratégia para encontrar o lugar e o potencial político desta arte no mundo contemporâneo. A partir de uma revisão dos conceitos de presença, convívio e dramaturgia, adere-se à perspectiva que concebe dramaturgia como a articulação não apenas dos sentidos, mas também dos diversos efeitos produzidos e implicados na estruturação de uma obra; considerando a produção de presença como um componente determinante no pensamento dramatúrgico de uma vertente do teatro brasileiro contemporâneo. Tal perspectiva adotada se alinha às investigações de Gumbrecht (2011) sobre a produção de presença; Dubatti (2007), sobre o convívio; e Turner e Behrndt, (2008) sobre a dramaturgia como processo de conexão, montagem e estruturação de elementos e efeitos de composição em uma obra. As ideias de Gumbrecht sobre o que o sentido não consegue expressar são congruentes com um pensamento forjado por Richard Schechner (2003) e Diana Taylor (2003) sobre a performance como campo de estudo separado do campo discursivo. Sob a luz da investigação desenvolvida pela pesquisadora alemã Erika Fischer-Lichte (2012), que classifica a presença em conceitos fraco, forte e radical, e relaciona este último à emergência da mente corporificada, a presente pesquisa se detém sobre a obra da Companhia Brasileira de Teatro, propondo uma análise de seus espetáculos, sobretudo Vida, que compreenda a dimensão da presença e do convívio como estruturantes da dramaturgia. |
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