Excêntricos e modernos: o 'Museo', de Macedonio, e suas afinidades literárias: o Museo de Macedonio e suas afinidades literárias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-95DGR8 |
Resumo: | "Excêntricos e modernos: o Museo de Macedonio e suas afinidades literárias" trata da ambiguidade entre, de um lado, a constatação de uma tendência ao descolamento da obra desse autor e, de outro, o movimento que busca vinculá-la como precursora de diversos "modos de fazer" literários e distintas correntes estéticas. Tem por objetivo identificar a presença de alguma trama que vincule outros escritores latino-americanos e suas obras às concepções presentes no Museo a partir de elementos que se consolidaram no correr da Modernidade. Para isso, inicialmente acompanha momentos dos percursos de escrita, publicação e recepção dessa obra, em seguida apresenta elementos característicos da sua proposta literária que permitem algum vínculo com abordagens teóricas e conceituais, assim como com outras produções literárias difundidas no contexto de sua publicação e, por fim, sugere uma possível rede de afinidades, a partir do diálogo com obras do uruguaio Felisberto Hernández, do chileno Juan Emar e do equatoriano Pablo Palácio, seus contemporâneos. Examina o lugar que o Museo de la Novela de la Eterna ocupa na produção de Macedonio Fernández, o modo como esse romance - tido como radicalmente singular em seu contexto - atravessa o século XX em distintas atualizações e, também, o modo como, na condição de "novela futura", essa obra é reclamada como precursora por distintas gerações, sem conexão com sua própria época. Como resultado, identifica nesse romance uma dimensão que, ao se aderir a diversas conexões, evidencia o caráter não ortodoxo e multifacetado da obra, o qual se presta a constante atualização; situa o Museo de la Novela de la Eterna em lugar central no conjunto da obra do escritor, na medida em que condensa balizas conceituais que nortearam sua produção intelectual: um corpo fragmentado e ideias que, em movimentos rápidos ou interrompidos, remetem a ele e às relações que o envolvem - personagens, leitores, críticos -, os limites do gênero e noções de obra literária; e evidencia a trama que vincula os escritores convidados para o diálogo e suas obras a partir de pontos de contato que lhes conferem estruturas similares: a desarticulação da função de autoria e a figura de personagens-autores cuja autoridade sobre o texto é minimizada e cujo potencial de contenção se mostra contraditório, na medida em que constroem narrativas fragmentárias e dispersivas. |
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